**ANIMA DO VERBO INFINITO** - Manoel Ferreira


Quem me dera agora in-fin-itivar in-finitos no mais re-côndito da alma, sentir a verbalização de sentimentos outros que se a-nunciam plenos e absolutos, sentir-lhes voando, esvoaçando ao redor do universo dos desejos, utopias, eivando a ec-sistência de quimeras do sublime, fantasias do puro, na per-formance da dança das dimensões sensíveis das utopias do belo estar nadersificando emoções da liberdade entrelaçadas com as inspirações, na estesia dos passos sin-crônicos, harmônicos, sin-tônicos com o espírito do tempo estar nadiversejando sensações leves do ser, alfim a sin-fonia sin-estética do espírito.
Quem me dera agora silesiar silêncios em consonância com a solidão de estar idealizando outros horizontes de artificiar as dimensões do perpétuo que se esplende ao longo do tempo, sempre aquela idéia suave e serena de que além a paisagem despetalará orquídeas cinzas do sensível, o perfume exalado preencherá o espaço de odores do ser branco de plen-itudes e divin-itudes, alfim a ex-tase do vir-a-ser, do há-de ser da verdade, despertalar-se-á anima das intuições da espiritualidade entre-laçada à con-ting-encial-idade de des-encontros e encontros, de angústias e prazeres, a dialéctica do não-ser e ser seja a praia onde as ondas do mar se refestelarão, ondas que de docas em docas cresceram, avolumaram-se, o espírito da água "it"-cizou o pleno das utopias da esperança, da fé.
Quem me dera agora sensibilizar a "anima" de inspirações leves, suaves, tranquilas, serenas de versos e estrofes que inscrevem no tabernáculo do templo a vida do espírito, qual as mulheres quando acariciam o ventre onde trazem a vida a ser dada a luz, sentem o além, o infinito, o uni-verso, horizonte silesiado de muitos sonhos, alfim o artífice das letras é quem concebe, gera e dá a luz ao que há-de ser a semente da liberdade, das utopias do verbo ser que nadisonetiza a alma de cor-agem de se projetar a todos os espaços do além e do Infinito. Mulheres e artífices das letras em nome da Vida.
Quem me dera agora estender os verbos que se foram a-nunciando, re-velando neste instante de vislumbrar o alvorecer, as primeiras luzes da manhã, a todos os cantos e re-cantos, com um bilhetinho, como se faz com os pombos, dizendo que o alvorecer não é uma promessa das paisagens no Infinito serem cintilações da verdade, mas a verdade de que o espírito da vida habita todas as dimensões do nada e do tempo.
Quem me dera agora dizer às mulheres: "Somos uns sonhadores, não somos? Mas a vida está nas nossas mãos".



Manoel Ferreira Neto.
(25 de fevereiro de 2016)


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