#AFORISMO 82/SALMO DA LIBERDADE LUMINADA DE IDEAIS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: CÂNTICO AFORÍSTICO


"Ascese das travessias do ser-tao de sublim-itudes ao tao-ser divino
sin-cronizado com os verbos do sonho plen-ificar o espírito do ser." (Manoel Ferreira Neto)


Epígrafe:


"O poematizar transcende o olhar embevecido por quando a poesia metafísica enleva-se no cântico metafórico da linguagem romântica em êxtase!" (Graça Fontis)


Presença... Presença são atitudes e ações em koinonia com as utopias e maledicências, em sintonia com a sinuosidade de estar no mundo, sincronia com os ventos perpassando o tempo, em harmonia com a consciência e inda as querenças, buscas, sentimentos e emoções, intuições da verdade e in-verdades, percepções das anunciações das trilhas a seguir, estou mais velho e continuo deslizando nas linhas férreas, deambulando nas estradas, mata-burros, pontes, esburacadas, cascalhadas, asfaltadas, caminhos-da-roça, mas sempre contra os ventos que não levam a poeira... Pensamentos, emoções, sensações, idéias habitando as palavras pronunciadas.


Amar... Amar é verso re-verso de estrofes. Amar é estrofe in-versa de metáforas. Amar é soneto ad-verso de linguísticas. Amar é trova trans-versa de semânticas. Amar é estribilho além dos sons, a voz do in-finito sussurrando no ouvido do universo o verso-uno das desejâncias, de pés e mãos entrecruzados no sono e na vigília. Amar é chave de ouro além-versa das dialéticas dos desejos e in-desejos, retro-versa das contradições do bem e do mal. Amar é tocar na poesia e sentir a poiética do verbo enamorar-se da poemática do ser. Amar não é nos versos da poesia o romantismo das utopias da eternidade, prazer e gozos sentir.


Gotículas de verbos orvalhados do sublime respingando no tempo-ser do sentir a-nunciações da beleza do belo nos recônditos interstícios da alma, alvorecendo, no limiar dos sonhos e esperanças da verdade de con-templar o in-finito pleno de ritmos e melodias do cântico do Amor, a sin-fonia sin-crônica da felicidade seduzida pelo êxtase da alegria, querubins performando ao redor da lua o baile da espiritualidade.


Fazer das flores uma estrada para ir mais longe, sendas e veredas de paz, alamedas e caminhos silvestres de solidariedade, compaixão, amizade, e estar onde todos estão. Fazer de paisagens, panoramas campesinos frestas por onde visualizar e contemplar a paisagem além, o panorama além. Fazer das dissensões das sendas da intuição, percepção, criação dimensões intro-versões por onde olhar e vislumbrar as anunciações da alma.


Exultando salmos da liberdade luminada de ideais,
Sonhos e esperanças do vir-a-ser de horizontes sagrados,
Theos e nous do espírito vers-ificam sonéticas semiologias
Enveladas nos fios tênues e frágeis de metafísicas do além,
Entre-laçadas nas querenças ternas e suaves das representações,
Tempo sonorizado de silêncios ritmados e melodiados com as notas
Inter-ditas de metáforas sin-estésicas
Com as ilíadas oníricas da verdade da fé e do símbolo sagrado
Ascese das travessias do ser-tao de sublim-itudes ao tao-ser divino
Sin-cronizado com os verbos do sonho plen-ificar o espírito do ser.


(**RIO DE JANEIRO**, 06 DE AGOSTO DE 2017)


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