ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO CRITICA COMENTÁRIO SUBJETIVO AO POEMA DE MARIA ISABEL CUNHA #COMPLEMENTARIDADE#




Post-Scriptum:
Não mais lembrava-me desta crítica escrita há alguns anos sobre o poema da escritora Maria Isabel Cunha, crítica fundamentada num comentário subjetivo insosso ao poema. Hoje, 21 de janeiro de 2020, a escritora enviou-me via "bate-papo", lembrando-me, o que me felicitou sobremodo. A minha obra reunida é tão extensa que se torna impossível lembrar-me de único título, do que fora escrito, tema e temática. Aliás, tomei a liberdade de acrescentar algumas palavras que careciam ser ditas. Se é para dizer, então que se diga tudo ipsis litteris e verbis, sem medos de insatisfações, rejeições e afastamentos, por isso dizem que nós os críticos somos intragáveis, nojentos, e somos mesmo. Cumpre ao crítico a lealdade e fidelidade aos seus pensamentos, idéias e visões de uma obra.
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Há alguns dias, tive a oportunidade de ler esse poema numa de minhas páginas, mas, estando ocupado no momento, não pude fazer comentário. Alguém havia comentado de contradições neste poema. Estranhíssimo o comentário, pois que a estrutura do poema são as dialéticas, contradições. Comentários, críticas, ensaios devem ser feitos com fundamentos, as idéias elaboradas conforme o "eidos" da obra; se não o são, trata-se apenas de dizeres subjetivos, sem quaisquer valores, e isto é o que impera no mundo virtual, salvo ínfimas exceções de que sou testemunho. A escritora Maria Isabel Cunha não deve dar atenção para os dizeres subjetivos. Tenho um lema: "Dou atenção às críticas que contribuem para crescimentos e amadurecimentos; se não, viro as costas sem quaisquer palavras."
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Não houvessem dialécticas, contradições, o poema não poderia ser intitulado COMPLEMENTARIDADE. O fosco e o belo límpido se complementam, o progressista e o obsoleto se complementam. A vida são dialéticas e contradições, elas se complementam e são leitmotifs para as buscas, sonhos, utopias. Fosse no momento da postagem da amiga Maria Fernandes, teria perguntado à pessoa que o comentou o que não é contradição, dialética na vida. A arte imita a vida e a vida imita a arte. Deus me livre, se a vida não fosse contraditória e dialética.
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Queria ver a pessoa escrever COMPLEMENTARIDADE sem dialéticas e contradições. No caso, como ela comentou sobre elas, só poderia escrever um poema intitulado PERFEITARIDADE. São exigências sem quaisquer sentidos. Agora rolando páginas encontrei este poema de Maria Fernandes, lembrando-me do comentário. Aqui está o minha crítica crítica da subjetiva insossa.
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Maria Fernandes, COMPLEMENTARIDADE é um poema perfeito. Fiquei admirado com a sua habilidade para trabalhar com as dialéticas e contradições. Parabéns!!!
Manoel Ferreira Neto
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COMPLEMENTARIDADE
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Não, não quero o fosco
O torpe, o descalabro
A evolução do desvario
O progresso em desatino
O sexo como alarde
Tesouro primevo e único
Há que banalizar a esmo…
Procuro o belo límpido
O Amor como chama ardente
Por Ele entro em desatino
Ganho asas e voo ao Infinito
Único móbil meu destino
De amor me quero vestida
Por Amor quero morrer
Que me perdoe o progressista
Este atraso tosco e obsoleto
Roído pela traça e escarninho
Mas, escolhi-o para meu caminho
O Amor elevado à infinita potência
Será sempre o meu eterno lema
O sexo como complemento do Amor
Será benquisto com coroa e trema
Os dois em complementaridade
É o enlace real, digno de majestade
Sem esta preciosa aliança
Algo fenece por falha, será enfermo
Indigno, duvidoso, de pouca fiança
Como a praia só é bela com o mar
Assim o amar requer reciprocidade salutar
Maria Isabel Cunha
MIFC
@riodejaneiro, 21 de janeiro de 2020@

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