#NO ORNATO DAS EROSÕES LAVAS DO SER# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



Dedico este poema ao meu Crepúsculo, à minha Velhice, ao término de minha Existência(Manoel Ferreira Neto)
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As INSPIRAÇÕES são melhores por envelhecer ser um cuidado com a paciência.
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No ornato do tempo
Arrebatamentos da querença, trans-elevados
O ânimo oral dos devaneios
De defronto e acordo,
Abrigam e albergam do pleno
As veras das sensibilidades,
A âmago das expectativas,
O eidos das querenças.
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No ornato do tempo,
Quando o crepúsculo vem baixando além,
As ondas marítimas serenando-se ou avolumando-se,
O anseio de o rio das vontades profundas brincar
Com as águas do mar,
Senti-las ao luar, deslizando juntas rumo à praia,
O espírito reveste-se de luz.
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No ornato do tempo
Deleite da satisfação, superiorizar-se
A eloquência das imaginações, devaneios
Do elevado e imortal,
Esboço de pigmentações transparentes do arco-íris,
Abolindo o cosmos de reluzirem e fulgores,
O imago ludica da pulcritude encantamento do amor
Em suas ópticas da dádiva irrestrito
Da entidade, do entendimento,
Viciados da elocução "con-templar" o ultra-[de]-perenes
Júbilos e consolações das reputações e regozijos.
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No ornato do tempo
Zinas do juízo da existência, excedendo
De cruzadas a casualidade da mágoa,
Inerência do penar,
Às bondades da harmonia imortal
De entes que se idolatram e se cedem autônomos,
A aragem confidencia solfa, a fragrância oscilante
Extasia o verso, rebento em primor, na sagacidade de primavera,
E na finitude desinteressada de um acção tão encantadora,
Lateja o coração, na cadência de derretimento,
Na cena de luminosidade, onde o estético que flui no reflexo da retina,
Alvorejar o imenso gemido de existência,
Linheiro da sensibilidade.


#riodejaneiro, 24 de janeiro de 2020#

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