#NÃO ME IMPORTA SE VOCÊ LAMBER JANELAS# - Graça Fontis: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Não me
importa se você lamber janelas, jogar pedra em avião, ou querer bater prego com
a testa, às vezes eu também cometo umas loucuras...
Mas
lembre-se, todos os sessenta segundos que você gasta irritado, perturbado ou
louco, é um minuto de felicidade que nunca mais vai voltar!!!
Pare,
liberte-se das energias negativas, escute uma boa música e dance!
A vida
é curta, quebre as regras, ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente, e nunca
deixe de sorrir, por mais estranho e pequeno que seja o motivo.
A vida
não pode ser a festa que esperávamos todos os dias,
mas
enquanto estamos aqui, devemos procurar dançar sempre que der...
Se
formos esperar somente aqueles momentos mágicos, grandiosos e super raros,
desperdiçaremos a capacidade de nos alegrarmos com as pequenas coisas do
dia-a-dia, a felicidade parecerá algo distante e raro.
Há
dias os sinos tocavam e repicavam os ares de um firmamento azul do dia como se
fizesse pazes com o mundo, saíam pombos da pequena igreja, esvoaçando baixos,
preenchendo os espaços da pracinha, pessoas paradas, observando, no peito
ad-miração e felicidade por cena tão mágica e maravilhosa. São momentos de
lembranças, são instantes em que a sensibilidade se apresenta sedenta e ávida
de vôos profundos, aproveito o ensejo para tecer em palavras o que presenciei
naquele dia em que o povo do lugarejo invadiu o templo como se fossem canibais
de um mito; os pássaros cantavam suas músicas que no tempo e este integrava na
perfeição de um espaço distante, a brisa da manhã era como o espelho dos
reflexos humanos. Sonhei e naquele sonho supus as mais lindas histórias de um
conto de fadas e como numa fábula resplandecia a paz que mais uma vez julgava
intermediária dos próprios homens.
As
criaturas... pequenas grandes criaturas que formam mito salva uma frase inerte
e insensível aos ouvidos, memorizam uma expressão latina que suscita incólume
verdade... à loucura... São elas o fulgor de uma estrela de um ponto que
esconde e trans-parece lá bem distante, são o brilho atrás da lua que reflete
para trás a sua luz branca e resplandecente, incidindo nos campos silvestres,
nos chapadões solitários e íngremes, nas corcovas de serras e montanhas, onde
as estrelas sinuam por outros trajetos e itinerários, não é negócio velarem os
seus osssuários. As criaturas da noite são apaixonadas. Fazem anarquia. Uma
farra que descobre sentimentos, que envela dores e sofrimentos, que omitem
mágoas e ressentimentos. Que amam a madrugada, o latido dos cães. Que cantam
com fervor cânticos os mais di-versos na esperança de a aurora nascer
performando novos passos de dança, à luz do corpo, constituído de carne e
ossos. Que somem sem deixar quaisquer vestígios.
(**RIO
DE JANEIRO**, 04 DE JUNHO DE 2017)
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