ESCRITORA CRÍTICA LITERÁRIA ANALISA E INTERPRETA FILOSÓFICA E TEOLOGICAMENTE O AFORISMO #O MONTE DESÇA AO VALE E O VENTO DOS CUMES, ÀS BAIXADAS#




Este escrito de Manoel Ferreira Neto, é de extrema complexidade. Onde assola-se muitas dúvidas na sua existência e que não sendo crente, coloca em dúvida se é ou não...como verbalizando: Sinto-me agradecido por existir, e leva-o inclusivamente a meditar em ajoelhar-me diante do sacrário de sonidos e luzes, agraciando a fineza de o ter feito assistente a todas as maravilhas que contempla...uma grande perplexidade e questionamentos o levam a crer ou não...sempre o grande enigma da vida, O enigma da eleição saindo de um denominador comum. Até um certo ponto há concordância plena de parecer. Aqueles que aprovam o credo da eleição, e aqueles que o recusam, anuem que ela é um enigma perspicaz, e de fatco é. E que habita além do domínio de intelecção do nosso intelecto balizado. Devemos patentear, antes de avançar, que nós não a compreendemos. Mas, e daí? Nós residimos rodeados de enigma por todos os lados, não estamos? Tão logo desfechámos a Escritura, somos acareados com um enigma.
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Porque um Deus, segundo reza a história que é aquele que sabe tudo, todo-poderoso, e que poderia desde o início, adivinhando as horrendas conclusões do delito, não coibiu que este ingressasse no planeta? Mas Ele não coibiu, barrou?
Ou, como pode uma criatura que é origem em delito ser tido como culpável pelo seu procedimento perverso? Mas é isto que a Bíblia assevera, não é?
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A réplica ao enigma deve ser então a nossa solução a esta teoria de esfinge? É claro que não devemos possibilitar que este elemento de enigma seja motivo para recusá-lo. Nós não aprovamos unicamente aquilo que compreendemos integralmente, não é mesmo? É claro, senão nós nunca mais poderíamos admitir a Deus, pois não somos competentes de entendê-Lo integralmente. Você enxerga? Não é uma pendência de agnosia por um lado, e entendimento por outro lado; é um caso da Verbos induzidos de Deus.
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Se a Escritura instrui-nos, por mais enigma que exista, nós devemos acreditar. A ufania intelectiva humana pode impedir-nos acercar lá, mas a crença modesta alenta-nos. Mas nós não podemos igualmente ir ao outro Pólo e verbalizar, relaciona-se de uma erudição muito distinta! É muita doutrina para um ser! Um enigma! Jamais compreenderei, por isso nem arriscarei - tal como no fundo é o que cogita o autor Não, não! Se Criador anunciou Sua justeza em qualquer âmbito, então é nosso encargo saber aquela justeza o mais integralmente exequível. Preferência e predestinação são enigmas de verdade, mas não tão enigmáticos que não usufruam interpretação.
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Ou, como pode um Criador que adora-nos e é tão complacente e benévolo, não absolver-nos integralmente de nossos delitos neste planeta? Só que efetivamente não é mesmo assim...
Uma existência de enigma, as contendas do estudo religioso não são os exclusivos enigmas ligados à estirpe humana. A disparidade do saber humano é analogamente irresolúvel.
-Um homem brota com vista, outro brota invisual.
Um homem aparece com benéfica composição corpórea e desfruta de boa sanidade, enquanto outro brota com construção bem débil, e não delonga a ir para o sepulcro.
Um homem emana na abastança e usufrui de todo o bem-estar, outro aparece em míngua, e conhece unicamente a desgraça.
Um nasce numa geração conveniente e desde cedo aufere os preceitos do Credo, enquanto outro brota num país onde ele jamais irá escutar proferir a designação Jesus Cristo.
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A criatura abrangida não tem ninharia a ver com as eventualidades acima aludidas, no entanto aquelas mesmas ocorrências lesam não somente sua dita e sua viagem aqui na terra, mas similarmente o cunho da sua existência, e até mesmo o propósito de sua existência. E interroga-se- Qual a Causa? Porque a inequação? Por que Deus autoriza que tais divergências permaneçam? Por que eu emanei num lugar e não em outro?”. Nós não possuímos erudição porquê, conhecemos?
Nós devemos supor que Deus tem benignas e sensatos fundamentos para seu modo oportuno de labutar com cada indivíduo em exclusivo, mas no ponto em que nos encontramos, em nossa circunstância existente, tais motivos detêm-se um efectivo enigma, não é?
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Segundo reza a história os Trilhos de Divo São Enigmáticos
Não é somente a prática humana que conduz-nos a prever ou crer que os trilhos de Divindade são inexplicáveis, mas a Sua Locução deveras instrui-nos que Seus trilhos são secretos...Segundo os escritos que existem proferem...Porque os meus entendimentos não são os vossos entendimentos, nem os vossos trilhos, os meus trilhos, pronuncia o Senhor porque assim como os paraísos são mais elevados que a terra, assim são os meus trilhos mais elevados que os vossos trilhos, e os meus entendimentos, mais elevados que os vossos entendimentos.
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Os Meios da Salvação, isto alteia incessantemente uma outra tese: Então para que aplicar o Evangelho a alguém se aqueles que vão ser poupados, serão poupados, e aqueles que não vão ser poupados, não serão salvos? Qual então a causa de toda a conversação sobre evangelismo e incumbências, e para que toda a cólera sobre o sermão e a dádiva de apelo para alguém admitir a Cristo como Libertador? A escolha não amputaria o vigor do evangelismo? Se calhar.
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O mesmo começo se destina à escolha. Criador dispôs não somente o fecho, a redenção de certas criaturas. Ele igualmente dispôs os meios pelos quais a redenção será executada. E de concordância com a Escritura, Altíssimo dispôs a aclamação do Evangelho como o meio que Ele usa para trazer as pessoas das trevas para a Sua maravilhosa luz. Você ainda acha que isto amputa o vigor do evangelismo? Pelo inverso, o credo da opção alenta o evangelismo. É o superior de todos os fundamentos factíveis para se escorar um depoimento fidedigno e real. É uma coisa aterrorizadora entender que Altíssimo pode ter implicado você em Seu plano perene para a redenção de algumas outras criaturas. Isto faz você pretender estabelecer-se e quedar circulando os polegares?
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Com certeza que não! Isto faz você cobiçar verbalizar a todos quão achar-se murche, “Deus idolatrou o planeta de tal feição que facultou o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele acredita não expire, mas frua a existência perpetua...
E para concluir esta análise de pontos de interrogação... O que a escritura verbaliza é que para concluir-se é penitenciar-se de seus crimes e crer no evangelho.
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Cada um toma as suas dores como entender que seja o melhor para si. E continuamos com as incertezas que martirizam-nos diariamente...quem somos? O que andamos a fazer? Porque nascemos se vamos morrer? Que injusta é a vida...tantas coisas boas e más sucedem, coisas maravilhosas e natureza bela que nem todos podem usufruir nem amar...
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Nota: Só sei que não sei se disse algo de jeito...pois, a vida com tantos acontecimentos a surgir, aniquila-me pensamento e cada vez mais dúvidas. Uma coisa é certa, a hipocrisia e a avidez do homem faz que tudo de mau suceda...e agora? Há um Deus? Com tanta desgraça a surgir diariamente e que dizima milhares de inocentes e se é tão poderoso o porquê de tudo isto???
Ana Júlia Machado
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RESPOSTA Á ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
No momento de trevas é que os homens despertam para os questionamentos, perquirições sobre a existência em todas as suas dimensões. E este Aforismo escrevi-o com a intenção fundamental e exclusiva de perquirir o que as religiões(catolicismo, budismo..., seitas religiosas(evangelicismo, crenticismo...) trouxeram de explicações para o enigma, o mistério da existência senão a sustentação de dogmas, preceitos, princípios, os homens permanecem sujeitos às desgraças, sofrimentos, dores do mundo, sem quaisquer vias de acesso a uma nova caminhada, , conhecimento de suas vidas.
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O instante-já, um vírus, filho legítimo de uma guerra biológica, está dizimando a raça humana, é de suma importância, um momento de reflexão, meditação, acordarmos para a questão de colocarmos a nossa liberdade em questão, isto é, des-algemarmos e des-encarcerarmos nossas vidas de explicações ideológicas, sistemáticas e diante de nossa existência, como a experienciamos e vivenciamos no quotidiano das coisas do mundo, e abrimos as nossas sendas e veredas para as verdades mesmas dos mistérios e enigmas da existência. Tudo se perdeu na História, no Tempo, todas as explicações são deficientes porque mancomunadas às ideologias dos tempos. É hora de resgatar a sensibilidade, razão, intelecto, intuição, percepção, visão..., todas as dimensões que habitam no homem, a Vida dá-nos a mão e os olhos, podemos nos tornar outros.
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A sua análise, interpretação, inestimável Amiga e Companheira das Letras, Aninha Júlia, Ana Júlia Machado, é feliz em todos os sentidos pois investiga criteriosamente o meu pensamento, mostra-lhe límpido e nítido. Meus sinceros cumprimentos.
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Beijos nossos a você, nossa amada e querida netinha Aninha Ricardo, à sua família.
Manoel Ferreira Neto@@@
O MONTE DESÇA AO VALE E O VENTO DOS CUMES, ÀS BAIXADAS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
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O monte desça ao vale e o vento dos cumes, às baixadas!
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Nessa sinfonia chamada vida, nessa ópera chamada silêncio, que tipo de dança vim dançar, erudita, moderna, clássica, que espécie de olhar - de ternura, compaixão, - encantar, quantas cordas terão minha harpa... regendo os sentimentos que se a-nunciam, nascem, re-nascem, cancionam os ideais e sonhos, pautam os regimentos verbais das utopias, claves in-fin-itivas do ser e do nada?
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Para que nasci? Haverá um fim determinado ou não - tudo se resuma a surpresas, aventuras nunca dantes imaginadas?
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Ah, com que alívio, com que pressa digo isso – recosto-me à cadeira de balanço em que me encontro sentado, não tardando muito, vejo-me diante das luzes que iluminam a noite.
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Ah, luzes, quanta tristeza e desconsolo, alegria e felicidade, dirigi-lhes, suplicando-lhes atenção e consideração, reconhecimento, e muitas imagens enviaram-me, esperando que as traduzissem com sentimento e certeza, tornarem-se-lhes a essência de vida a que tanto sonhava e desejava no mundo!... Quanta, hein?! E, agora, sinto-as no íntimo, não sabendo se lhes ouço a voz tímida e terna, se lhes dirijo palavras e súplicas, se lhes alimento a imagem cândida do tempo e ventos, se lhes ouço dizendo tudo é questão de viver a vida, e, embora poucos acreditem, vivo à busca de viver, e assim alcançar a Vida que, desde a eternidade, me fora doada de modo, estilo gratuitos, dançar ao som e carinho, ouvindo-me ser.
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Não havendo resposta, a mínima que fosse, para esses questionamentos que lanço ao final do dia – não que os tenha pensado desde a manhã, enfastiando-me às vezes por serem contundentes, aspirando a tornar-lhes cinzas vez por todas, e estas desapareçam na terra, nas luzes da penumbra, húmus de vida a ser iluminada, gerada: as luzes, assim acredito, revelam indícios de compreensão.
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Um observador judicioso não poderia deixar de perceber certo tom sarcástico, por assim dizer, nesta situação de indagação sobre as razões de viver, o destino que até o presente só há traços gerais tecidos, nunca algo que satisfaça um pouco. As luzes é que encaminham para o que desejo dizer com estes pensamentos, reflexões, os sons, sons dos trinos de passarinhos, sons das profundas sombras do bosque indicam, des-ocultam as veredas a serem perseguidas. Não fora a luz da estrela que levou os três reis magos ao menino Jesus que acabara de nascer? Não fora a voz de Deus que despertara Moisés, levou-o à esperança da Terra Prometida?
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Mistérios!... Quem sabe nasçamos todos predestinados ao mistério, muito mais que às certezas, seguranças!... O nascimento não se dá única vez, acontece todas as vezes que saímos de trilhas percorridas por tempos inesquecíveis neste ou naquele aspecto e buscamos outros lugares no mundo, lugares que não foram devassados. Moisés não ouvira a voz de Deus, “levasse o seu povo à terra prometida”?!... Que desejamos outras emoções, sentimentos e sonhamos o encontro, realização.
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Ah, que sei eu do coração humano, suas necessidades prementes – no fundo, nesse insondável lugar onde se re-presenta a última cena de uma ópera e sinfonia sem espectadores, talvez esteja na intimidade própria de quem ouve voz melodiosa e divina. Leve as palavras aos homens!...
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Que idéias, que lembranças flutuam no espírito, regimentos internos de pensamento perpassam os recônditos da alma? A fisionomia não transmite sensação de repouso, ao contrário, transforma-se, modelando-se sob o in-{fluxo} de imagens esvaídas há muito tempo, e cuja volta produz viva expressão de dor, de sofrimento.
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Silêncio é o eco de um silêncio ainda mais profundo. Silêncio é a grande sala de audiência de Deus...
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Ninguém pode vir juntar-se a nós, neste início de noite, sentado à cadeira de balanço, na sacada de minha residência, a senhora lendo um romance, Estrela Polar, de Virgílio Ferreira, escritor português, deitada em nossa cama. Quem sabe alguém que tenha encontro marcado com a vida possa vir a se nos juntar! Saberá ele que nos encontramos aqui, buscamos explicações para o ato de viver, seguir trilhas, desejar a felicidade, o prazer? Saberá ele que o esperamos ansiosos, trocarmos algumas palavras de experiências, desejos, vontades, sonhos? Diga-nos ele estar diante do tabernáculo de sons e luzes nada mais não é que lhes ouvir as palavras de inteligência e sabedoria sob que nuvens trilhar as alamedas de sonho e utopia.
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Nutro-me de questionamentos. Sacio a sede com a carência.
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Decerto não compreendo totalmente o que falo – estou sim muito longe de imaginar o que designo como “saciar a sede com a carência”. Sei que me acho dis-posto a tudo, defendo a vida em quaisquer circunstâncias. Quem sou na realidade? Um ser fantástico e sem sentido, mas cujos gritos, às vezes, confundem-se com os gemidos da verdade.
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Dúvidas? Então posso dizer que muito do que se passa em minh´alma já traz em si a previsão de resposta que intenciono ter nas mãos feitas concha, mostrando qual é a verdadeira face dos sentimentos que me perpassam o íntimo.
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Quem pode imaginar com que ardor me prendo à vida, eu, que um dia tentei fugir dela por motivos fúteis e que, agora, minuto a minuto, considero seu valor, e empalideço, e tremo só de imaginar que um dia não mais estarei presente à sua claridade, aos sons e luzes. Resta-me o quê senão estar aqui diante do tabernáculo de sons e luzes, dedicando-lhe estes pensamentos, mesclados de interrogações, medos, esperanças!...
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Posso erguer-me, levantar-me da cadeira de balanço, conversar com a senhora, rir até como toda gente ri – poder qualquer me separa dos outros, mesmo da senhora a quem amo deveras, incentivando-me esse clarão particular, causado por todas as luzes que diante de meus olhos iluminam a noite que rui com suas miríades de estrelas.
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Há uma nuança de angústia, inexplicável, e, por vezes, chego a sentir certo esforço de minha parte em vir à tona, a dirigir aos homens palavras banais que servem às relações humanas, como se as retivesse, num esforço de atração e densidade, o que existe de mais em minha natureza.
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A vida parece-me tocada de sentido mais denso e mais obscuro. Não há nisto qualquer vaidade, mas a certeza de que devo afrontar os mistérios que me aguardam, de peito des-coberto – como um homem, experimentando seu duro ofício de viver e de continuar através das pequenas mortes sucedidas ao embate dos fatos.
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Continuo sentado à cadeira de balanço, a sensação é a de quem houvesse sido abandonado para sempre, deixado morrer à míngua, ou como se algum elemento que me fosse muito caro, essencial mesmo, se me houvesse diluído no coração. O sentimento é o de uma extraordinária liberdade: ruíram os muros que aprisionavam meu antigo modo de ser. Como um homem adormecido durante muito tempo no fundo de uma cisterna, acordo e agora posso contemplar face a face as luzes que iluminam a noite.
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A mão não trema ao ousar, quem sabe amanhã, acordando-me, escrever palavras, e nem elas despertem no coração ímpetos de melancolias, nostalgias difíceis – seja humano, simples dentro de meus próprios limites, e procure acertar depois de tanto haver enganado, convicto de que há outros estilos de prazer em levar a termo, na idade madura, o que em vão tentei desperdiçar em in-vernos e in-versos menos esclarecidos.
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Não é amadurecimento, supondo, a sensação que me invade – é de plenitude. Tudo isso não é a prova de que começo a viver, de que existo, e de que a vida deixou de ser terrivelmente grave e bela, com um sentido que ainda não adivinhara, mas que existem sons e luzes, e intuo som aos sonhos, cor às árvores e às folhas, às nuvens, ao céu, a tudo o que palpita de infinito amor.
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Sinto-me grato por existir, e chego a pensar em ajoelhar-me diante do tabernáculo de sons e luzes, agradecendo a graça de me ter feito presente a todas essas maravilhas.
#RIO DE JANEIRO, 09 DE ABRIL DE 2020, 14:55 p.m.#

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