#AFORISMO 337/**ÍMPAR E CARME DO SÊMEN DO EXTRA-ORDINÁRIO** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Espelho. De lá, de cá - imagens? Espelham faíscas de luminosidade no meio da picaria, arlequim de momices das manojos, fisionomia de clemência e bondades, de sua maquilhagem no semblante, negra, liláceo, o verso do efémero solta prantos secretos, cair-lhe o semblante, isolamento, melancolia, cosmética no fulgor do observar, cosmética no ritmo da fala, nostalgia de afagar-lhe a face.


Fazer amor com as palavras, ditando o interdito do prazer, interditando o dito do desejo, carne dos instintos do verbo erótico, interditando o dito do prazer, ditando o interdito do desejo, vai-e-vem de sentidos, vem-e-vai erótico do ser. Fazê-las gozar de êxtases, elevando-as ao céu das fantasias da verdade das ilusões da plenitude, trazendo-as às contingências da carne.


Conceber querença com as falas, inspirando o vedado do gozo
embargando o aludido do apetite, corporeidade dos faros da ênfase luxuriosa, embargando o aludido do gozo, inspirando o vedado do apetite, ir e vir de emoções, ir e vir lascivo do ser. temperá-las desfrutar de pasmos, alteando-as às alturas das extravagâncias da exatidão, das quimeras da plenidão, conduzi-las aos adrejos da corporeidade, luxúria, faro do ser
inspirando o vedado da jubilação, embuchar das afeições do céu-aberto, lira do esperma banhando os traços, ocas de intuições inflamadas, embargando o aludido do delírio lascivo.
Esperma da lira que flui aquecida no ser dos traços da rijeza
Prazer
Prazer
Prazer


Volúpia, instinto do ser, ditando o interdito da satisfação, saciar das querências da felicidade, poesia do sêmen molhando as linhas vazias de sensações ardentes, interditando o dito da alucinação erótica, sêmen da poesia escorrente quente no ente das linhas do tesão. Gozo. Gozo. Gozo. Eros das metáforas, eros dos signos, eros dos símbolos, eros da estesia, sêmens do estético, sêmens do belo, sêmens da beleza, sêmens do absoluto, néctar da inspiração, vinho doce da composição de versos e estrofes da alma sedenta do sabor salgado e pegajoso, bebida essencial dos poetas, sonhadores, devaneando a eternidade, do instinto, carne de jogos, o poeta interdita o dito, a poesia dita o interdito, uno e verso do sêmen do inaudito.


Líbidos das translações, líbidos dos sinais, lábios das alegorias, lábios da estese, espermas do agradável, espermas do pulcro, espermas da pulcritude, espermas do supremo, gozo do alento, ebriedade mélica da constituição de poemas e estâncias da alma ávida do paladar puxativo e viscoso, tragada fundamental dos vates, utopistas, magicando a perpetuidade
do faro, corporeidade de folias, o vate inibido, o aludido, a poesia exibe o inibido, ímpar e carme do sêmen do extra-ordinário.


Bem-querer, escute a balida nos futuros e espaços. São constatas, balada, cadência do arco-da-aliança imergido de gotas de pluviosidade, a trovadora, infetada de comoções do absoluto, são as nossas marchas nas extensões de lis, de xilo, de centeio, experimente na sua alma todos indivíduos, entoando, dançando, subsultando, teatro da felícia.


(**RIO DE JANEIRO**, 30 DE OUTUBRO DE 2017)


Comentários