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Mostrando postagens de março, 2018

#AFORISMO 672/ - DE NADA AOS PRETÉRITOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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De nada os favores con-cedidos, con-sentidos livremente por não havido haverem modos outros de realizar as intenções de esplender as utopias do sublime além das fronteiras da con-tingência. De nada os obséquios lançados, pro-jectados aos limites do in-olvidável por eles sido haverem perfeitamente luzes no subterrâneo do espírito, iluminando as alamedas das idéias, pensamentos para a consagração da liberdade, da consciência que percorrem os tempos sob os ventos das ipseidades. De nada as boas ações patenteadas no sentido de as dificuldades, dores e sofrimentos não se estendessem para além das angústias, tremores, temores, a continuidade das querenças e desejâncias fosse possível, sentir pudesse a estrada de por baixo dos pés, o destino qual seria, como estaria existindo as conquistas e no travesseiro o sono da consciência tranquila, comedida, calma, serena. De nada as finesses das palavras, re-presentar, simular, dissimular, mentir fizeram-lhe pensar e sentir

MARIA ISABEL CUNHA ESCRITORA CRÍTICA LITERÁRIA E POETISA COMENTA O AFORISMO 669 /**IN-FIN-ITIVOS CÓRDEIS DE SAGARANAS**/

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Uma alma em pura introspecção, relatando o que vê e o que sente. É mesmo assim, somos um amontoado de ideias cruzadas, mas emparelhadas. O fio condutor da linguagem está bem conseguido. Um texto que retrata na perfeição uma alma inquieta que se inquieta perante as vicissitudes da vida. Um abraço. A ilustração sempre excelente em consonância com o texto. Parabéns. Maria Isabel Cunha As vicissitudes habitam os homens, a humanidade. Não é porque lhes habitam que não podem ser refletidas, meditadas, transformadas. Suficiente um trabalho eminentemente radical, acompanhado da vontade de liberdade e responsabilidade. Lendo os escritores, poetas, filósofos do passado, universais, você se conscientiza de que suas obras revelam seus próprios conflitos, dramas, suas inquietudes, e todos desejando se superar, endossam assim a imortalidade, eternidade de seus pensamentos. Mas, se você ler os escritores, poetas de hoje, irá perceber não estarem nem um pouco interessados em vascu

#AFORISMO 669/IN-FIN-ITIVOS CORDÉIS DE SAGARANAS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Estou sentado na cama... É sim, estou sentado na cama... Aqui estou, com todo o tempo do mundo. Gosto desenxabido na boca... O estômago embrulhando... Olho os dedos se movimentando nas letras, escrevo sem rumo e sem destino... O que me vai aparecendo na mente, letras, palavras, palavras, letras... Só tenho as palavras em que me segurar, são as minhas companheiras... A neblina cobrindo as coisas é densa... Interrompi por um instante...Quando o estômago embrulha, a pressão está baixa... Não é a pressão que baixou... Mal estar, gosto de cabo de guarda-chuva na boca... Até quando vou continuar caindo neste buraco sem fundo... O abismo tem fundo desde que eu queira... Nada disso de ser mais confortável e re-confortante permanecer no vazio do que re-colher e a-colher o múltiplo. O psiquiatra me disse, faz anos, que, no instante da crise de vazio, escrevesse, escrevesse... Não economizasse palavras... Fluxo ininterrupto. Ó diabo! Quê porcaria! Como é possível encher

#AFORISMO 668/RIO DE SOLEIRAS ÀS MARGENS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA(TÍTULO: #MARGEM DUPLA#//ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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De fato, todo aquele que pensa como pensa a si próprio e ao mundo, à terra em que habita e existe suas contingências, visão-de-mundo, visão-da-existência, há de confessar pública e notoriamente que andou por algum tempo ou por longo nas calçadas ensombrecidas, nos terrenos baldios, nos becos, vendou os próprios olhos, tapou os próprios ouvidos. Se há quem diga "Não é assim não. A coisa não se dá desta forma?", só tenho a dizer-lhe assim tão simples que para a consciência estar presente, ser efetiva, éritos e érisis pretéritos foram vividos, vivenciados, experimentados com todo fervor. Andar o rio de soleiras às margens é ainda muito mais vergonhoso que nas calças ensombrecidas, terrenos baldios, becos, pois que se imagina nada ser no mundo, não trazer em si dentro quaisquer valores dignos de re-conhecimento, e sempre atribuindo, conferindo ao outro suprema inteligência, divina sensibilidade, outro que não só vê e enxerga as margens do rio, trilha-a satisfeito e