#AFORISMO 624/À LUZ DA ARTE# - GRAÇA FONTIS: PINTURA(TÍTULO: À LUZ DA ARTE#)//ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Nuanças de espectros, ver-templando o ser lúdico,
ver-templ-orando o ser pó-ético,
ética do pó tornado vida,
Esplendendo luzes coloridas, incididas no tempo,
Tematizando o amor de sensíveis miríades do espírito,
Ornamentam, de esperanças, a lua solitária brilhando no espaço.


Magias res-plandecem de in-auditos sons eternos.
Aquém dos mitos e ritos do sublime sentimento
Nascem, re-nascem pura a intimidade do sonho
Outrora im-perfeito, efêmero idílio compacto
Entre as glórias do ab-soluto e a con-tingência da decepção.
Lumina o presente a estética luz da plen-itude,
brilhando no espaço sensíveis miríades do espírito,
tematizando de esperanças raios lunares coloridos.


Fértil o horizonte que seduz de uni-versos
Etéreos a ribalta do tempo suspenso na linha
Re-versa, in-versa, avessa de po-entes cristalinos,
Res-pondendo com versos de ternas meta-físicas
Estrofes ab-stratas do ab-soluto à ilusão
Idílica do não-ser verbalizando a metáfora do eidos-ser
Re-vestido, trans-vestido das plen-itudes do vazio
Além dos confins e arribas do pó-ema pó-ente.


Silvestres sendas per-fazendo de trilhas
Irradiantes a estesia de verbos imperativos
Luminando a neblina do in-verno de desejos,
Vontades de plen-ificar de sonhos o in-transitivo verbo
Amar, amando o amor, verbalizando o amado.


Po-esia poi-ética, poema de estesias
Olhar o verso à luz da arte de criar,
Envaidecer os raios numinosos da inspiração
Trans-elevando o amar às antípodas de apoteoses
Além espírito da alma - simples crepúsculo da vida.


Das vaidades, a íntima consciência-estética
Ostentando-se inscrita e escrita nas estrelas.


Sereno con-templar, ver-templar
Entre a sublimidade do divino e a suavidade do efêmero
Re-veste-se o amar das plen-idades o verbo-ser.


(**RIO DE JANEIRO**, 11 DE MARÇO DE 2018)


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