#AFORISMO 623/LITERÁRIA ARQUEOLOGIA: SER SUBLIME# - GRAÇA FONTIS: PINTURA(TÍTULO: #CAVERNA DE PLATÃO#)//ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Nuanças de a-núncios do que há-de vir,
Nas mochilas do tempo do verbo-de-vir o ser.
A-colhem, da alma, a eterna essência de sendo-em-sendo,
Formatando miríades do ser,
Re-colhe, do íntimo, o além que habita os interstícios do inconsciente,
Sentimentos de busca de síntese, dialética, contradições
O espírito da alma transcende a melodia
De sofrimentos e dores, pervaga solene as nonadas.


Travessia de veredas e sendas às líricas românticas
Elevando a luz que ilumina sombras e trevas
Aos auspícios da verdade que projeta reflexos
Na solidão do deserto, da plen-itude,
Re-vestida de arqueologia literária
Ou literário arqueológico, dependendo do gosto estético,
Etern-itude, plen-itude,
Vers-ificando nas sílabas
De prelúdios de esperanças
Desejo de encontro e vivência do sublime amar
Do ser as harpas do silvestre estético.


Vontade da vida, desejo do prazer,
Verso-estrofe da alma do espírito,
Estrofe-verbo, representada na lira do tempo
- O estar só da Caverna de Platão -
Pre-nunciando, do horizonte absoluto, o uni-verso
- Melodias de êxtases, volúpias, cânticos do gozo -
Enredo de estesia, saltitâncias, canção da cáritas.


O amor quer verdades que iluminam a poiésis da vida,
O amor deseja fendas, brechas, frinchas
Abrindo de cores do soneto-eterno resplendor
- Maravilha do ser-outro-para-o-outro-de-ser,
Cantarolando o além-de-sonhos à soleira
Das ad-jacências de sorrelfas, transformando
O "eu" de contingências em espírito da vida,
Alegria, felicidade, amor, paz,
Em espírito do verbo-[de]-ser a essência do divino,
Templo de abóbodas edênicas,
Resplandecendo, esplendendo, trans-numinando
O tema do imortal,
Recitando a lírica
Do verbo-de-absoluta-essência, floresta de sinos paradisíacos,
Pectivas da solidão de perfeita estepe de lobo.


(**RIO DE JANEIRO**, 05 DE MARÇO DE 2018)


Comentários