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Mostrando postagens de abril, 2020

#RUAS DA NOITE E DOS EQUÍVOCOS🏹# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA

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*** Há um túmulo sem cruz, sem flores, porto sombrio, rastro sobre o mar... Há uma porta aberta para a claridade e para a escuridão, e um aroma, que conheço, sobre leito abandonado, desolado, perfumando o lençol, a coberta, o cobertor, transpondo as venezianas semi-abertas... *** Epopéia dos jogos da mente... Ainda quando peregrinava sozinho, perscrutando os olhares duvidosos, inquiridores, incompreensíveis, ininteligíveis, olhares de escárnio: "de que tinha fome a minha alma, nas ruas da noite e dos equívocos?", sem direções, rumos, veredas, sem destinos, E quando andava nos dormentes da linha de trem de ferro, equilibrava-me no trilho, a quem imaginava encontrar, o que intencionava fundamentalmente atingir, alcançar? Era um ser bisonho que desejava partir, desde que pudesse ver a luz do fogo? Era voar para dentro de mim, até que... Chegaria o instante da última viagem, sem volta, sem retorno. Cansaram-me as peregrina

#O VALE CONTINGENCIA A JORNADA DO DIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA

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Caminho por corredores estranhos e mofados. Algumas lembranças vazam pelos cantos, dando um travo, apertando até ficar mais sensível a alma. Afasto estas lembranças para poder seguir, importa isso, importa seguir, mas para onde? *** Um olhar dentro que sempre me faz arrepender de não haver dito as derradeiras palavras nesta ou naquela situação, o gosto desenxabido de letras e acentos. Principalmente do que não gostava. Arrependo-me do que não gosto, não trago dentro qualquer admiração e reconhecimento. A paixão, a inominável paixão ser... este o sentimento que irrompe. **** Desde quando acredito trazer comigo um bolo de sentimentos a ser dito nessa hora? Não o sei, creio que desde a eternidade. Se é ou não chegado o momento de dizer coisas armazenadas há muito, libertando-me do arrependimento trago nas costas, sentindo-me entregue aos desígnios, não me é dado responder, mas, em contrapartida, digo que algo está muito diferente, quem sabe por haver decidido mergulhar nesta

PARA O QUE NÃO HÁ EXPLICAÇÃO VIVE-SE GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA

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Descoberta Aberta a sete chaves Do segredo à anunciação de idéias nítidas, Idéias da liberdade produzindo utopias e sendas do porvir, Do mistério à aparição de pretéritos sonhos, Pretéritos sonhos conduzindo desejos do ser, Do enigma às chamas do desejo dèjá-vu, Desejo dèjá-vu do presente ausente vazio, Do medo à cor-agem de olhar as verdades, Da inconsciência à reflexão das contingências Da carência à esperança do nada, Do lapso da memória ao presente das utopias Este instante-já de perquirições da solidão, Silêncio vazio de vozes e sons Cujos ritmos des-velam as sombras A cobrirem os espaços esparsos das incongruências Que cinzas nuvens de ideais há no céu? **** Precoces as quimeras inauditas das ausências, As raízes sublimes do há-de germinar frutos, Reverberar mundos desconhecidos, Corroborar pensamentos inconscientes, Cruzar mares longínquos, A penas desvarios, devaneios... Lá