ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO Manoel Ferreira Neto RESPONDE AO PRESENTE #DESTINO# DE Ana Júlia Machado




Acabo de receber de PRESENTE de minha amada Amiga, Discípula, Crítica Literária Ana Júlia Machado esta Obra-prima #DESTINO", o que me faz sentir orgulhoso e grato. Diz-me ela que há muito o texto está escrito, mas só agora, neste momento, a publicação.
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Efetivamente, o Destino somos nós os homens que construímos e edificamos passo a passo na nossa existência, a partir de todas as dores, sofrimentos, alegrias, realizações, sonhos, esperanças e utopias.
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O que realmente edifica a obra é que não se trata de uma teoria, de idéia filosófica - que aliás está em conformidade com o Existencialismo de Sartre; aliás, ela mesma já expressou a sua admiração por Sartre -, sim de suas experiências, vivências, situações, circunstâncias, arrancada com sinceridade, responsabilidade consigo própria e com a existência. Fascina a sua descrição do sentido e significado de DESTINO, pois que é real, é verdadeiro o seu documento, é sim ANA JÚLIA MACHADO, carácter, sensibilidade, personalidade, o seu SER. E mais ainda fascina é que se trata de uma mensagem aos homens, chamar-lhes a atenção para as verdades de si mesmos, terem a coragem de se revelar plenamente, a Verdade íntima é inerente ao Destino, sem ela, o que é a Vida, o que é o destino? Nada. Hodiernamente, o que impera são a Hipocrisia, a Farsa, a Falsidade, a Aparência, o Destino dos homens está sendo criado com estas vulgaridades da Natureza Humana; e o pior ainda, escritores, poetas influenciando os homens a serem vulgares com suas idéias, pensamentos, quando é de responsabilidade deles contribuírem para que os homens se encontrem com a verdade de si mesmos.
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Só tenho a parabenizar-lhe, Aninha Júlia, por suas Verdades e Autenticidade como ser humano, mulher, artista e intelectual, mãe e avó. Gracias muchas por você existir, por existir em minha vida, em nossa vida, minha e de Graça Fontis.
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Beijos nossos a você e à nossa amada netinha Aninha Ricarddo
Manoel Ferreira Neto
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DESTINO …
Que é isso de destino, o destino somos nós…
O destino somos nós que o edificamos no nosso dia-a-dia no afluir a sensação com a causa. Não residimos fadados seja a que for, senão que fizermos para que essa insignificância seja conseguida. Seja por tenção inerente ou factual - concebemos os meios essenciais para a nossa vida presente ou vindoura. Quem crê no destino equivoca-se redondamente, pois nós dimanamos para ser e prosperar não para sermos uma brochura inacessível logo à partida. O destino somos nós assim como o infortúnio ou a dita há que o elevar, como a uma habitação que edifica-se de origem e pelos seus alicerces. O destino não é uma erudição precisa e para o certificar encontra-se em que nós todos somos dissemelhantes e fenecemos em eras distintas, a ímpar realidade que se avizinha do destino é o episódio que à partida todos conhecemos que morremos um dia, mas não sabemos quando nem a causa. O destino afigura-se como um abantesma e condiciona a vida dos que à partida creem nele, como uma realidade patente e sem recuo exequível. Quem acondiciona a sua inerente vida à presença de um destino, não habita, acomoda-se com esse aparato de não existência. Muitas ocasiões as criaturas enfermam, passam mal, muito próximas do tal instante funesto, e num ímpeto ficam sãs. Há quem verbalize de imediato, que o destino ainda não encontrava-se assinalado, quando o que sucedeu foi uma peleja entre fenecimento e a existência, dessas pessoas, que assim fitaram um colossal embuste ao designado destino que cada um de nós supostamente transporta nos seus ombros, para toda a vida: isso pode ser uma perpetuidade, exprimo eu. O destino somos nós que o instituímos como pretexto para os nossos equívocos, enquanto seres humanos perdíveis e de elementares rotinas. Somos muito imagináveis para que o destino desbarate o seu inestimável tempo connosco, licenciando isso para a buena-dicha ou o infortúnio de cada um. Quem busca a dita encontra-a porque disponibilizou-se para que isso sucedesse, encarando todas as batalhas que encontrou pela frente, como o derradeiro dia de sua vida. Cognominar-se destino aos factos que nos sucedem é causar de nossas vidas uma realidade muito trivial e sem energia própria nem cunho real. Elejo apelidar crescimento ao predestinado destino, quem vai na vida compreendendo e instruindo o que lhe aparece pela frente, engrandece muito mais velozmente e consegue apreender os episódios desta vida como um benefício superior e a transformar-se um ser cônscio de muitos. Tudo nesta vida é um tirocínio desde os primeiros passos, primeiro fazem-se as coisas por cópia depois por apreensão e amontoado de erudição própria.
Os crentes apelidam destino à mão do ser superior, não tenho nenhuma objecção, mas discordo completamente pois que quem edifica a nossa vida somos nós, e nós não somos, vamos sendo, pedacinho a pedacinho até se altear uma vedação bem assegurada e alicerçada. Quem doa sua vida nas mãos do destino é frágil para além de ser um simples assistente de sua existência, são pessoas sem intenção própria que outorgam nas mãos dos intrujões o seu jeito de viver e de associar-se. Quem emana tem à partida a morte, mas isso não é apelante do que fazemos de nossa vida no seu decorrer, isso fazemo-lo nós, com as nossas inerentes particularidades com o carácter inerente a qualquer ser humano. Destino é o trajecto que todos nós transitámos, tendo o preceito e tirocínio por sua conta e risco, desde que se nasceu e fomos mais um neste planeta tão intrincado. Há muito azares no decorrer da vida? Muitos…e de que maneira...mas a vida é madrasta. Não é o destino…se for a 300 km horários no carro, com certeza que estou mais sujeita a um acidente do que vai a 90 Km…mas o destino tem costas largas…
E cuidado que até o GPS engana-nos muitas vezes no trajecto…há que constantemente a atualizá-lo….Lá se vai o destino


Ana Júlia#riodejaneiro, 21 de janeiro de 2020#

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