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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

*ASSIM DIZIA NADA LAREDO DE OLIVEIRA** - Manoel Ferreira

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Vós que ledes uma obra, poema ou prosa, sentindo neles as sincronias, sintonias, harmonias da linguagem, estilo, semântica, linguística, perfeitas, obras-primas, recitando, peito arfando, olhos brilhando, o soneto do Belo, da Beleza, tecendo todos os encômios ao artífice da obra, não vos esqueçais o Belo de hoje não o será amanhã, é na continuidade do tempo que o Belo vai se re-velando, vai se mostrando, e mesmo assim há-de se in-vestigar o tempo do momento, o que era Belo na obra deixa de sê-lo, mister procurar nela outras dimensões que abram os leques para novas buscas. Cristalizar valores é negligenciar a vida que precisa sempre de outros verbos para a jornada. Vós que, num instante, arrancardes, de dentro de vossas almas, uma idéia esplendorosa, mágica, tal idéia será o húmus de outros princípios morais e éticos, serão os grãos de outros sentimentos e emoções, sementes da espiritualidade, não vos esqueçais de que idéias nascem sob a égide das conjunturas do tempo, servem

**ÓPERA DA CON-TING-ÊNCIA - NADA E NINGUÉM** - Manoel Ferreira

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Re-cônditos inter-stícios do nada re-fletem de con-ting-ências ab-surdos que semeiam grãos de ipseidades no limiar da razão, jamais o nonsense será pensado à luz do sensível, será visto como labirinto de vazios, vazio da subjetividade, vazio da sensibilidade, nunca as nonadas da hipocrisia e falsidade serão julgadas à mercê dos sensos de virtudes, serão sempre incólumes princípios da mauvaise-foi que garantem os interesses e ideologias do estar no mundo desfrutando da deliciosa ração dos rebanhos. Re-fletir tais con-ting-ências? Pres-ent-ificam-se a todo instante, são integrantes dos valores insofismáveis que sustentam a sobrevivência, não sendo mais necessário qualquer inteligência e juízo para projetar a vida. Nada disso. Re-fletir o óbvio é brincar com a passagem do tempo, tripudiar com a sua demora em mostrar o re-verso das ruminâncias do desprazer, da infelicidade, das angústias, o sibilo de vento entre as montanhas. Os sinos da igreja ressoam, convidam os fiéis para a

**NA RELVA DOS OÁSIS** - Manoel Ferreira

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Quem sou, o que sou? Quiçá isto não tenha o mínimo sentido, menor valor. Se sei quem sou ou o que a criação de quem sou faz-me ser, leva-me ao ser. Terei respostas para quem sou? Se hoje sou o verbo de meu ser, amanhã serei o nada do verbo. Talvez um dia eu venha a saber quem sou, o ser de mim se me revele trans-parente e límpido. O que a minha razão insolente, inquieta e ao mesmo tempo meiga e perspicaz sabe é que nada sei de mim. Sou o quê? Não sei. Não sei se sou. Como os grandes valores do ser e do não ser são difíceis de situar! O silêncio, onde está sua raiz, é uma glória do não-ser ou uma dominação do ser? Ele é "profundo". Mas onde está a raiz de sua profundeza? No universo onde rezam suas preces as fontes que vão nascer, ou no coração de um homem que sofreu? Em que altura do ser devem aguçar-se os ouvidos que escutam? Ah, de que silêncios precisamos nos lembrar na vida que passa! Sou separado, sou pai, sou divorciado, sou amante, sou amigo, sou namorado

**ONTOLOGIA DO PRESSENTIMENTO** - Manoel Ferreira

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Agora começou a chover. Venta e faz frio. Meu corpo molhado treme e a tristeza é ainda maior. Nem percebi a tristeza chegando; quando vi, estava triste. Nunca manda um bilhete, um aviso de quando vai chegar. Caminho por ruas esburacadas e, por vezes, enfio o pé em poças d´água, com certeza contaminadas pelos dejectos que os transeuntes jogam. Minha alma está triste até à morte - a tristeza mergulha profundo no meu coração, consome-o. Meu eu agora é esquálido, magro, quase um nada e a tristeza não deixa de corroê-lo, daqui a átimos de segundos não mais existirá e como a tristeza é insaciável, em pouco tempo, tempinho de nada, consumirá a si mesma, como as chamas ardentes do fogo sem nada onde se aderir; dar-se-á a metamorfose; serei uma águia, livre, leve, bom, e voarei para além desse chão lamacento, para além dessas nuvens escuras, e me fundirei, num amplexo de amor e carinho, com o azul infinito deste céu diáfano que meus olhos cegos já começam a ver. Queria escrever versos

**TU - QUEM ÉS? - REVISADO** - Manoel Ferreira

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Tu – quem és? Quem és – tu? És tu – quem? Quem tu – és? Quem és – quem? O que é isso – ser tu? O que é tu – ser isso? Tu – quem isso ser? Isso – quem é o ser? És a esperança de fé que perpassa os tempos de amanhã, do infinito, dos horizontes, do uni-verso, de confins, de arribas, do mundo, da terra; és a fé que suprassume as controvérsias dos desejos e vontades do eterno e imortal, as contradições do efêmero e eterno da desejância do ser sublime; és a utopia da consciência-estética-ética, da cristianidade, da transcendência, da divinidade, trans-elevância do absoluto; és o desejo do belo e da beleza, de sonhos de encontro do ser, de ser o verbo do sublime e eterno de ser a carne do perpétuo, da cáritas, ossos do manque-d´être, das ipseidades; és a consciência-ética-estética que re-cria e cria outros uni-versos de sonhos e quimeras, de fantasias e vontades da beleza resplandecente do amor e da felicidade, da alegria e da saltitância. És tu – quem? Tu - quem és? Quem és – tu?

TEMPLO DE PERCUCIÊNCIA E VIVACIDADE** - Manoel Ferreira

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Se há algo que me não entra no cérebro, a menos que seja acéfalo e não sabia, mesmo que me abra a cabeça a machadada, é a retórica. Sinto mui abismático a presença do "espírito malígno" nela. Não adianta qualquer meio de consegui-lo, tudo será em vão, mesmo sendo um gênio a ensinar-me as lições, desde o b+a=ba, com toda a paciência e finesse. Sei lá se se trata de minha natureza ou se alguma resistência latente que tenho, medo de as dimensões sensíveis escafederem-se, tornar-me um poste de cimento armado, um endeusado "em-si", um racionalóide de paletó e gravata. Diante de tudo o que é perfeito, frente de todas as perfeições dos homens, estamos acostumados - juro por Deus que eu mais que todos os homens de todos os tempos - a omitir a questão do vir a ser e desfrutar sua presença como se aquilo houvesse desabrochado, tivesse brotado magicamente do chão, divinamente das nuvens claras e escuras, nos temporais e chuvinhas finas. Acredito estejamos os homens sob

**DA PEDRA O DEUS INCONTESTE** - Manoel Ferreira

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Re-fazer as labutas, bungas-bungas, in-tens-ificar os esforços, à busca da plen-itude, sublime. Verbos dos princípios, querências e versos do saber primeiro, verdadeiro sentimento de olhar com fé, esperança, para o esplendor e magia do conhecimento e sabedoria, da consciência e espiritualidade, imagens se a-nunciam na distância do tempo, átimos de segundos e minutos. O sistema de ensino da Literatura nos tempos do curso de Magistério era diferente do tradicional. Com constância a professora dava temas de redações, valendo nota. As melhores eram comentadas, restando uma que era a melhor redação. Lembra-me que houve o comentário de algumas redações, a que se despontara fora a minha. Perguntou-me ela se fora quem escrevera a redação, não por haver desconfiado, mas que todos soubessem de meus talentos e dons. Um dos melhores amigos tomou a minha frente e disse: "Não sei o que ele escreveu, mas posso garantir que ele escreve assim mesmo". Também confirme. Outra coisa dif

**À LUZ DE QUEM SOU - ALÉM-LINHAS DO ORGASMO, MAGIA** - Manoel Ferreira

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Ilusões de antanhas esperanças e sonhos, ondas de verbos deslizam suaves e serenas, versos de pensamentos, estrofes questionamentos singelos do vir-a-ser de horizontes que respinga de dimensões de verdades os volos da inspiração, intuo na imagem das idéias a sensibilidade do ser, e sinto que a poesia é eidos da filosofia, percebo o verbo dos sonhos de amar na dimensão da verdade de ser a semente do prazer que se encontra na emoção de refletir, meditar, pensar, in-vestigando os vestígios das fantasias, fertilidade da imaginação, carência abismal da arte e das perspicácias do estar no mundo.   Poesia da filosofia - e a coruja canta no silêncio da noite a linguística das querenças do belo sublime, a semântica das desejâncias do In-finito da pureza do divino, da suave beleza da sabedoria que sacia a sede do pleno plenificado de outros uni-versos do verbo que à lareira verseja as chamas dos idílios do silvestre porvir da floresta de místicos mistérios do eterno, gorjeia no seu ser-

COMENTÁRIO CRÍTICO DA AMIGA MARIA FERNANDES AO TEXTO AUTOBIOGRÁFICO /**TESTEMUNHO DE UMA IDENTIDADE*/ - Manoel Ferreira

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O autor na busca da verdade, da perfeição, na liberdade da vida, em conformidade com ela, sempre insatisfeito na sua pesquisa, mas consciente do lugar que ocupa "artista das letras"! Quer espalha-las por todos os cantos e procura dar-lhes brilho mais e mais e, nesta procura, esgota seu empenho até consegui-lo qual girândola em esplendor. Adorei ler este trecho riquíssimo não só pela arte literária, mas pelo conteúdo semântico. Uma obra prima. Parabéns, meu amigo escritor Manoel Ferreira Neto. Linda tarde. Maria Fernandes. **TESTEMUNHO DE UMA IDENT-IDADE** Quase em paz com o mundo, embora sem esperanças, nem sonhos, nem mesmo tristeza, muito menos nostalgia e melancólia - querem-me por vezes nostálgico, por vezes melancólico, não o sou; ninguém gosta de nostalgia, melancolia, correm delas léguas, mas quando alguém garatuja alguns vernáculos eruditos na folha de papel, identificam-se, os velhos tempos românticos jamais esquecidos e nunca

**TESTEMUNHO DE UMA IDENT-IDADE** - Manoel Ferreira

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Quase em paz com o mundo, embora sem esperanças, nem sonhos, nem mesmo tristeza, muito menos nostalgia e melancólia - querem-me por vezes nostálgico, por vezes melancólico, não o sou; ninguém gosta de nostalgia, melancolia, correm delas léguas, mas quando alguém garatuja alguns vernáculos eruditos na folha de papel, identificam-se, os velhos tempos românticos jamais esquecidos e nunca olvidados - apenas com o gosto de estar andando, só, ouvindo o barulho dos autos, os pedacitos de conversas que ouço das pessoas com quem ombreio, quase esquecido de respirar. É verdade que o sol me arrancou brutal e agressivamente às hesitações, incertezas, escrúpulos, o calor esta intenso; não aprecio nem um pouco, amo o frio, sinto emoções outras; resplandecem a minha personalidade, arrebatamento e a exaltação, dentre outras características que revelam alguém quem colocou sua liberdade em questão, são em absoluto necessárias, posso não realizar as coisas que desejo in totum, mas ficarão o esp

**TESTEMUNHO DE UM ESCRITOR POETA** - Manoel Ferreira

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Nuvens que conheço, sombras que me perpassam. horizontes e uni-versos que me pervagam, rios de águas cristalinas que em mim per-correm, correm, de-correm, escuridões que me perscrutam: antípodas... Antinomias, paradoxos, hipérboles do sentimentos - não seja, quiça, modo e estilo de envelar algo íntimo?, requer tranquilidade para refletir, não é o instante, desejava saber o que é isto de tripudiar com o con-ting-ente, sentimentos dispersos para tripudiar com o pensar circunstâncias que estão arrancando do mais íntimo dores e sofrimentos, angústias. Reflexos de imagens pairando lívidos, transparentes, trans-extasiados, trans-excitados, seduzindo desejos, vontades, conúbio de luzes, madrigal de sons ritmando emoções, espectros a tornarem-se inspiração de linguagens e estilos, sons, ritmos, acordes, melodias, interditos da esperança da beleza, nas palavras versáteis do lúdico, verbos outros do in-verso sonho do pleno, re-versa sorrelfa do sublime, ad-versa quimera do puro, do verbo