#AFORISMO 647/OU TONO: ESPERANÇA DO AMOR-ETERNO# - GRAÇA FONTIS: ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Ou tono sereno o desejo de perspectivas lívidas
No templo sem tempo de in-fin-itivas regências do verbo
De o in-verno a-conchegar no frio terno as carências
Do sublime, divina estética do ser, do excelso,
Espírito dos ventos suaves esplendendo orvalhos
À lareira de chamas fictícias do amor pleno,
Da entrega lúdica, da cáritas aguardando a regência
Do ser-uno.


Ou tono sublime o olhar à distância, os sentimentos
Íntimos florando na floração do espírito,
De no outono vindouro, às margens do in-verno,
Aconchegar de carícias, toques do espírito gélido
De êxtases e clímaces, de ex-tases do eterno,
A-colhendo e re-colhendo, sereno,
O há-de ser da alma-verbo, eivada de regências,
Vislumbrando os in-fin-itivos do uni-verso,
Con-templando o in-finito resplandecido
De constelações.


Ou tono ab-solutas as esperanças de no
Outono-inverno esplenderem livres o soneto,
Soneto-vento a versar os silêncios,
Soneto-neblina a ritmar a solidão;
De sonhos abraçar aconchegante o sentimento,
A emoção, a sensação da plen-itude
De entrega do amor, do afago de afeto,
Re-vestido da cáritas,
Esplendendo ao longo do silvestre da etern-idade
As lâminas de refulgentes cores do arco-íris,
As miríades de inspiração da verdade
Na calda do cometa que transpassa os portais
Do horizonte,
As luzes fosforescentes da poiésis,
Versejando o divino com as notas musicais do efêmero,
Versificando o perene com o nada Infinito do Ser,
Além de todas do Amor-Eterno,
Impulso, desejo, verdade in-versa que olha
A última cintilância da Estrela Polar.


Ou tono verdade da esperança do amor-eterno,
Criações, re-criações, in-venções de estrofes
De sensibilidade, subjetividade, espiritualidade,
Imaginações, fantasias, quimeras,
Outrora de indecisões, medos, tristezas, angústias,
Outrora
De ex-pectativas de olhares ternos, suaves,
Versos-unos da compl-etude.


Outono verdade da alma que ausculta o
Pulsar do coração, pulsações serenas, tranquilas,
Fluxo de ideais que floram as flores do eterno,
Exalando o perfume do há-de ser inolvidável,
Presente
De passear no quintal arborizado
Sentindo-me pleno na estação do sublime,
De na madrugada, clima suave,
Tecendo o Ser de palavras-amor,
A amada pintando de cores e traços
A imagem-verdade da cintilância do Verbo-amar.


(**RIO DE JANEIRO**, 21 DE MARÇO DE 2018)


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