PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA Graça Fontis POEMATIZA O POEMA #ENTRE ANJOS E RAMEIRAS#

E daqui deste belo poema o que colher, meu querido escritor?

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Mistérios são extirpados da cronologia ignorada

Porquanto a observância de um olhar polarizado

A todas as coisas corriqueiras então interligadas,

Consternam, enfadam e aglomeram-se

Esperanças, transições, incertezas

É decadência!

Estigmas aos pudores,

Decrepitude e alienação

Entre anjos e rameiras

Um brado ecoa de passagem

Sons, partes de acordes estão sendo tocados

O chamado omnisciente do cabotino irreverente

Quer instar

A transgressão dos limites impostos

À busca triunfante, gloriosa do verdadeiro conhecimento

Ao transcenderem os meios hipócritas e sorrateiros

Que justificam os fins

Num bailar alardeado disto das trevas

Em uma super-nova bordadura

Do corpo celestial

Até a efetivação do branqueamento

Do novo leito terrestre

Transcendentais, libertos e independentes

Dos caprichos humanos

E do convencionalismo susterizado

Não se alheiam.

Graça Fontis

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ENTRE ANJOS E RAMEIRAS

GRAÇA FONTIS: PINTURA

Manoel Ferreira Neto: POEMA

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Recolhamos de cada viridário uma rosa,

Orquídea para a nossa celebridade

E duas folhas de polipodiáceas,

Licopodiáceas e ciateáceas,

Para os nossos triunfos!

Bailemos, tal qual valdevinos,

Tal qual compositores de serestas

Tal qual romanceiros,

No meio de anjos e meretrizes.

O bailado entre Divindade

E o universo ao ócio de todas as coisas!

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Quem não sabe

Com os zunidos da ventosidade entre serranias bailar, Exemplares na proeza,

E procura conversação aqui,

E tomba,

E alteia,

E permuta os pés como um estafado senil,

Envolver-se em liame,

Quem se açude com mentecapto,

Fingidor,

Enganadores de pundonor e rectidão,

Convocai-o a ausentar-se de nosso éden!

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Afugentemos o polvilho do trilho

No nariz de todos os doentes!

Assombremos os lerdas enfermos,

Os olhos de soslaio e viés,

Patenteando ciúme,

Emulação e raiva!

Purguemos o orbe,

Branqueemos o impero dos paraísos!

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Isenta consciência entre as almas independentes,

Brademos a nossa satisfação como um tumulto!

@riodejaneiro, 20 de janeiro de 2020@