CRÍTICA LITERÁRIA POETISA E ESCRITORA ANA JÚLIA ANALISA O AFORISMO 300, ###DOGMA DAS CHAMAS DO INFERNO##, CAPÍTULO REFERENTE À OBRA "UTOPIAS DE FESMONE NAS JACÊNCIAS DO NADA"


Neste texto do escritor Manoel Ferreira Neto, contemplo o puro fanatismo das pessoas.


O facciosismo é uma doença infeciosa do intelecto


Tudo com suporte em proveitos do domínio, onde as divindades e as religiões servem de convincentes. Domínio e capital. O ser humano, se é que existe, fica na colocação desprivilegiada, da fila.


Os déspotas não são fanáticos. Fanáticos são os seus adeptos. Os patetas, que se vitimam para conservarem salva a impetuosidade do credo ou prática das religiões que decifram de modo rigoroso, as escrituras sagradas. Seja no poder de prepotências de Estado ou de grupos dispersos, onde a imbecilidade engendra desgraças.


O estamos a sofrer bem isso, essencialmente a Europa.


Os chefes ou líderes, no fundamentalismo”, operam como os comerciantes de estupefacientes. Comerceiam mas não utilizam. O hábito fica para os seduzidos. Nenhum dirigente fundamentalista se traja de bombas para estourar junto com suas vítimas. Isso, é empreitada dos néscios, resumidos à espécie de imundície racional. Bombista e torturador são estercos, que nem para estrume ajudam. As crenças…o inferno é na Terra…não acredito que exista inferno em outro lugar. Pior inferno que este que se vive?


O verbo não é só efeito do sistema primitivo. Ele possui a pujança do petardo ou a debilidade do limo. Há uma desinência rameira que corrompe a semasiologia dos nomes. É o “ismo”. Quando se agrupa a uma locução dificilmente lhe protege a nobreza oriunda. Veneno significativo. É a ocorrência do fundamentalismo.


Sem falar no fundamentalismo “moral”, da cretinice que transtorna o início da hipótese de inocuidade, ao transfigurar denúncia em sentença. Todo moralizador transporta recôndito da consciência um estroina repleto dos vícios que lhe causam cólera ou preconceito.


Não somos ainda a Humanidade. Somos o elo mediador entre os antepassados de onde aparecemos e a Humanidade que há- de vir. Somos pré-humanos. De terminologia transformada e humanidade insensível. Tribais da incultura, intelectualmente enfraquecidos.


Penso que este Papa, não se atreverá a verbalizar, que os dinheiros dos putrefactos será bem acometida no Éden Divino.


Mas, só sei que nada sei, e muitas vezes em quem acreditamos é que nos trai mais depressa….por isso, temos um bom inferno na Terra….


Este é daqueles escritos que dava pano para mangas…tanta coisa se podia referir…


Ana Júlia Machado


Em verdade, em verdade, Fesmone torna-se uma obra filosófica, e este é um dos capítulos dele. A primeira crítica, já o romance sendo composto, desta obra.
Cumprimento-a solenemente pela crítica que re-velou ipsis litteris e verbis a intenção do capítulo, a crítica ao Fundamentalismo. Sua análise é de uma percuciência inestimável, de excelência.
Um excerto que me admirou sobremodo de sua análise: "O verbo não é só efeito do sistema primitivo. Ele possui a pujança do petardo ou a debilidade do limo. Há uma desinência rameira que corrompe a semasiologia dos nomes. É o “ismo”. Quando se agrupa a uma locução dificilmente lhe protege a nobreza oriunda. Veneno significativo. É a ocorrência do fundamentalismo." Busquei sim revelar que o verbo do fundamentalismo é veneno significativo.
Caríssima Amiga e Crítica Literária, não há o que acrescentar à sua visão, percepção, intuição da intenção da obra, uma crítica da atualidade em todos os níveis. E Fesmone é professor-doutor do curso de Doutorando em Episteme da Poesia, Gaston Bachelard, sob os olhos de Nietzsche. São doutorandos em Nietzsche. Perfeita.
Nossos sinceros cumprimentos e louvor.


Manoel Ferreira Neto


#AFORISMO 300/DOGMA DAS CHAMAS DO INFERNO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Pensar a eternidade no Paraíso Celestial é um sentimento de tranquilidade, serenidade sem precedentes. Por mais que ao longo dos anos da eternidade toda a beleza, maravilha se tornem entediantes, ver e viver o mesmo são o eidos do tédio. Tédio no Paraíso Celestial seria ótimo título para uma música, penso no Blues, ou para uma película cinematográfica sob a direção de Alan Parker, um espetáculo de besteirol no Teatro no Auditorium da Escola de Filosofia da Faculdade de São Nazaro.


Nada de azar.
Azar de nada.


Pensar a eternidade no Inferno aí os mil réis são outros. Além de ter de con-viver com todas as laias, raças, estirpes de almas penadas, corruptos, viperinos, caguinchos, assassinos, pedófilos, ditadores e tantos outros, arder nas chamas por todos os séculos dos séculos amém é doloroso. Se queimamos o dedo com fósforo já dói bastante, arder nas chamas do inferno é algo delirante. Imagino que as almas penadas uivem pelos milênios a fora de tanta dor.


Quando o Papa afirmou que no Inferno não há fogo - o secretário do Vaticano desmentiu a sua fala -, pensei com os meus botões que a angústia, desespero, agonia de morrer e ir arder nas chamas do inferno, conforme os pecados e pecadilhos, alfim estavam acabados.


Lembrei-me dos Corruptos.
"Então, se eu morrer por ter roubado do Estado, ficado bilionário, vou para o inferno?"
Alguém lhe respondendo: "Não se preocupe, Presidente, no inferno não há fogo."
- Quê ótimo! - responde o Presidente - No Brasil, não há presídio, cadeia para políticos. No inferno, não há fogo. A Justiça dos homens pouco importa, nada importa em verdade. Agora, a Justiça do demônio, Deus me livre.


Imagino que as razões do Vaticano por desmentir a fala do Papa tenham motivos às pencas. A repercussão do mundo inteiro causaria muitíssimos problemas. No Brasil, não haveria qualquer repercussão negativa; ao contrário, o Brasil beijaria os pés, as mãos, as faces, a testa do Papa, beijo babado de tanta alegria e felicidade. País de corruptos, assassinos, traficantes, pedófilos, país onde impera todas as falcatruas, o inferno é o rumo insofismável. Não havendo fogo no inferno, mesmo que continue isto de o castigo supremo do mal é o inferno, pode-se prosseguir continuamente a corrupção, assassínios, tráfico, pedofilia... O inferno garante: "A vida aqui não é de mil maravilhas e esplendores, mas é uma vida pacata, triste, ensimesmada, circunspecta, introspectiva."


Pensa a eternidade num jardim a perder de vista as belezas, maravilhas, no crepúsculo, à margem da lagoa, à noite o brilho da lua, das estrelas, quê espaço de mesmidade, por todo o sempre.


Resta agora o Papa dizer que as finanças dos corruptos será bem investida no Paraíso Celestial.


(**RIO DE JANEIRO**, 21 DE JULHO DE 2017)


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