#DE FALÁCIAS, VERBORRÉIAS: L´INFER C´EST LES AUTRES# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Verborréias de libertinagens às gauches de passagens, travessias de etiquetas e princípios que à esquerda de ideais consumam preceitos, dogmas, lídimas perquirições, idôneos cogitos , ergo as mãos à soleira da montanha, redes de perjúrio à mercê de jogos estrambóticos cujos naipes arrastam-se sobre a mesa, cobra artificiando o bote, arrancando calafrios , tapetes sob tacos enfileiram passos tresloucados. Loucura. Sandice. Despautério. Enigma de sensações do fulgor e das trevas. Falácias escorreitas des-lizam nos becos estilos e linguagem des-conexos, bohêmios dedilham cordas de nostalgias, idílios fecundam obséquios, quimeras, febundam a hora e a vez de segredos e enigmas, concebem os in-fin-itivos verbos do nada e nonada, églogas idilicas permeiam os abismos e bosques, utopias da liberdade.
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Se ontem a vida pôs-me em mãos a auto-hipocrisia para não sucumbir frente às intempéries, para sobreviver, ocasionando-me dores insofismáveis, sofrimentos incólumes, lembranças e recordações indeléveis, contrariava os princípios em que acreditei, hoje as verdades subiram degraus inestimáveis, cuspo-as, borrifo-as, vomito-as livres e potentes.
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Sombras. compactas. Esgares fugazes. Trejeitos passadiços. Templares de ignomínias e sinédoques. Desespero zera de vírgulas e figuras incongruências de metáforas, retalhos de seda envelam o anoitecer, trazendo na algibeira as contas de terços dispersados de compadecidos sorrisos passageiros, e nestes instantes para sentir-me a mim, para me sentir inteiro reverso as razões de afogar temores e tremores , inverso as indagações de perdições e ilusões, e o que silencia o resto das cogitações re-erguendo sentidos avessos às epígrafes que re-conduzem tessituras a erupirem imagens e perspectivas corrompendo visões, decifrando sentidos e mistérios, profetizando sentimentos que chamejam velas nos castiçais, vela solidão companheira que de sêmens e vestígios artificia as tecituras de venturas e ventos que balouçam folhagens, que redemoinham poeiras.
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Mensidão de quimeras...
Imensidão de aspirações...
Imensidão de divagações...
Imensidão de eloquências da realidade...
Imensidão de infindos apetites...
Imensidão de sentimentos das verdades
Imensidão de perscrutações do "eu"
Imensidão de olhares em todas
as dimensões,
O que melhor me aprouver,
Imagens, sentimentos e verdades,
sempre em questão,
O amor, a verdade...
O silêncio, o som, a solidão, a imagem,
Dobrar a manga da camisa, mãos à obra!...
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Vozes. Falas. O som das vozes é plausível de notas e melodias, a poesia basta, a prosa é besta, esvaecem-se forclusions e manque-d´être cobertos. Vazios cobertos de neblina, orvalho e garoas a salpicarem de múltiplas accepções do sublime e tépido, o sorriso tem um "s" que carece de acertar o sotaque, está faltando, ausenta-se o "ph" , endossa o tempo de querer sentir no âmago as luzes do proscênio, hora e revés de solstícios e panoramas de que se encantoam nos terrenos baldios da alma.
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Iras de ruídos surdinando os apetites e animas, os sabores e animus, terçando, vociferando à existência as propensões do sublime, da pulcritude. Iras de sonâncias "apiedadas" da melodia da extensão e dos ênfases das quimeras, ritmo de distância e dos ex-tases do sonho, cadenciando de perturbações e sensibilidades as veredas do sucederem ondas, sombras, breus, abismos, vazios, náuseas, número indeterminado da luzência alumiando o intelecto de conceitos, imaginários, o devaneio idealiza o lunático nos sopores de tempos a surgirem nas ansas de diferentes expectativas da realidade.
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Eu que nada sou não alimento, arquiteto de eternidades e retalhos imortais orquídeas brancas configurando sabedorias, não quero ser reunido em instâncias e estâncias de irreverências e conspurcações... destino às cavalitas de artifícios e rebiques.


#RIODEJANEIRO, 27 DE JANEIRO DE 2020#

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