/**INTELECTUAIS DE PLANTÃO**/ - Manoel Ferreira


Intelectuais de plantão... Fascinante! Esplendoroso!
Deve-se-lhes creditar o mais alto e egrégio louvor pelo empenho, empreendimento, persistência, insistência em tornar efetiva a sua participação. De plantão, acontece algo ali, correm eles mais que apressadinhos para emitirem suas opiniões, seus pensares, saberes de alto nível, seus intelectos e culturas elevadíssimos, mostrarem seus níveis de compromisso e responsabilidade com a vida, com a justiça, com a verdade.
Alcançaram o objetivo, mas não se satisfizeram, desejavam os holofotes todos sobre eles, a cadeira no Olimpo. Chegará o momento de desfilarem no Carro de Bombeiro sob os aplausos da população, gentinha, gentalha, a avenida entupigaitada de cidadãos, indivíduos, pessoas. No mundo inteiro, as redes de comunicação noticiando o evento. Eternos até a consumação dos tempos.
Vamos pingar os "ii"... Quem não deseja os holofotes incidindo suas luzes todas sobre si? Quem não deseja as insofismáveis e incólumes fama, poder? Assim tudo é válido, tudo é permissível. Os intelectuais de plantão estão presentes em tudo que acontece. Contestam, vociferam, dizem o que pensam a plenos pulmões, na Cochinchina ouvem-se-lhe as vozes. Sensacionalismo é muito diferente de "responsabilidade", compromisso com as coisas. Aos "intelectuais de plantão" jamais poderá serem creditados compromissos e responsabilidades às suas atitudes e ações, não lhes importa a verdade, não lhes importa a justiça, a única coisa que lhes importa são a fama, o sucesso, o poder.
Conheci um destes intelectuais de plantão que nem esperava o galo da política cantar as novas arbitrariedades, gratuidades, corrupções, já estava ele com a pena na mão, escrevendo, rasgando seus verbos, peito arfado, tributando a si próprio a "Voz do Povo", a "Voz da Verdade". Esmola demais o santo desconfia. Tudo o que escrevia, vociferava, era em nome de um dia, um belo dia, tornar-se famoso. De esguelha, soslaio, banda, às travessas, prestava esmerada atenção a todos os seus escritos. Lia com todos os linces do ácido crítico. Chegou o momento que pensei comigo: "Minhas páginas estão se tornando "covis de sensacionalismos baratos". É a minha imagem que está ficando em jogo." Merecia ele um descanso, continuasse com a pena na mão vociferando contra a política do modo como o fazia, iria ter uma estafa daquelas, um "stresse" sem precedentes. Mandei-lhe catar coquinhos com um bloqueio. "Ora essa! Minhas páginas não são covis de "intelectuais de plantão. " Não mais sua presença, não mais suas matérias de sensacionalismos chinfrins.
Quem caça acha e ele encontrou. Desfruta e desgusta a fama por revelar coisas que muitos queriam escondidas, apesar das consequências que estão nas suas costas. Laureiem, louvem, mas sejam pelo menos dignos, honrados com os louvores. Não envolvam homens de compromissos, responsabilidades, homens que fazem em nome da Verdade, da Justiça, da Humanidade. Postaram a foto deste "intelectual de plantão" com as fotos de Francisco Xavier(Chico Xavier) e Papa Francisco. Isso é um despautério.
Cabe a todos o respeito a estes dois grandes homens: Chico Xavier e Papa Francisco.



Manoel Ferreira Neto.
(09 de fevereiro de 2016)


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