COMENTÁRIOS DA ESCRITORA E POETISA Ana Júlia Machado DO AFORISMO /**BÍBLIA SAGRADA**/
Escritor
e amigo Manoel Ferreira Neto, não recordo-me o que disse em outro texto no que
concerne a este seu excelente texto. Hoje, apetece-me fazer a seguinte leitura
ao seu texto, baseada na idiotice do povo, da ignorância, do viver amarrado às
crendices e tudo vale em nome de….
Infelizmente,
se desencobrimos um pingo de realidade no meio de um sem-fim de balbúrdia,
carecemos residir mais despertos a dobrar, abnegados e arrojados, mas, se não
executarmos esse ramerrão de constituir a testemunho tudo que nos foi
"aconselhado", se não praticarmos o feito de cogitar exterior ao
cárcere, não conseguiremos haver expectativa de deliberar os enigmas deveras
austeros com que nos arrostaremos. Arriscámo-nos de nos convertermos em um
planeta de néscios, um casulo de mentecaptos, aptos para sermos burlados por
toda a pulhice e putanice que existe à face da terra
O
“benéfico beato”, manejável às leis bíblicas e sociais, vive em associação
sendo escravizado pelo seu amo pecunioso, pelo banco que lhe dispensa numerário
a juros elevados enquanto tão-somente é remunerado miseravelmente pelos
dissimulados que lhe agarram capital com os contrafeitos e não lhe restituem em
robustez, instrução e certificação. Somos o rebanho da canalhice e putanice que
estão sempre impunes para as quais não adotamos atitude em nome da absolvição
que encontra-se enraizada em nossos íntimos. Nossa cólera inconsciente
originada pelo anseio aniquilador de equidade colide em uma direção doutrinal,
da qual muitas ocasiões não havemos a perceção, que nos contém de adotar uma
ação
Desgraçados
dos irreligiosos, que não se aprisionam a histórias clássicas, daquelas que as
crianças ideiam e matam por empregá-las como retirada de seus receios.
Desgraçados daqueles, que não entendem os enigmas do rejo, que não possui sobre
eles a seiva do anho, e que serão arremessados no tanque de chama e, súlfur
meramente para aprazer as pertinácias desse deus medíocre e afagado
Dir-se-ia
que a Bíblia Sagrada é de uma Divindade rancorosa porque o homem é mau. Deus
adora sua feitura, porque o homem adora aquilo que concebe. Compreender que
Divindade vive em nossa mente mas, não vive exterior a ela, é a empreitada mais
problemática para um ser….
E,
assim se vive perante as vigarices, putices, cretinices, idiotismos,
devassidão, indulgência cafajestes, associações, suplicies.
Ana
Júlia Machado (05 de junho de 2017)
BÍBLIA
SAGRADA
Manoel
Ferreira Neto.
Neste
patamar de século a norma é a mesma para todos, quanto mais desleais somos,
mais clementes nos convertemos, isso no sentido de reconhecimento, de
comiseração, de solidarização, de exagero e por fim de puritanismo, entretanto
facto aflige-me, as criaturas utilizam, estão utilizando a sonsice de um modo
tão astuto, tão idiota, que nem mesmo a sonsice parece mais tão persuasiva,
portanto, meu conselho é, vamos utilizar o entendimento na nossa sonsice do
quotidiano, pelo menos assim, pode, quem sabe, persuadir o adjacente da
franqueza de nossa sonsice. Então é isso, antes de sermos untuosos vamos pelo
menos diligenciar compreender do que se trata, caso contrário a humanidade vai
fenecer não por inexistência de comiseração, de solidarização entre outras e
sim porque não seremos idôneos sequer de instruir hipocritamente nossos frutos.
Por
isso, amigo e grande escritor…tem tantas odes a fazer….a tanta espécie
vergonhosa e que infelizmente, é a merda da espécie que vinga na vida…a
escritura divina só para os pulhas….como é possível existir um tal “Deus” que
tanta gente apregoa…Onde anda ele? Eu nem procuro….para lhe verbalizar…porque
deixa morrer tanta criança nas guerras e à fome? Porque há tanta gente a
sofrer? Tudo pelos hipócritas e ávidos pelo poder…. mas afinal a bíblia sagrada
existe….como por exemplo a Bíblia do escritor Manoel que diz as verdades e se
revolta com a injustiça…que pulhas fiquem longe de si…ele é capaz de lhe deitar
os cães mais ferozes e abocar bem forte….e tem um modo sagrado de o fazer…o
saber colocar o verbo que for necessário no momento certo.
Pois é
amigo Manoel e escritor, faça-se Hino às vulgaridades, às enormes quantidades
de escroques no poder a mamar, lorpices, déspotas, crápulas, transigências
cafajestes, associações…Que serão Essências negras que origina a putrefacção de
outros pensamentos e percepções e erudição e experiência, através da existência,
da vida, para o dilúculo, ocaso no vai-e-vem dos factos, iluminarem os olhos
compenetrados da carência da existência, da condicionalidade, da inerência do
ser porvir, de quem ansia a paz e nada avista, do “Cá e já” dos Hinos às
Claridades lentamente.
Ana
Júlia Machado (05 de junho de 2016)
**BÍBLIA
SAGRADA**
Graça
Fontis: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: AFORISMO SATÍRICO
Palavras
são palavras, nada lhes pode impedir de revelar as verdades do mundo e da vida.
Escritores e poetas têm seus modos de expressão, com dignidade e honra,
colocando o chapéu e a carapuça nos merecedores.
Ode às
putices do filhodaputa por serem as sementes e raízes do nascimento de novos
valores entre as estirpes de laias duvidosas, entre as laias de estirpes
ilícitas, entre as raças de índoles chinfrins, fechando os caminhos das
tradições de valores e virtudes, abrindo outras veredas para as libertinagens,
linguagens escusas da liberdade, trastices, do caráter e dos instintos, quiça
promiscuidades dos ossos!
Ode às
imbecilidades do imbecil por regarem os risos e sorrisos dos idôneos de
princípios, oportunidade única de eles sentirem no âmago de si mesmos o que é
isto – ser retrógrado e alienado nos tempos modernos, o que é isto – viver de
passado, alienado em patrimônio cultural, histórico e artístico!
Ode às
cretinices do cretino por mostrarem com dignidade, honra, só as idiotices são
capazes de real-izarem o que há de mais íntimo e percuciente nos sonhos de
outras realidades, horizontes, de tornarem reais a vida sem qualquer sentido,
só nascer, prolongar-se no mundo, conservarem as cretinices passadas, criarem
outras inéditas para as gerações futuras, morrerem por encontro in-evitável,
decomporem-se por uma anomalia da matéria.
Ode às
maneíces do Zé por despertarem olhares de esguelha para todas as suas falas e
dizeres, discursos na tribuna, em eventos sociais e políticos, em banquetes
religiosos, tornarem-lhe a febre do momento em todas as situações, tornarem-lhe
objeto de atenções as mais di-versas, ad-versas, tornarem-lhe querido e
estimado em todas as rodas de bate-papo, sejam de coisas sérias - quem não
aprecia risadas sensaboronas à custa de alguém? -, avançadas, de nível
profundo, retrógradas, superficiais, caídas do galho, o que lhe deixa exultante
de felicidade, não sente mais a inolvidável solidão, inquestionável silêncio,
indescritível sentimento de abandono!
Ode à
libertinagem dos libertinos por fomentarem os instintos vários, deixando a alma
depravada no jogo de luz e sombra, de raios numinosos e penumbra, as atitudes e
comportamentos ficando no cio do coração alucinado, des-vairado, varrido da
silva, vassourado de oliveira, as ações e ímpetos varrendo as nuvens da
dignidade, limpando as estrelas das honrarias com o cloro do nihilismo,
faxinando a lua dos idílios, sorrelfas do amor eterno, andando à deriva no
sem-limite, na permissividade!
Ode à
permissividade dos canalhas só por inter-médio de todas as porteiras e cancelas
abertas, escancaradas torna-se possível a construção do nada soldando outros
estilos e linguagens de vida, na imagem baça dividida irrompe lá do vazio das
canalhices, novas criações da desesperança, como toda PERSONA NON GRATA!
Ode às
zeíces do Mané por ornamentarem com distinção e estilo o irônico e o mordaz da
crítica do quotidiano, até a prostração da auto-crítica desolada, o agressivo
de sonoros "filhos-da-puta”, até o lúdico de uma carícia familiar e
supostamente burguesa!
Ode as
cafajestices do cafajeste por serem elas que, no silêncio, no re-verso in-verso
da solidão, falsificam os verbos da eloqüência em forma, da verdade pontuda da
carne, da planície lúcida de onde emerge a montanha do ser; por à luz e mercê
delas a humanidade des-ocupar-se em ec-sistir, sobreviver até que a morte tenha
o termo eterno para roer!
Ode às
suciedades do burguês por dinheiro fazerem poupança do desespero, angústia,
medo, por os juros delas no inferno serem pequenos, por as cifras do lucro no
sangue escolherem a morte no instante do sono profundo, por na arapuca de
Morfeu serem as suciedades o sangue coagulado do espanto, da estupificação!
Ode às
justicices do Poder Judiciário por elas serem as verdadeiras responsáveis pela
ausência de punidade, abrindo os caminhos e veredas para a sociedade despertar
daquele sonho de paz e tranqüilidade, romantismo de sétima categoria e estrela,
entregar-se ao jogo real das violências todas, dos crimes hediondos, das corrupções
em todos os níveis, rrevas e desenganos varrendo a réstia tênue do crepúsculo!
Ode
aos sonhos dos sonhadores que desejam suas éguas desembestadas, seus jegues no
pasto comendo do mais delicioso capim, seus porcos no chiqueiro, desfrutando de
tranqüilidade, após a lavagem do meio-dia, suas éclogas desnatadas, suas
liberdades que já tardam, os camelos sedentos no meio da cáfila!
Ode à
pedofilia dos clérigos pedófilos por ensinarem às crianças e adolescentes o que
é isso aprender os clímaces e gozos da carne, ao longo da vida lhes
desenvolverem a ponto de os verbos da sensualidade e sexualidade se tornarem em
carne fresca, sedenta de prazeres e alegrias, sendo isto abençoado por Deus,
pelas mãos de seu representante no mundo.
Ode às
indecências do indecente por seus vocábulos e termos de baixo calão
enriquecerem os dicionários, transformarem os discursos e oratórias, nas
tribunas esclarecerem os interesses e ideologias escusos, muitas vezes
escondidos pela tradição, erudição, estilística e linguística da Última Flor do
Lácio, nos diálogos de ruas, praças, botequins, dos cônjuges com os filhos,
amigos e íntimos, id-ent-ificarem com primor suas naturezas e instintos!
Ode às
defencices dos advogados, repletas das mais lindas oratórias, cujos interesses
nada mais são que a perpetuidade, o nome inscrito na história para sempre,
erudição de fazer lágrimas de emoção e êxtase, em nome de diminuírem a pena de
um assassino hediondo, evitando assim que as penitenciárias, cadeias, presídios
ão fiquem entupigaitados, e o respeito ao ser humano não seja negligenciado.
Ode às
politiquices dos políticos por só através delas as mentes são apagadas, os
cérebros devidamente lavados, as inteligências eliminadas, possível então os
tráficos de influência, as verbas desviadas, as propinas milionárias, a
aquisição ilícita do dinheiro público, vinhos e uísques de primeira, luxos e
luxúrias di-versas,
manjares
deliciosos e primevo e primeiro mundo, secretárias de assuntos aleatórios as
mais lindas e sensuais, acima de nada, abaixo de tudo, as importâncias das
oliveiras e day-réis, os orgulhos e lisonjas do bem-estar!
Ode às
intelectualoidices dos intelectuais por serem com elas que as teorias ficam sem
solo de por baixo dos propósitos idôneos e lídimos, na cisterna sem fundo de
água, só terra íngreme e trincada, no abismo sem início e profundidade, só
vácuo, de por cima dos nonsenses das utopias e sonhos que visam as luzes e
esplendicências, até mesmo es-plendicidades medievas, à mercê da medieval
idade, medievalidade das idéias clássicas, eruditas, deturpadas pelos
interesses de outras realidades ou mesmo de outras ideologias do mesmo, de
outridades do tempo, originando e nascendo, sendo dada à luz aos trigos e
joios, misturados, separados, di-vididos, alhos e bugalhos, di-{s}-sociados da realidade
presente, das veias do coração que pulsa o sangue, negligencia, nega, refuta, e
ainda espera a transformação da carne em verbo, a mudança de conjugações em
id-ent-ificações da pessoalidade dos pronomes.
Ode às
vulgarices, putices, imbecilidades, cretinices, libertinagem, permissividade,
cafajestices, suciedades, justicices... Que serão húmus de outros pensamentos e
idéias ee saber e conhecimento, através da vida, da ec-sistência, para a
AURORA, CREPÚSCULO no vai-e-vem dos acontecimentos, iluminarem os olhos
em-si-{mesmados}, da in-ec-sistencia da vida, da con-tingência, da im-anência
do ser por vir, da nad-ificidade do “Aqui e agora” das Odes às Luzes pouco a
pouco!
(**RIO
DE JANEIRO**, 05 DE MAIO DE 2017)
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