#ANDAR SOZINHO NO MEIO DOS HOMENS, EIS A LIBERDADE...# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


"Tenho me movido para os terrenos baldios para estar longe dos homens. Odeio a raça humana" (Manoel Ferreira Neto)


Friozinho suave, acariciando a carne, penetrando nela, aliciando os ossos, a alma no seu instante de introspecção, prospecção, circunspecção, re-fletindo tranquila a passagem do tempo, memórias, lembranças, flanam leves as emoções no in-finito, imagens, perspectivas, melopéias de pretéritos convexos esgarçando-se no vento, esvaecendo-se nas sinuosidades da estrada de poeiras, na floresta de árvores frondosas, nas curvas do campo à soleira das serras, à beira do abismo que sibila silêncios de suas mais íntimas profundidades, às margens do rio ziguezagueando nas curvas...Liberdade sonhada verdade nas linhas do eterno que se faz na continuidade do tempo sem sarapalhas. Liberdade idealizada felicidade nos templos da entrega e do verbo. Liberdade à luz de quimeras do perene que se artificia a si mesma, no si-mesmo de si na projeção às travessias do projeto e do espírito de ser a vida na sua essência pura, ingênua, inocente.
Sensibilidade, espiritual-itude, trans-cendência das contingências das dúvidas e incertezas aos in-fin-itivos do pleno revelado no ar frio do espaço, cintilâncias, luzes diáfanas, brilhos fluorescentes,.. Recanto dos idílios, cantinho quente das imaginações férteis, lareira de chamas ardentes. Subjetivismos, lirismos, cânticos nascidos à luz do frio e do sentir o mais longínquo presente nos interstícios dos sentimentos, das emoções, das sensações, leveza, serenidade , o sono rogando o aconchego no édredon no leito do vir-a-ser da madrugada, do amanhecer.


... do frio. ...do inverno!


(**RIO DE JANEIRO**, 14 DE JUNHO DE 2017)


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