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Mostrando postagens de maio, 2017

#BRECHA ENTRE O "EU" E O MUNDO# - Graça Fontis: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Revolvo-me inquieto e perspicaz, incongruente de ideais e percuciente de questionamentos, como se intencionasse uma posição para viver o sono, sonhar os sonhos. Amplio o significado dos gestos, detalhes, nuances, palavras, e a lucidez é a própria nitidez crua pela vida. A ironia, resultado da antítese do indivíduo versus o mundo e como atributo da irreverência. Na ironia, o homem afirma para negar e nega para afirmar, encomia para satirizar e satiriza para encomiar, cria um objeto positivo, cuja essência é o nada. Estágio do pensamento dialéctico a ser desenvolvido. A música interrompe-se, o silêncio é aspirado numa curiosidade. Se a ironia é um modo precário de enfrentar a brecha entre o eu e o mundo. Curiosidade metafísica. Tanto mais o pensamento se torna metafísico (e menos irônico), mais ele amadurece a dialéctica a ser desenvolvida. Eu e o mundo se formam no mesmo composto lírico. E as relações com a luz como se tecem? Pressinto, com alegria e serenidade, como sou

#TEMPLUM VAZIO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Só alguém muito fino, de uma finesse sem igual e medida, pode entrar no templum vazio onde há um pensamento vazio, e com tal leveza, com tal ausência de si mesma, que a paixão não marca, o desvario não cristaliza, o devaneio não personaliza, espera a completude ansiosa e aberta para seguir pensando e buscando intuir onde o espírito deverá estar. Perturba-me o mistério daquele compromisso com os tempos futuros, com os tempos para lá da velhice, para aquém da morte, em que serei tão nada como era antes de haver nascido num lugar onde, se as palavras não são mesquinhas, os espíritos são medíocres, para frutificar e dar sombra, daí a uma infinitude, a uma eternidade. Eis-me, vez outra, e não me é dado saber quando irei, alfim, deixar de buscar a sua plenitude, perder-me e encontrar-me nele, perceber com muita clareza a afinidade que existem entre o sibilo de vento entre serras e a volúpia despautérios de origem e genesis. (**RIO DE JANEIRO**, 31 DE MAIO DE 2017)

#ÍMPETO ALADO DO CAMINHO PARA O SER, SEM PALAVRAS DIVIDIDAS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Caminhando em silêncio, revolvo um sentimento que se me apresenta. Encolho os ombros, cerro os olhos, como um homem que aprendeu à custa de duras, duras penas, a linguagem da renúncia, o estilo da refutação, da renúncia e refutação à cor-agem de tecer as contingências com a linha da consciência. Toda a sorte de idéias de liberdade, de devoção absoluta, de sacrifício, invade-me deliciosamente – enquanto os olhos se esquecem, se perdem, enlevados na reliosa solenidade deste princípio de noite de início de inverno. Com uma voz dolente, sob a frente fria deste início de junho, permaneço deserto e desconsolado. O olhar alegre com que sou envolvido, resultado do amor pelo inverno, sentindo no seu brilho ameno, no sorrir suave, quando está em mim. A respiração leve, serena, comedida, creio eu, re-vela sentimentos e emoções que completam, abrem leques para a felicidade, mãos entrelaçadas, utopias e querências, o amor se faz continuamente. A bruma de prata flutuando, pela manhã, s

#APOCALIPSE DO VERBO** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Pers do sublime, retros de pretéritos do eterno postergando de luzes as diáfanas nuvens que transpassam o azul celeste - pectivas do absoluto. Cáritas de subjuntivos do verbo conjugam o ad-vir com os temas da esperança de o uni-verso ser o efêmero das estéticas do belo, da estesia de plen-itudes, sublim-itudes, além arribas os sols dos sonhos, esperanças alumiam o taos das veredas que perpassam o tempo tecendo de travessias os movimentos da peren-itude, o amor da verdade resplandece ao aquém de confins salpicado de angústias, tristezas, melancolias e nostalgias, o perene das in-verdades esplende na cintilância das estrelas o intransitivo do verbo "ser", e a vida pulsa de sorrelfas que se tornarão a incólume felicidade do silvestre do silêncio nas sedas da solidão. Verbos no imperfeito do indicativo, no imperfeito do subjuntivo, modo verbal para o hipotético e imponderável se ajuntam à indeterminação da presença e da ausência. Noite lá fora, luz no quarto. Amor ple

#POETISA ESCRITORA MARIA FERNANDES COMENTA O AFORISMO /**POESIA É AMOR IN-CONDICIONAL#

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"Poesia é amor incondicional." Na verdade a poesia como fulcro do Belo, do bem-querer, do íntimo do Ser, das artes, das instâncias da Vida, poesia é Amor Incondicional. Fenomenal aforismo que revela o elevado conceito que o autor tem pela poesia, porque prosa também é poesia e traduzi-la é tarefa só de poetas e artistas que a sintam em plenitude e primazia. Parabéns, meu Amigo Manoel Ferreira Neto. Maria Isabel Cunha **POESIA É AMOR IN-CONDICIONAL** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO Poesia é amor in-condicional por versejar a intimidade do in-fin-itivo dos sentimentos na desejância íntima do espírito da verdade do ser, na querência recôndita da consciência. Poesia é amor in-condicional por po-etizar os verbos da travessia para o eterno, trans-lúdicas sensações do prazer, alegria, gozo. Poesia é amor in-condicional por po-ematizar o silêncio que concebe a estilística das emoções em harmonia, sin-cronia, sin-tonia com os ex-t

#POESIA E AMOR: LINGUÍSTICA DA ENTREGA E METAFÍSICA DA SOLIDÃO DO SER# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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POST-SCRIPTUM: Com a minha amada e querida esposa e companheira das Artes, Graça Fontis, aprendo a cada instância dos momentos da vida o que é isto - Amar, o que é isto - Amor entre dois "homens", "homem e mulher", o que intencionam viver, O Amor. Com ela aprendi, aprendo ao longo de nossas relações a síntese das Artes e da Vida. A minha Amada e Querida Esposa e Companheira das Artes, entrego em mãos este Aforismo, uma homenagem e agradecimento por nossas vidas juntos. Poesia é amor in-condicional por versejar a intimidade do in-fin-itivo dos sentimentos na desejância íntima do espírito da verdade do ser, na querência recôndita da consciência que se intenciona "ser da liberdade". Amor verseja o verso de versejar o sublime. Amor trans-literaliza a trans-literação de trans-literalizar o eterno da magia mística do ser. Poesia é amor in-condicional por po-etizar os verbos da travessia para o eterno, trans-lúdicas sensações do prazer

ESCRITORA POETISA CRÍTICA LITERÁRIA Ana Júlia Machado ANALISA E INTERPRETA O AFORISMO /**A FELICIDADE BROCHA**/

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Mais um texto de Manoel Ferreira Neto ambíguo e complicado. O passar por uma crise existencial, o que não é estranho num filósofo e erudito Manoel Ferreira Neto. Pois de tanta sabedoria tudo coloca em causa... Como refere no início do seu texto… Em realidade, ninharia habita, habita o ser-da-existência, cursa a planície de trilhos tortuosos de sinuosidades e caracóis, ou querendo apaixonadamente a elocução do ser-amor, ora contestando todas as sensibilidades e emoções, ou enjeitando todas as númenes do estético e da realidade, ora arrastando-se nas valetas sebentas do dia-a-dia das condições e eventualidades, ora sensivelmente esmolando nos quiosques de todas as ermas, tascas, entradas de habitações, basílicas, bares, vendas. Com insignificância residir…. Concebe parte da vida… pode é não habitar na totalidade...mas habita E o isolamento suplica permissão, sinais rotulados, pois que caminha muito mais de si próprio o que se aponta, e, se suplica permissão, é que ali não enc