#AFORISMO 324/ÉRESIS DO ESPÍRITO ENTRE-CORTADO DE RITMOS DA ALMA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



De éresis, Eresis quem sou...


O abalado quimerizando com a euritmia,
O inquieto sorrelficando com as desritmias dos versos sublimes
Auscultado e analisar ostentando, que não assistem...
Ouvido(escutado) e interpretar glorificando, que não vislumbram
São melancolias imperecíveis por Sortilégio
São nostalgias imperenes por Sacrilégios,
São saudades de uma viagem, músicas no trajeto,
Conversas livres, devaneios, em verdade,
Desvarios nos terrenos do íntimo pleno de entregas,
Entrelaçamentos,
Eresis e I
Insignificância negra cintilante inquieta, sem erudição motivo
Des-importantes cores do arco-iris brilham inseguras, sem eruditas razões
Em rítmica melodia não versada
Em melódicos acordes não versejados
Recua a nossa psicológica angústia,
Afasta a nossa psíquica solidão
A substância instintiva atormentada da alma,
A essência verbal da carne em chamas, êxtases, volúpias,
Que cicia pela ira dos vendavais árduos!...
Que sibila pela raiva das tempestades pujantes!...


O intelecto…..
O intelecto usufrui domínio infindo.
Ele revira a sina, escolta a sua eleição.
Palavras entrecortadas, perguntas e respostas que se cruzam, suspiros, lágrimas, gritos. Quem sabe devesse aspergi-las com águas espirituosas?!


A poesia é o ritmo da alma nas asas da solidão da coruja no seu galho, cantando, e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais re-soando de sonos e sonhos quimeras que alimentam a fome, dessedentam a sede de águas


Um questionamento simples de início com o desejo de um mov-imento, um ato de incentivo para que as idéias e os pensamentos sobrevenham límpidos e nítidos. Significa que a atitude de aspergi-las com águas espirituosas, alguns pingos finos e suaves de galhofa e escárnio irão de algum modo elucidar e esclarecer a voz fraca e trêmula ao acatar o elevado, gera-se uma expectativa superior que detona o sistema de triunfo.


A chuva caindo sobre as folhas ou o orvalho se derrama e dispersa sobre a grama verde para torná-la prateada. Encho a existência de tranqüilidade, prazer, até a borda, como quem enche o seu copinho,ob-jectos de etiqueta e diplomacias, de Underberg até a borda. Encaro a vida sob um prisma inteiramente novo e muitas vezes torna-se dificílimo para mim até mesmo imaginar o que fui, quem fui. Se puder produzir uma só bela obra de arte, terei sido capaz de retirar da malícia o seu veneno, da angústia a alegria da certeza de viver e arrancar pela raiz a linguagem da dor, espécie de uma fama eterna para uma infâmia perene, de uma in-fâmia para um afagar das solidões e das águas, dos silêncios e das travessias do
Ser exuberante é ser pertinaz, é haver uma crença inconcutível
E uma asseveração sem limites de que tudo passa a delegar verídico. É uma coletânea de pensamentos, é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males. A
vida passa breve! Quem sabe esteja com bastante vontade, um desejo insano de a vida ser longa, assim teria muito tempo para viver o dia presente com demasiadas volúpias, ambições, ter sentimentos dum simples mortal, as taças mergulharem a mim no sono, a vida tranqüila e a sabedoria conservadas ao abrigo dos desgastes, garantindo esta longanimidade.


Ao despontar a sensação de júbilo, o cosmo exalta tal expedita
E conspira à sua mercê, hospedando-a a incumbência da humanidade, não a humanidade da incumbência...


Sem intrepidez,
Não há triunfo.
Só que há quem a tenha e patavina amenizada
Não é triunfador,
é sucumbido…
Quem iria ser capaz, sensível
De ensinar-lhe os versos, as estrofes,
é tão belo enunciar e tão simples…
O intelecto nem constantemente
Granjeia todo o poder
Igualmente ele tem suas limitações.


(**RIO DE JANEIRO**, 27 DE OUTUBRO DE 2017)

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