#AFORISMO 315/À SOMBRA DA PALMEIRA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Peripécia de verbos,
De verbos, a peripécia,
Da peripécia, os verbos...


Insinuações de utopias re-colhendo, a-colhendo
Da inspiração livre e leve, sêmens do há-de ser
Da intuição frágil e efêmera, as semen-itudes do tempo
Da percepção volúvel, as a-nunciações do vento
Que movimentam as folhas da palmeira que sombreia
A varanda, ilusões nascem, re-nascem, floram
Na imensidão dos ideais do amor nos interstícios,
Ao ritmo do vai-e-vem da rede,
Sob a melodia in-audível dos in-finitivos e sentimentos frágeis,
Sob os acordes do espírito e utopias da alma caliente,
Re-cônditos, âmagos da poesia estilística e estética,
Metafórica e sin-estética, metafísica e siléptica,
Amor estético de poesia do eterno sonho da espiritualidade
Estesia amante da etern-idade que exala o perfume suave
Das volições da sabedoria que habita o eidos do ser,
Dos sentimentos que aspiram, idealizam a perfeição
Tramóias de sorrelfas mescladas às quimeras do sublime,
Trambiques de equívocos entrelaçados às visões surrealistas,
Volitam a dialética dialética da dialética do belo e uni-versal
À soleira do absoluto envelado de in-verdades
Poesia de estesias e sin-estesias in-fin-itivando paisagens,
Panoramas dos vales do silêncio e da solidão,
Colinas das emoções extasiadas com o silvestre das esperanças...
Paisagens da orla marítima da con-templação e da compl-etude,
Serenidade, calmaria...


Peripécia de verbos
Tao ser da vida
Ritmo, melodia, musicalidade, acordes
No interior das dimensões sensíveis
Existir de viver, o sensível na arte
De verbalizar os sentimentos e emoções,
Onde reinam, imperam os sons puros da solidão
Das fantasias,
Das quimeras,
Da imaginação fértil que cria a poiésis do sonho
Em sin-tonia, sin-cronia, harmonia com as travessias,
{E o sono ceifa devagar},
Do instante-limite à liberdade de outras arribas do pleno
Ornamentadas de temas e temáticas do verso-uno,
Dialética da Iluminação,
Dialética da Numinação,
Dialética da Àguia que voa livre aos confins do eterno
Onde pousará serena e vislumbrará o pampa do In-finito
Ovelhas de velos suaves e ternos, níveos de pureza, resplendor
Pastam à margem do riacho,
Dialética de volições do eterno e fugaz...


"I wanna know
Have you ever seen the rain"
Chuva que traz em si promessas de outros raios de sol,
Arco-íris de cores vivas e cintilantes pre-nunciando
O alvorecer da terra à soleira do mundo...


Peripécia de verbos...


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