#VIDRAÇAS DE GUILHOTINA ONDE BATE O SOL** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Gerúndios in-fin-itivos, particípios gerundiais de sombras crepusculares, brumas noctívagas, outono de além res-pingando de orvalho instantes-limites de liberdade purificada a refinar-se nos horizontes do tempo saboreado de volos, cios da verdade saboreados às maçãs do eterno uni-versal alumbrado de desejos e êxtases do silêncio alumiado de volúpias...
Son-éticas de mundos ultraterrenos e paraísos criando o espírito como mão da sua vontade. Há uma in-consciente inveja no vesgo olhar do desprezo. Son-éticas virtudes brotando férvido anseio da razão de todo mundo, também as virtudes podem perecer de ciúme e inveja das paixões.
Frinchas do espírito milenar cultivando de luz o espaço in-audito onde a erudição do absoluto repousa no simbolismo de ex-tases, na mimésis e katharsis pro-jetadas na face mística da plen-itude templada de poiéticas versando as linguísticas e semiologias inter-ditas nas cores ultra cintilantes do arco-íris, prelúdio do belo, sinthesis da beleza e do verbo concebido da verdade do sonho ser.
Miríades de liberdade afiando as lâminas do eterno para recortarem as bordas do tempo em fatias da humanidade do ser, númenes semânticas velando de estilísticas ipsis, semiologias litteris o livro sagrado, ondas marítimas ao sabor de ventos deslizando verbos em direção à ilha de prazeres lúdicos como a carne e o coração do boêmio dedilhando as cordas da harpa de melancolias neoclássicas, nostalgias expressionistas, saudades impressionistas.
Fontes in-versas de águas cristalinas de rios estreitos a jorrarem para além do bem éresis poéticas sin-cronizadas de cromatizações com a insustentável leveza da liberdade, re-versas ilusões do sonho de ser, re-alumbrando in-fin-itivos de sentimentos puros e emoções ternas, carícias e toques verbais de entrega in-finita, respingando no coração a pulsar de felicidade e alegria as holísticas da con-tingência do verbo ser-de instintividades.
Adivinho de soslaio todo o prazer e felicidade de moscas e seu zumbir nas vidraças de guilhotina onde bate o sol.


(**RIO DE JANEIRO**, 17 DE MAIO DE 2017)


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