#AFORISMO 341/PASHI NIMÃ NARA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Pashi nimã nara
Flores desabrocham no jardim de cores multicores
E na alma de desejos e vontades, esperanças múltiplas...


Pashi nimã nara
Folhas tocadas pelo orvalho da noite, sublime do amor
E na língua do espírito verbos tornam-se infinitudes de sonhos...


Pashi nimã nara
Segredos do tempo, enigmas do absoluto
Mitos do divino, rituais do deserto nos raios de sol
Pingos da chuvinha fina deslizam na vidraça do templo,
Ventos de leste sibilam no espaço de entre montanhas...


Pashi nimã nara
A vela acesa esplende da chama a essência
O silvestre da floresta exala o perfume do eterno
A Oliveira do tempo embeleza o silêncio da amplidão do universo...


Pashi nimã nara
Quero o silêncio de Gethsêmani
Quero a solidão de Paris
Quero o amor da flor de cactus
Quero o abismo do mar nas profundezas da lua.


Pashi nimã nara
Escóis desabotoam no horto de colorações multicolores
E na alma de apetites e eleições, expectativas copiosas...


Pashi nimã nara
A vela acesa esplende da chama a essência
O silvestre da floresta exala o perfume do eterno
A Oliveira do tempo embeleza o silêncio da amplidão do universo...


Pashi nimã nara
Desejo o sossego de Gethsêmani
Desejo o isolamento de Paris
Desejo a querença da flor de cactus, da fortaleza e persistência
Desejo o báratro da imensidão nas funduras do instável.


Pashi nimã nara
Folhas atingidas pelo zimbro da escuridão, transcendente do bem-querer
E no idioma do pensamento eloquências volvem-se imensidades de devaneios...


Pashi nimã nara
Sigilos do tempo, incógnitas do supremo
Alegorias do sobrenatural praxes do despovoado nos coriscos de astro-rei
Gotas da pluviosidadezinha fina resvalam na vidraça do santuário,
Ventosidades de oriente ciciam no lugar de entre serranias...


(**RIO DE JANEIRO**, 31 DE OUTUBRO DE 2017)


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