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Mostrando postagens de agosto, 2017

#AFORISMO 142/A RODA VIVA GIRANDO NOS CÔNCAVOS E CONVEXOS DO ESPELHO DAS SENSAÇÕES INAUDITAS!...# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Tecido minucioso com fragmentos de metáforas que inscrevem nos espaços de entre o climax divino do gozo o sentir corpo e alma voando aos ceus, prazer contingente elevado ao verbo do encontro com o espírito do verbo, do tempo de koinonia do "eu" e "outro". Destituída de instinto, a carne sente o esplendor do instante, êxtase, volúpia, a alma se suspende no tempo que se esvaece de segundo em segundo, o resto não é o silêncio das dimensões sensíveis e espirituais, mas as ruminâncias de compl-etude do verbo doar a entrega da querência do clímax e a regência nominal de con-sentir, permitir a leveza do sentir livre e espontâneo a satisfação, conúbio de ganache, o ser na continuidade dos momentos, estrelas cadentes, fases da lua no jogo lúdico de mudanças instantâneas no instante-limite, a roda viva girando nos côncavos e convexos do espelho das sensações inauditas esplendendo no silvestre da floresta de sendas e veredas de orvalhos notívagos, seivando o broto das

#TRANSEUNTES ANÔNIMOS E A SOLIDÃO DO CÁRCERE - UMA LEITURA DO POEMA "TRANSEUNTES ANÔNIMOS" DA POETISA, ARTISTA-PLÁSTICA, PINTORA E ESCULTORA Graça Fontis

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Ano apenas após a escritura deste poema, a escolha da pintura que iria ilustrá-lo, lembra-se-me haver comentado com a Poetisa e Artista-Plástica, Pintora e Escultora, Graça Fontis, sobre as grades no verso "... Aqui, detrás dessas grades...". Disse-lhe acerca de quem está atrás das grades vê o mundo em concomitância com as suas dores e sofrimentos, a sua solidão, e quem está fora das grades, as fugas, medos, condutas e posturas equivocadas levam à solidão. Hoje, relendo o poema, o olhar de fora e o olhar de dentro do cárcere, não necessariamente de prisão por delitos em todos os níveis. Digno de tirar-lhe o chapéu, reverenciando a artista pelos versos finais da solidão dentro do cárcere e fora dele: "E mergulhar neste mundo intenso, Enigmático, um colorido fantástico Camuflando segredos invioláveis Subjetivados em rostos e sorrisos Atitudes relevantes e previsíveis Desconhecidos casuais... sensuais Por instantes... imortais." A humanidade está co

#AFORISMO 143/SIBILO DE VENTO PARA ALÉM DE ENTRE AS MONTANHAS# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Sorriso trigueiro, alma circunspecta, introvertida Aforismaria uma balada do bosque de mistérios, Nos olhos a a-nunciação da alma à busca de uni-versos De místicos hieróglifos de pretensas utopias e ideais, O ritmo, ah o ritmo... balalaika nos lotes vagos de San Petersburgo A in-vestigação sombria e nostálgica da alma à cata de seu destino... Aforismaria o quê, Além desta investigação? Qualquer demônio diferente, qualquer demônio fracassado numa missão específica só consegue se libertar da severa e verdadeira punição a lhe ser imposta, se porventura compense o fracasso multiplicando sua tarefa por inúmeras vezes. Difícil isto de não se compreender a presença de instantes de cinismos, ironias, galhofas, de não se entender que de imediato surge algo vindo de muito profundo, atabalhoa as idéias, os pensamentos, é quase necessário ir à busca de reuni-las a todas, correndo o risco de as ter perdido. Tenha aquilatado a dimensão do dilema sugere um destes ins

#AFORISMO 141/DÁDIVAS DE ESPÍRITOS LIVRES QUE MORAM NAS MONTANHAS# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Lá fora, a noite tão longínqua! Sonho e de por trás da minha atenção sonha comigo alguém... E eu, que pela manhã da distância, da lonjura que vai o dia quase a esqueço, é ao lembrar-me dela que sinto em mim desejos os mais excêntricos, os mais inusitados de num recanto afastado da sabedoria o ritmo íntimo das vozes que ouço a dizer-me próximo à alma do alto silêncio; sinto em mim o espanto que as horas de desassossego, para além da linha externa das montanhas são hábitos de estilo, costume de formas, e para além dessa não há nada... Os olhos não são escuros, mas claros, e é apenas a sombra das longas pestanas que os escurece. Penso poderia estar alhures. De mim já se afastou a última esperança. Acaso a natureza ou nobre alma agora um bálsamo não têm, que me traga bonança? Por vezes, não sinto limites no corpo. Con-templo ora o sorriso cínico e irônico, revelando rebeldia e meditação acerca de o cristianismo com-templar a morte e não a vida, dizendo-me da melancolia e nost

#AFORISMO 140/RECANTO AFASTADO DA SABEDORIA# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Despojando de significado todas as coisas do mundo, o silêncio, os elfos, os gnomos, a idéia de uma águia sobrevoando as serras, a idéia de uma vela colocada do lado de fora da janela consolam-me prematuramente das dores merecidas e absolvem-me de tristezas e desilusões. Não possuo nenhuma das idéias que tivera a ingenuidade, a inocência de atribuir ao silêncio e solidão deste quarto onde me encontro, a minha arte do cinismo e do sarcasmo, da ironia e da galhofa, revela-se, com o tempo, tristemente monótona. Mas apenas, metade de minha inteligência consegue acreditar a alegria e exultação de, à noite, enfiar-me debaixo da coberta, do edredom. Se há algo que ansiara permanentemente em todos os anos fora por uma intimidade completa comigo, uma intimidade de compreensão e conhecimento. Se a compreensão e o entendimento afastam-se, resta um espaço vazio, e toda a luta e desejo profundos são de preencher este vazio, resta um espaço cheio de sombras. Se pudesse ser frio, de não

#AFORISMO 139/NO TEMPO SORRÉLFICO DAS ILUSÕES# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Ruminâncias de ouro e riso. Gritos antigos de arco-iris e lágrimas. Vociferâncias de coriscos e lábios eminentemente fechados, por vezes olhos frios e apagados de qualquer visão turva e nula do beco sem saída, ladeados de terrenos baldios, por vezes olhares calientes e faiscantes de todas as ab-solutas visões cristalinas e trans-parentes das othon alamedas, em cujos canteiros brilham palmeiras em cujas frinchas das alturas não cantam sabiás, que no longínquo e distante espaço ao longo desemboca no limite que inicia o tao do ser que, nas entre-linhas do vervo, solsticia os sujeitos da alma, nos inter-ditos dos temas e temáticas crep-usculam os crep-interstícios do vazio nas eter-minâncias ad-versas de re-versos e in-versos às caval-itidades do abismo sonhando o vazio, o vazio perscrutando a resenha do efêmero, o croqui do além, o efêmero evangelizando o anti-cristo das plen-itudes, Plen-itudes faiscantes de todas As ab-solutas visões cristalinas e trans-parentes. Plen-

#AFORISMO 138/CORCOVADO DE ILUSÕES CRISTALINAS - TRIBUTO AOS CARIOCAS# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Ilusões cristalinas perfazendo dimensões con-tingentes do que há-de trans-cender angústias e náuseas perpétuas do absoluto, trans-elevar tristezas e fracassos gerundiais do infinitivo que sarapalha sombras e luzes ao longo do deserto sem ad-jacências e oásis, sem peregrinos, sendeiros a atravessá-lo à mercê de bússola na corcova de um camelo. Corcovado de ilusões cristalinas Tranquilidade de espírito, segredo De verbos, o sudário a agasalhar as carências Viver e existir agora significam as coisas Acontecerem livremente, cuidar Dos sonhos, esperanças Tudo atrás ficou lendário: sem lenço, sem documento. Fica mal com Deus quem não alça vôo nas asas do condor de esperanças, real-izando os clímaces voláteis do gozo da estirpe. Fica mal comigo quem não trans-eleva a fé no divino eterno aos auspícios da liberdade que exala suas nuanças de desejos de compl-etude com os termos acessórios do nada e efêmero, termos essenciais das nonadas e travessias, eno