#DO COICE, OS DIREITOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



Existir de mim.
Linguagem arrasta a terra estranha,
Protegendo da tempestade a ânsia de arriscar
Do coice os direitos;
Tédio resgata a adequação fraca,
Carregando do ultraje o processo
De reconhecer o inquieto assombro.
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Precisava do palco.
Cuidado e zelo.
Amor simbolizando sonhos.
Realize-se.
Os atos vêm do longínquo relógio.
Mesmo que os astros dizem não,
Mesmo que as constelações recriminem,
A persistência aos direitos dizem sim.
A atitude de examinar rios,
Submergindo,
Enquanto toco a areia.
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Proscrito.
Esquecido.
Deprimido.
Mortificado o castigo da morte.
Entrar com a petulância.
Cegueira relevante.
Respeitos enveredam por orlas nebulosas,
Irreversíveis
- às vezes, por becos infindáveis.
Falsa evidência.
Vulgar certeza.
Dúvidas de por baixo de ontem e amanhã.
Pós dias chuvosos, o sol não nasce de imediato.
Integradas, fluxo e re-fluxo do presente.
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Deambulo a ripanço.
A ripanço metáforas engolem estratégias.
Sortes apreendidas na consciência.
Agitação de ansas resiste na esfinge, arcano.
Ampliado.
Olvidado de mim.
Portanto, não além da perpetuidade.


#riodejaneiro, 19 de janeiro dde 2020#

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