**MANANCIAL DO GENESIS ORIGINAL** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Aquém imaginações, prolusão avessa, re-percussões longínquas no ultra do tempo, no trans-ser do verbo, recitando distantes sonsices, galhofas submersas em prantos, plangeres de nostalgia, melancolias, saudades do não-ser sendo quesito do eterno, sensibilidades sarapalhadas de in-vernos e neblinas, primaveras e néctares de flores campesinas, no frêmito âmago de minha entidade, cerzindo de pequeníssimas númens, miríades numinosas, ideadas no simulacro denso, enredada da obscuridade circunspecta pelo corisco de resplendor confinante, a vidraça de véu acetinado do período de bambinelas de cerda, a cara sentimental da evo, evitando a manancial do genesis original, a luminosidade cintilante da existência, a luminância de brilhante diáfano do ser-vida, báratros exauridos de ventosidades sobrevindas das perspicazes ignotas, enjeitando o pélago do firmamento, entre serranias desprovidas de zunidos da insignificância em absoluta deleitação por aliciar o perpétuo vidente pelo fulgor lunar, fojos recônditos à soalheira de labirinto inabitável, desvendando as rebos que lhes resguardem o intróito, que lhes conservem o avant-prèmier, declarando o espiritual de locuções declamadas à graça de destinos, sinas, sagas, de lúdicas perspectivas, uma sensação em cada consciência, quantas locuções, pausas de pareceres, período transcorrido acarretado pela actualidade, pres-ent-ificação de verbos re-trans-cendidos de in-fin-itivos. Plana na aragem uma agre fragrância de polvilho, cadências e melopéias pelas sémitas tépidas, vascolejando as folhas, ciciam a vesperal zéfiro, aspiram resfolegando como calculando os momentos de compaixão, instantes de solidariedade, vibrantes vimeiros, aviolados granjeios estremecem, suspendem eloquências lunáticas de claridades.


#riodejaneiro, 17 de janeiro de 2020#

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