**Caríssima Amiga e Mestra, Rita Helena Neves**


Não venho para tecer os mais sublimes encômios - encômios sente-se-lhes nos recônditos da alma, nos interstícios do espirito, trans-literalizando-lhes em verdade de reconhecimento.
Caríssima Mestra Rita Helena Neves, preferi este texto à parte de seu "Pensar e Pensamento", diante do objeto, texto de minha autoria, "O ARMÁRIO, O PORÃO E O SÓTÃO", para não sobrecarregar o post.
Há escritores que dizem a "tragédia" é o crítico, isto significando que quando não adulteram o eidos de suas obras, fantasiam completamente o seu sentido. Nem tanto o céu nem tanto a terra. Há críticos arbitrários e gratuitos, há críticos sinceros e leais, fiéis à obra - suas intenções são de trazer à obra com seus mistérios e enigmas à luz da sensibilidade do leitor.
O mais difícil é o escritor e o crítico harmonizarem-se, haver uma relação de complemento, o crítico faz amadurecer e crescer o uni-verso do escritor, o escritor faz amadurecer e crescer o uni-verso do critério de suas análises e interpretações, sensibilizar a sua sensibilidade para outras intuições e percepções do "mundo" da obra.
Há-de haver uma sin-cronia, sin-tonia, harmonia entre o crítico e o escritor.
Neste texto, desde que o senti, deitado na minha cama, repousando um pouco, tive a intenção de mostrar que o nosso encontro de amigos, crítica e escritor, trouxe-me crescimento e inestimável. Com você, pude investigar mais profundamente os interstícios da minha obra, pude arrancar de mim alguns segredos, que estavam num cofre bem guardados, do eidos de minha sensibilidade. Suas análises, interpretações, através de ensaios, possibilitaram-me este mergulho profundo. Você realmente conhece o eidos de minha obra, conhecimento percuciente. Não é subjetividade, mas reconhecimento de suas grandes contribuições, que a re-conheço minha crítica oficial.
Ao longo de nossas relações, de suas análises, fui armazenando as novas lições, as novas aprendizagens. Dizer que este texto é fruto de inspiração e transgredir a sua própria verdade de ser. Este texto jamais poderia ter sido escrito senão com as experiências e vivências com a sua sensibilidade, intelectualidade, imensa intuição, percepção da obra de arte. Tê-lo-ia não escrito senão com quem me tornei a partir de você.
E fico muito feliz em sabendo de sua identificação e admiração por minha obra, por serem revelações de seus sonhos da arte, esperanças do ser.
Um grande abraço!!!



Manoel Ferreira Neto
(25 de fevereiro de 2016)


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