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Mostrando postagens de janeiro, 2020

#VAGÕES QUE DANÇAM NAS CURVAS DE ABISMOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA

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@@@ O trem da glória Continua seguindo a sua trajetória, Conserva-se perseguindo a sua meta, Levando nos seus vagões Sonhadores do Amor, Idealizadores da paz, Mestres da guerra, Artífices do pensamento e do mundo, Solidão e silêncio caminhando lentamente pelos dormentes Da linha férrea, acompanhando os vagões que dançam nas curvas de abismos... Na manhã, os boêmios saem do "Bar das Ilusões", Cantares, pensares, a noite fora de filosofias, Quiçá amanhã seja do Teatro e Poesia, Guitarra acompanhando os encontros, Pós o café forte, cigarro no canto da boca, Vozes roucas, olheira, Levam no ombro a guitarra... Mundo da audição versus mundo enigmaticamente Aparentado ao drama visual e inversamente, Continuamente levado a retraduzir as trilhas Da alma e da vida elementar A moviment-ação do visível... O escuro ateliê só tem por iluminação A paveia do ponche, graciosa miragem. Extenuados os destinos, acossam E restituem à quimera

#ZERO OBTUSO À QUINTA POTÊNCIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA

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Se... Alma da vida Ó alma, alma minha! Minh´alma, eu carecia, Para atravessar o abismo cujo fim não vislumbro, E para durante a noite até Deus eu ascender, De construir uma ponte e em mil arcos a estender, Se em mil arcos não a estender, é que não engenhei o sonho. @@@ Se à luz das estrelas e luas Na noite de buscas de re-nascimento, Re-fazenda de idílios, sorrelfas, A alma mergulha profundo nos interstícios Do além, (Seria que a alma fosse assim dotada para este mergulho? Nada posso declinar.) Desejando a essência do espírito, A luz, que se esvaece no crepúsculo, Estende seus raios, Ainda que, entre-brilhos, de versos inconscientes, entre-meios, de estrofes imaginárias, Ao portal da eternidade, Soleira da travessia, Ângulo do zero obtuso, Prisma do nada elevado à quinta potência Por onde con-templar As ad-jacências do solene, sublime Desejo da perpetuidade, À mercê da posteridade Que nasce das cinzas da morte e

#TEMPO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA

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São todos os sítios, São todos os olhares, São todos os sonhos, São todas as utopias, São todos os desejos, São todas as esperanças, São todas as vozes, São todos os silêncios, São todas as solidões Persigo a multidão. São todos os desenganos, São todos os erros, São todas as ilusões, São todos os fracassos. São todas as vitórias, São todas as decepções, São todas as glórias, São todas as desilusões, São todas as faces iguais, São todas as horas sem paz, São todos os humanos indo E vindo na multisolidão. São chaves erradas, São lágrimas vertentes, São trancas trancadas, Preciso socorrer-me. Sou aprisionado ao teu ser Só que não tenho o teu querer. #RIODEJANEIRO, 31 DE JANEIRO DE 2020#