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Mostrando postagens de outubro, 2017

#AFORISMO 345/POEMA DO NADA-NADA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Nada De nada aos obrigados por solidariedade, compaixão Nada aos vencidos e vencedores, por realizações, fracassos Nada aos amantes e amados, por verdades e lealdades Nada de nada, ser com os nadas quotidianos Ser de nadas conspurcando os nadas de ser Nada-de-nada, horizontes ensombrecendo crepúsculos pálidos Nadas pálidos, Nadas quotidianos, Nadas sendo de nada Nada-com-nada seduzindo náuseas a negligenciarem verdades Nada-nada de nada Na-de-nada nada Deus lhe pague Por nada ser, mas não arrastar-se nas sarjetas da vida Deus lhe pague Por ser o nada, sobreviver de migalhas do dia a dia Deus lhe pague Nada a nada de nadas nadiversando baldios do não-ser, Inscrevendo nas tábuas do tempo os vácuos Do abismo-nada re-versados de escusos princípios da alma Nada de vazio no terreno baldio da alma-nada Terreno baldio de nadas-vazios de pectivas-res do infortúnio Desconsagrando os limites do perpétuo Nas limítrofes linhas do efêmero r

#AFORISMO 344/ZEROPÉIA DIVINA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Destilar venenos, a serpente Exultante de alegrias recita verdades Transitórios preceitos, Fugazes dogmas da felicidade eterna Zeropéia divina O eterno gira em suas in-verdades, embustes O paraíso efemeriza-se, dissolve-se Nas origens, genesis Protela-se ao longo das contingências, À luz do apocalipse, A busca do paraíso perdido será sempre para frente A morte ceifa o destino, con-reversa O nada trans-vertido ao vazio Quaisquer preceitos são sorrelfas, nihiles do tempo Posterga-se às neoclássicas luzes de ovelhas perdidas Além, o eterno enchafurda-se nos pretéritos do anti-vazio Que encarna o defectivo verbo dos cosmos Plenificados de perenidades absolutas, Perenitudes divinas da ressurreição. Deus compaixão Deus solidariedade Deus amor O re-verso do uni-verso consubstancializa os demônios No Hades, Mefistófeles recita a ribalta divina da Náusea Se o inferno é o abismo dos dogmas cristãos, cristianistas As almas penadas con-temp

#AFORISMO 342/A ALMA CHORA# - GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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A alma chora Por liberdade de abissais sentimentos, Verbalização de carícias, ternuras, carinhos, afeições Verdade de seus desejos, esperanças de encontro, Ser outra e ser o horizonte sensível de sua essência... A alma chora Não vejo cor-agem nos seus interstícios Somente tristezas Não vejo bravura nos seus olhos Somente angústias. A alma chora Por voar os espaços de outros uni-versos Da verdade do estar-sendo busca, querência De uni-versos que levam o espírito ao ser-[da]-espiritualidade, Por sentir nos interstícios abissais do outro que lhe habita, Outro-[de]-ser, Outro-[de]-amar, Outro-[de]-viver, Outro-[de]-sentir, Outro-[de]-desejar, Outro-[de]-esperança, Outro-[de]-fé, Outro-[de]-morrer Por vivenciar a a-nunciação de sentimentos, emoções Outras sensações do eterno e efêmero. A alma chora Pela verdade do amor, encontro verdadeiro Do amar-ser-amado, ser-amado-amar, Na con-tingência, imanência Do tempo, ca

#AFORISMO 343/URI SALA LASADI# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Uri sala lasadi A vida que não é a vida Miríades de sons ressonam no horizonte Fulgurantes raios numinam além do universo Cores multicolores do arco-iris esplendem alhures A alma con-templa o nublado da manhã, Nostalgias, melancolias, saudades. Uri sala lasadi A vida que não é a vida Espectros de luzes iluminam de Gethsêmani Os recônditos inauditos do íntimo, interstícios misteriosos Do não-ser sendo o ser e o ser não sendo o não-ser O brilho ofuscante da manhã nublada Versa uma oração de enigmas do espírito Tristezas, alegrias, dores, felicidades. Uri sala lasadi A vida que não é vida. Anunciações de sentidos con-templ-oram Na basílica do tempo a querência do nunca-jamais Re-vestido de esperanças de além No Monte das Oliveiras os raios de sol resplandecem O ad-vir do branco-níveo da rosa orvalhada de essências Do pleno, absoluto, divino Felicidade, amor, carinho, entrega. Uri sala lasadi A vida que não é vida. Rev

#AFORISMO 339/IN-VERSOS DO ABSOLUTO#- GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Re-versa visão de antanhas nostalgias da dor Linces do subjetivo, espiritual, sensível, Dor do nada, dor do vazio, dor do não ser, Sofrimento das contradições, sofrimento das dialéticas O nada esplende os in-versos do absoluto Aos auspícios eternos e imortais da liberdade, O nada sarapateia os re-versos do divino, Contudo, abrir-se à escravidão do não ser É a possibilidade da tragicomédia do fracasso, No mundo, sempre a imagem da vítima O vazio resplandece nas perspectivas da imagem Refletida no espelho a abertura da entrega perene Às nuvens brancas e trans-níveas do viver à toa Dos desejos e buscas, das esperanças e fé, Morrer à sombra fresca e suave da toa-vida O não-ser magnifica, rejubila, vangloria Em todas as dimensões do estar-aí, ser-aí, Sendo-ser, ser-sendo a alegria e felicidade Das utopias inda que longínquas da beleza Artística e poética, profetizando a Estesia do Verbo. O que é isso? Vocês franziram a testa porque eu diss