**QUEM TEM RABO DE PALHA, NÃO PULA FOGUEIRA** (ADÁGIO GAÚCHO) - Manoel Ferreira


Seguirá abaixo a crítica literária sobre o livro A PATROA E A EMPREGADA, antologia poética da poetisa Maria Clara Alves, publicada no tablóide E AGORA?, Edição 104, fevereiro de 2015.
Nesta crítica está enfatizada num parágrafo a atitude de um dos membros da Academia Curvelana de Letras ao dizer à poetisa ser sua obra "menor", as rimas serem pobres. A Academia não é composta por escritores e poetas, sim por políticos, e por políticos chinfrins, os livros por alguns publicados não têm quaisquer valores literários e poéticos, nada servem à Literatura. Ninguém tem "pedigree" - termo muito usado pelos paulistas para significar "valor" - para crítica literária, para prefaciar, apresentar o autor. Crítica verbal até se aceita por comiseração. Nem por comiseração aceito eu.
Li a obra, escrevi a crítica, está de excelência publicada no tablóide E AGORA?
Nesta manhã de sexta-feira, vinte de fevereiro de 2015, dirigi-me à redação, troca de dedos de prosa com o amigo, proprietário do tablóide, Geraldo Magela de Abreu. Dissera-me da reação da Academia Curvelana de Letras a respeito da crítica. Membro ligou, reclamando sobre o que dissera eu no tangente à Academia, esta sempre demonstrou apreço e reconhecimento pelo tablóide, e este permitiu a publicação, fui eu oportunista com a matéria. Em suma, estão dando nós em pingos dágua de raiva, ódio, ressentimento de mim.
Nada de oportunismo. A poetisa não tinha motivo algum para mentir, inventar a crítica recebida do membro sobre a sua obra. Condizente com a situação. Milhares de críticas literárias de escritores, poetas foram escritas sob a luz do preconceito, discriminação, ideologias chinfrins, interesses espúrios, denegrindo as obras, sempre objeto de críticas dos críticos responsáveis e sérios. Um exemplo: Freud escreveu longo artigo sobre Dostoiévski, denegrindo a imagem do grande escritor russo. Nada mais fiz do que mostrar esta realidade tão velha na História da Literatura e Poesia. Aqui uma agravante: mesmo que a fala do membro sobre a obra tenha sido verbal, ele não tem "pedigree" de crítico, ninguém desta Academia tem. Verdade inconteste.
Há no jornalismo um princípio: matérias polêmicas tem o direito de "contra-resposta". Neste caso, a Academia tem o direito de escrever e publicar no tablóide a sua contra-resposta. Tenho eu o direito de respondê-la na mesma edição. Mas nunca os membros farão isso, mesmo que reúnam membros e diretoria para a composição da contra-resposta, a pena tem tinta suficiente para a escrita, a Academia não tem cacife para escrever. É nada, é vazio lúcido e lúdico.
Escrevi matérias sobre a Academia Curvelana de Letras muito mais pesadas, "peguei pesado", como se diz na gíria, como COVIL DE GÊNIOS, O ANTICRISTO, publicadas no E AGORA?, onde mostro com transparência o fiasco desta Academia. Jamais deram respostas, não tiveram condições de fazê-lo, jamais terão.
Venha a mim, ACADEMIA CURVELANA DE LETRAS, se tem algum valor de fato na História das Letras. Noubliez jamais que tenho cartas debaixo do punho de minha camisa, e muitas cartas. Ninguém transgredirá a Cultura Curvelana, enquanto for vivo, morto, o que disse está registrado por sempre até a consumação dos tempos. A Cultura Curvelana e a defesa de seus valores são de minha responsabilidade.
Não me importarei, estarei nas tintas, se tiver de me esconder nalguma cidade diante de minhas declarações contra esta Academia. Esta são o NADA, o VAZIO puro e pleno.
Na Literatura, na Poesia, na crítica literária não tenho "rabo de palha", não sigo as hipocrisias de nosso tempo, mergulho-me nas chamas ardentes do fogo, única bolha se revelará no meu corpo. Sou radicalmente contra as imbecilidades culturais da Academia Curvelana de Letras, inimigo congênito do nada que professam, desejando o ícone da Imortalidade. Não há curvelano que não saiba disso, mas ninguém tem coragem de dizer coisa alguma. Não só tenho coragem, escrevo e publico. Aqui na Internet está para o mundo inteiro ver. Sigo à risca Sartre nisto: o homem só pode ser chamado de homem quando ele se entrega à morte em nome de seus ideais e sonhos. Consequências por consequências são consequências. Mas há muito a ser dito ainda. Direi com todos os verbos em riste.



Manoel Ferreira.



A PATROA E A EMPREGADA DE MARIA CLARA ALVES



Orgulho da raça, estirpe e lia tem seus fundamentos e valores, quando a obra são seivas e alimentos para os caminhos da humanidade, objeto para a inspiração dos homens no sentido de realizar os sonhos, nutrir as esperanças do "Ser. A obra é eterna.
Não conheço pessoalmente a poetisa MARIA CLARA ALVES.
Conheço-a numa ligação de celular, quando ela conversava com o diretor do tablóide E AGORA?, Geraldo Magela de Abreu. Este furtivamente mencionou meu nome, ser eu crítico literário, acabara de ser publicado em Portugal o prefácio do livro O CASO DE MEU OCASO, de Maria Fernandes, portuguesa. De imediato, Gerlado Magela de Abreu passou-me o celular. Maria Clara e eu conversamos sobre poemas que havia ela escrito. Dissera-me ela que membro da ACADEMIA CURVELANA DE LETRAS havia feito crítica negativa sobre seus poemas, eram inferioresx e as rimas pobres. Nenhum membro desta Academia tem quaisquer valores literários ou poéticos, a maioria nada escreve, as obras de poucos não têm quaisquer valores eternos, nada servem para o futuro da humanidade. De críticas literáris ou poéticas não tem conhecimento algum. A crítica do livro de Maria Clara, feita pelo membro, é somente orgulho da raça, dizer que ele é membro da Academia, cantar, recitar, declamar valores da mesma.
Prometi a Maria Clara que faria a minha crítica do seu livro, enviasse-mo por intermédio de Geraldo Magela.
A PATROA E A EMPREGA é o título desta obra. Título simples, mas eminentemente profundo nas suas entre-linhas. Maria Clara é simples, é humilde, traz em si o verbo do amor pela busca do "ser, sonho, esperança"dos valores insofismáveis e incólumes do Verbo Amar.
A DOMÉSTICA E A PATROA, primeiro poema da obra, no seu inter-dito e essência, traz à luz a Dialética do Senhor e Escravo, do filósofo Hegel, a Dialética do trabalho, injustiça do patrão e da Mão de Obra, a sobrevivência do empregado.Reflitamos nesta estrofe: "No quarto de minha patroa/Tomei medo de entrar/Até para varrer/Pois é lá que a chave do armário/Eles vem a esconder/Quando delas eles precisam/Fecham a porta para ninguém ver". O patrão é o poder, o empregado é a submissão que alimenta as suas esperanças do imanente, da contingência, nos termos de Karl Marx, filósofo alemão, a "mais valia". Em TRABALHADOR, outro poema de Maria Clara, eis o cerne desta apresentação e crítica da obra: "O trabalhador rural/Sempre vive na ilusão/De um dia a terra ser solta/Pelo lado dos grandões/Para que eles possam/Fazer suas plantações..." Esta estrofe até lembra Geraldo Vandré, autor da música PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES, noutra música dele, "Quanto mais eu ando/Mais vejo estrada/Mas se não caminho/Não sou é nada..."
A esperança, o sonho, o desejo, a vontade do "Ser", da "Esperança", do "Sonho", o cerne desta obra lindíssima, de grande profundidade, está nesses versos: "Ai! Se eu fosse um passarinho?A procura de meu ninho/Pra ver os meus filhinhos que de mim longe estão..."
A obra de Maria Clara Alves Dias é a Esperança do Verbo de Ser da Humanidade.
Obra não publicada, poucos conhecem o original, mas Curvelo deveria refletir-se nela para engrandecer a nossa Cultura Artística e Humana. Espero sim que venha a ser publicada em lançada em Curvelo e no Brasil. Como disse, e muito bem, Érico Veríssimo, escritor gaúcho, em sua obra-prima "O resto é silêncio"



Manoel Ferreira.

(E AGORA?, Edição 104, pág. 07)

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