ENSAIO-TRÁGICO DA AMIGA E MESTRA RITA HELENA NEVES SOBRE A EPOPÉIA TRÁGICA **FAUSTO DE FESMONE - VERSÍCULO I**


**FAUSTO DE FESMONE**
VERSÍCULO I
(Manoel Ferreira Neto)



O autor descreve, através de “seu” Fausto, a incapacidade humana, especificamente a dos políticos, de transcender-se.
O Fausto de Fesmone visa apenas os seus interesses terrenos...A ganância desmedida deste o leva a fazer um pacto com o Demônio (Mefistófeles- personagem satânico da Idade Média, conhecida como uma das encarnações do mal, aliado de Lúcifer e Lucius) com um único objetivo: angariar riquezas materiais, a qualquer preço, incluindo o de levar os menos favorecidos à miserabilidade ilimitada.
O “Fausto de Fesmone” refere-se à classe política, aqui ou acolá:.devoradores impiedosos de almas
A “loucura” dos políticos pelo poder e riquezas remonta ao reino de Hades, deus grego do mundo subterrâneo que guardava a riqueza das almas, abaixo de sete palmos, no limbo, a esperar pelo julgamento final...
Não há, nesses seres materialistas, sequer a gnose , isto é, o conhecimento do Ser, do que fomos, somos ou seremos, de acordo com nossos atos...
Para os políticos,” dane-se o mundo!”
Assim como Satanás, rezam a bíblia de trás para frente, profanando o mundo divino! “Dane-se o divino!”
Não se importam com suas almas, tampouco com as outras...
O que lhes importa?! Ouro e mais ouro...Isso é o deus deles!
Mas, ... ainda assim, acreditam que irão conquistar o reino dos céus...
Verdadeiros bacamartes esses políticos!Sujeitos inúteis, sem préstimos à humanidade!
Alienistas! Doentes mentais?! (Serão mesmo?!)
Mas, afinal, quem é FESMONE?!
Um poeta, escritor, romancista, ensaísta, etc..., etc... que faz, neste texto, uma analogia ao FAUSTO, de Goethe.
Chamas ardentes aos sonhadores e poetas.
FESMONE é...
Manoel Ferreira Neto



Rita Helena Neves



**FAUSTO DE FESMONE**



VERSÍCULO I



Trans-pectivas res postas à luz de egrégias razões do ab-surdo con-ting-ente, dores e sofrimentos, angústias e tristezas, ruminam vazios perpétuos, quiça sob a fissura de o tempo, re-vertendo as dimensões verbais da regência in-fin-itiva do "Ser", re-versando os instintos adnominais do subjetivismo uni-versal das metáforas e semânticas do "Não-Ser", possa nadificar as nonadas do louco que não morre, trasn-fere a loucura para o além, do corrupto que reza o Credo de trás para frente, rogando a Mefistófeles um cofre no abismo do inferno para guardar as suas sacratíssimas economias que adquiriu com o suor dos simples e humildes, acreditavam piamente na ressurreição, e foram colocados em saco de "aninhagem", jogados no buraco de sete palmos, cobertos de terra, sem nada para lhes id-ent-ificar. Orgia no Hades às almas danadas, danadas de Glórias e poder - Creio em Santo "O".
Trans-pectivas res cogitans postas ao crepúsculo pálido dos milênios, de costas para o uni-verso do In-finito, re-fletindo a sombra do "espírito maligno" que esplende seus raios numinosos de gnoses aos horizontes de trevas, e no "Monte das Oliveiras", Mefistófeles de bengala e pelerine recita, declama Goethe de trás para frente, o conhecimento das ciências é a danação dos cordeiros da humanidade. Vida eterna aos Bacamartes e alienistas! Chamas ardentes aos sonhadores e poetas.



Manoel Ferreira Neto.

(15 de fevereiro de 2015)

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