**ÉRITAS IMAGENS RE-FLETIDAS NO NADA** - Manoel Ferreira


Tempo e Verbo.
Verbo e Ser.
Nada e Tempo
Tempo de arregaçar os in-fin-itivos, imperfeitos os ideais para o nada das travessias, cujo eidos prescinde de con-sentir as éritas imagens refletidas no espelho esvaeceram-se, subjuntivas as utopias para a visão trans-lúdica das paisagens sarapalhadas no uni-verso, cuja essência requer a liberdade de artificiar com estesias a face nítida e nula do ser envelado e desvelado de horizontes do eterno, gerúndios pretéritos as idéias para o re-fazer das angústias, tristezas, melancolias, nostalgias, por a alegria ampla e inaudita haver conquistado o espaço vazio dos desejos e querências, o efêmero é semente para os sentimentos da glória e poder e não para o sentimento de solidão, partícipios os sonhos do verbo liberdade, cujas dimensões são de criação do ser.
Tempo de arregaçar as ipseidades do vazio, os solipsísmos da castanheira raiz de nonadas, inúteis as seguranças, insossas as confortabilidades da vida, os pilares dos sentimentos de que no virar a curva das con-ting-ências o panorama, paisagem do campo será a beleza divinal, será a perfeição da vida, nonsenses as esperanças de o vir-a-ser preencher dúvidas, medos...
Tempo e Verbo.
Silésias do Ser: Nada e Tempo.
Tempo de nadificar o que fora re-colhido e a-colhido nos pampas das dores e sofrimentos, com aquele sentimentozinho de que eram húmus de liberdade, grãos de espiritualidade, sementes evangélicas da redenção e ressurreição, esvaziar-se in totum, consentir o nada empreenda a sua jornada livremente, nãos entre-laçadas com o tempo, o vir-a-ser será tão somente o que a vida necessita para a caminhada no eterno de todas as querências e desejâncias.
Paisagens do In-finito. Panorama do uni-verso, do horizonte. Nada nas mãos, nada na língua que emite os sons do silêncio, versa ritmos e melodias dos volos da vida "si-mesma", nada no coração que fundamenta as iríasis do amor, solidariedade, compaixão, que orienta nos caminhos do espírito, nada na alma, projetos de outras conquistas para a visualização do eterno e imortal. Livre-arbítrio do não-ser, consentir o nada lhe mostre o ser-tao da existência, o tao ser do estar-no-mundo como travessia para a etern-itude plena.
Nada e Tempo.
Ser e Verbo.
Nada verbalizando o Ser. Verbo temporalizando o Nada. Ser nadificando pretéritos, imperfeições, dúvidas e medos, trans-parente, trans-lúcido, re-vestido de silésias que iluminam desde confins ao inaudito o eidos de ser-no-mundo. E ser-no-mundo é real-izar o nada de tudo, nadersificar o além, nadiversificar o In-finito.



Manoel Ferreira Neto.
(25 de fevereiro de 2016)


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