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Mostrando postagens de junho, 2017

#SILÊNCIO ARDENTE DE VOZES EQUÍVOCAS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Não me afastando, não me envolvendo, conservando uma distância, estou esclarecendo a alma, o mais profundo, o que sinto, o que penso. Em me pensando, não me é possível sentir: não sinto quem sou. Parece que um véu se rasga diante de minha alma e o picadeiro da vida infinita mudou-se, para mim, num túmulo eternamente escancarado. Em me sentindo, afloro-me: sou quem eu sou no que não sou e sou. Afloro este ser e ele se aflora por inteiro. Quando torno a pensar e me lembro da história do cavalo cansado de ser livre, que se deixa arrear e esporear, e o cavaleiro cavalga até estafá-lo, não sei mais o que devo fazer... A velha e in-sondável meia-noite rumina em sonhos a sua dor e ainda mais sua alegria: pois se a dor é profunda, a alegria é mais profunda do que o sofrimento. Sobre esse monte das Oliveiras, a vigília é inútil; o espírito se une aos apóstolos adormecidos e os aprova. Estariam realmente equivocados? Seja como for, tiveram a re-velação. Será que haverá alguém quem po

#SILÊNCIO!... LEITO DE JAMAIS E OUTRORAS# - GRAÇA FONTES: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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"Só na intimidade as palavras se tornam verbos."   Sim. Interessante observar que no leito de jamais e outroras jamais iniciei meditações, reflexões, críticas, apenas brincadeiras bem sucedidas com as amadas-amantes palavras, se me dada a licença de assim estar a dirigir-me a elas, desejando dizer que me dão alegria e júbilos, com uma afirmação tão categórica “sim”, dizendo estar de acordo com o que projetei de início, estar encetando outros caminhos, os de desenvolvimento de origens em nível de algum silêncio que me habita, denominando-lhe desde sempre de astúcias, mas em suas entranhas habita-lhes a inteligência e sabedoria divina que me ditam nas entrelinhas o leito de jamais e outroras que conquistarei ao longo de sedes e fomes milenares pó-eticamente a habitarem os desejos mais profundos de encontro com a Verdade, esta que se encontra nas origens do vernáculo bíblico e sagrado, a que mostra ao homem as suas atitudes e ações com o outro, com quem juntos deverei

#AFORISMO: A PALAVRA É O ESPÍRITO DA EC-SISTÊNCIA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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#O desejo de amor só vive de entrega, onde têm raízes a iluminação e a redenção, cujos frutos são os sonhos que alimentamos e AFAGAMOS, e quem a outrem, que en-vela e re-vela, não poderá, Señor, alguma vez, desalgemar de mim as mãos rápidas de gestos, deixando-me-ser aos olhos e ouvidos atentos e à minha nítida simplicidade de Alma?# “Há procissão de águas na moldura da vidraça”. Iluminação. Amor. Misericórdia. Ágape. Deus. Nous. Inner. Numinoso. Assunção. Theos. Luz da maturidade, caminho para a velhice, para a morte, as cinzas acompanhadas de alguns ventos de lembranças, de alguns outonos e invernos de esquecimentos... Esta Luz mostra-me os devidos caminhos para sacudir a todos, arrancar-lhes de dentro, jogar-lhes na sarjeta de suas misérias, e encontro os modos de atingir estes objetivos, ainda que, no fim, seja condenado como alguém constantemente em busca de escândalos, de auto-afirmação. É glorioso para o amor ver cair as folhas à medida que

RESPOSTA AO COMENTÁRIO DA PINTORA Graça Fontis AO AFORISMO /**SER O SILÊNCIO NO SILÊNCIO DO SER**/

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A priori, não creio ter havido tal dissecação ao estado silencioso nem sempre possível/viável nesse mundo onde os sons predominam... numa fuga inquestionável e necessária, o espírito debruça seus questionamentos, angústias ou prazeres, necessários à maturação de grandes aspirações e, sem dúvida, canteiro de belas inspirações, ressurgindo milagrosamente como o texto presente... presentificado graças ao Silêncio... onde o arquiteto das letras pode com perfeição agrupar sensações, sensibilidade... sentimentos linguisticamente verbalizados, tornando-nos possível a visualização com todas nuances desse habitat momentâneo e primordial à criatividade que todo artista anseia no mais profundo Ser, com certeza aqui o grande Escritor objetivou-se como frequentador assíduo deste bem-estar rico e fértil na sua máxima totalidade sob todo prisma abordado, sentindo-se vivendo com o silêncio na alma! PARABÉNS e obrigada querido por mais este magnífico texto! Graça Fontis Imperam no m

#MELHOR A DES-HONRA QUE SE IGNORA À HONRA EXPOSTA A OPINIÃO ALHEIA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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A subjetividade re-veste a leitura de sentimentos e emoções, deseja mostrar-se na sua plenitude e absolutidade. Os homens somos eternos questionadores, “devotos” dos porquês! (Pobre de quem não pergunta: nada tem dentro de si, vive dos medos das respostas, vive na escuridão dos desejos e vontades!). A pobreza dos homens, hoje, ultrapassa todos os limites; ninguém se dis-põe às perguntas, ninguém se angustia com a ausência de respostas; estamos todos enchafurdados nos prazeres materiais – tanto melhor, pois que nada nos exige, nada nos obriga, não sentiremos qualquer dor ou sofrimento de uma busca verdadeira. Onde estou, infeliz de mim? Que escuridão é essa, que trevas me rodeiam? Estou no paraíso de minha inocência ou no inferno de minhas culpas? Quem me toca? Ó tu, quem quer sejas, que estás aqui comigo, se é que tua alma admite qualquer espécie de súplica, suplico-te, já que dispuseste de minha reputação, dispõe também de minha vida. Estou pronta a deixar-te reconduzir-

**LÍRIOS BRANCOS NAS PÁGINAS DOS DESEJOS** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Cáritas eidéticas do sublime, pretéritos não me são póstumos, não me são efêmeros, não me são. Passados me não são pósteros. Inverno in-verso de outros frios sentidos, vivenciados, sentimentos e emoções inda des-conhecidos perpassando a alma, miríades de imagens campesinas a-nunciam-se longínquas, serenitudes. Idílios re-versos de poesia, há de vir lírios brancos nas páginas dos desejos que se lançam ao além, perspectiva do absoluto re-nascido no crepúsculo do não-ser, concebido no alvorecer nublado - lembranças de estar encostado do parapeito da janela, manhã fria, quase quatro décadas de existência esta lembrança, ouvindo Stand by me cantada por Lennon -, quiça o ser preceda a vida, o verbo do frio projeta-se no infinito, a busca incólume do que trans-cende o instante, momento, instante-limite do nada. Sonho do Verbo Vida. Vida do Verbo Sonho. Verbo do Sonho Vida. Sorrelfa de ídílios compactos. No fim do arco-íris um pote de ouro. O re-nascer: é a alma se presentificand

#LAREIRA DO VENTO E DO SILÊNCIO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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E agora, José, que o uni-verso come com linces do olhar os in-fin-itivos de confis e arribas? E agora, José, que o instante-limite do nada é o absurdo das facticidades? E agora, José, que as páginas em branco dos ideais da beleza do belo permanecerão vazias de letras? E agora, José, que a vida é somente a última esperança da eternidade? E agora, José, que o tempo silenciou os sibilos do vento? E agora, José, que o vento espalhou as folhas secas ao longo da colina? E agora, José, que os janeiros do rio passam de por baixo das pontes partidas? Trevas. Sombras. Vazios. Nonadas. Silêncio. Vento. Solidão. Nada. Tempo. Silêncio. Náusea. Verbos E as esperanças iluminam o ad-vir. E os sonhos a-lumbram perspectivas do In-finito. E as utopias verbalizam as con-tingências dos ideais e volos do póstumo. E as estrelas velam o ossuário da terra. E a lua brilha no horizonte inspirando o in-trans-itivo verbo de amar. E as ausências do ser re-fletem nos terreno

Maria Isabel Cunha ESCRITORA E POETISA COMENTA O AFORISMO /**NA LIBERDADE DA CAMINHADA NOS ENCAMINHAM OS CAMINHOS SILVESTRES**/

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Este texto ressalta a relação que o homem trava com o seu semelhante e pelas coisas que o circundam. É através da linguagem falada ou escrita que cada Ser se define e assume perante os demais. Segundo o autor, todos oriundos de uma mesma matéria sentimos necessidade de comunicar e até unir com os outros na caminhada da vida. Na linguagem, o não ser desentranha-se do Ser, revelando assim as características próprias e singulares que distinguem e identificam cada Ser isolado e único. Texto riquíssimo pelos conceitos que apresenta e justifica, merece toda a atenção do leitor. Parabéns, escritor amigo. Um abraço. Maria Isabel Cunha #NA LIBERDADE DA CAMINHADA NOS ENCAMINHAM OS CAMINHOS SILVESTRES# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO "O caminho se presentifica frente aos obstáculos que a vida nos apresenta" (Graça Fontis) Por seus atos, o homem se determina, sai do magma das coisas, enquanto impõe seu ato livre: ele ek-siste, mant

#NA LIBERDADE DA CAMINHADA NOS ENCAMINHAM OS CAMINHOS SILVESTRES# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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"O caminho se presentifica frente aos obstáculos que a vida nos apresenta" (Graça Fontis) Por seus atos, o homem se determina, sai do magma das coisas, enquanto impõe seu ato livre: ele ek-siste, mantém-se de fora de si mesmo, no seu projeto, sua relação com o que é. O existente é o único ente capaz de abertura ao ser. Assim, se a existência do homem é autêntica, faz sentido por si mesma. Uma vez que falar é comprometer-se, o sentido dessa moral é manifesto: trata-se, como no sistema do filósofo Kant, de realizar o universal com sua própria carne. Uma vez que se escreve ou se diz, fá-lo sempre a partir da verdade de quem somos, de quem re-“presentamos” na vida e no mundo, nas relações com os homens, as coisas e os objetos, a partir da res-ponsabilidade em/de buscar e desejar a nossa autenticidade, verdade, a superação de nossos problemas, tornarmo-nos homens-Deus. Há no ser humano o apelo pela fusão, para a unificação, para a comunhão com todas as coisas e p