#INSTANTES# - #GRAÇA FONTIS: PINTURA/TEXTO POÉTICO#



O corpo pede presença de corpos, não simplesmente sede do bailar metafórico da música!


Impressas na pele manchas, manchetadas n´alma e carne. É o frenesi ardente da estação! Transas, trânsitos frenéticos enlouquecidos bailam colados, entrelaçados, lacrados pela paixão. Quê poético! Brindam primavera no verão, até inverno no outono sem árvores em movimento, sem vozes, sem lamentos, marolas de desejos, sibilos a ecoarem na solicitude múltipla e íntima dos desejos, alicerçando a vida acima das diferenças coisas e mutações, impulsionados, cientes das adversidades e equilíbrio na pujante con-templação do mar na sua terna lassidão, legando-lhes próximo estágio, aquando a flor inerme desperta a vida na sincrônica sublimação a transcender o infinito na poeira do cometa que colhe momentos prazeres dos seus sonhos abelhoados.


Epígrafe expectativada! Espectro imaginário ou, quiçá, um coração desvairado à soleira da insensatez percurte seu ribombar, tum... tum... tum..., ora acordes vem e vão, milimétricos, altissonantes, sobrevoa em pujança, flana na unidimensionalidade do vazio. Por quanto? Até que as estrelas apareçam para iluminarem a escuridão sobre o olhar reflexivo no limiar do alvorecer desses átimos de paz no mundo adormecido, porquanto cessam recordações olvidadas outras... espasmos das ilusões vividas, explicitados heróis expelidores dos pretéritos identificam-se no presente, esse que ainda não deixou dor.


(**RIO DE JANEIRO**, 23 DE FEVEREIRO DE 2018)


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