**ENSAIO-ANALÍTICO DA MESTRA E AMIGA RITA HELENA NEVE À EPOPÉIA TRÁGICA /**FAUSTO DE FESMONE**/


FAUSTO DE FESMONE**/
VERSÍCULO IV
(Manoel Ferreira Neto)




Fausto tenta convencer Fesmone que de nada adiantam as suas pragas... Que não há palavras que possam transformar o Mal em Bem, uma vez que , até os representantes da igreja fazem uso de luxos ao comerem ovelhas, na calada da noite :
“Se palavras realizassem alguma coisa, as da Bíblia Sagrada já teriam tornado a terra e o mundo no Edén, as dos trágicos em suas epopéias já teriam devolvido aos homens o espírito da vida e das contingências...”
“, enquanto clérigos e pastores, confortavelmente montados em seus alazões, de cajado na mão, levam o gado e as ovelhas para o curral, deliciam-se na calada da noite sob as chamas da fogueira com delicioso churrasco de picanha, regado a champagne francesa.”
Fausto argumenta com Fesmone que suas palavras não têm sentido algum se não estiverem alicerçadas em ações para reverter o Mal em o Bem:
“Fesmone, estamos no trans-modernismo, os ideais da palavra eivada dos sonhos e esperanças da espiritualidade são do Tempo do Zagaia. Traz em si dentro a força da palavra, a força de seus desejos, para quê? Está pregando no vazio, no deserto... Você é um ilusionista...”
Fausto tenta persuadir Fesmone a juntar-se a ele, pois assim terá um lugar “à sua esquerda” em sua mansarda.
Declara que não esteja sugerindo a Fesmone que se bandeie para o lado da corrupção, mas que, permanece seu aliado, fazendo uso da palavra para usufruírem das delícias terrenas:
“Fesmone! Fesmone!... Estou lhe oferecendo a vida de todos os seus sonhos e esperanças: a Palavra que se torna Ser do Verbo. Observe os políticos em suas trajetórias, a cada dia encontram mais e mais prosélitos devido aos seus discursos lindos e divinos re-vestidos de demoníacos ideais da matéria, do conforto e bem estar, são livres, desfrutam de todas as regalias.
Pense bem, Fesmone... Re-flita e medite!!!
Fausto fala a Fesmone sob a égide do maligno: Mefistófeles.


Rita Helena Neves




/**FAUSTO DE FESMONE**/
VERSÍCULO IV




Fesmone, praga de urubu magro não mata cavalo gordo. Se palavras realizassem alguma coisa, as da Bíblia Sagrada já teriam tornado a terra e o mundo no Edén, as dos trágicos em suas epopéias já teriam devolvido aos homens o espírito da vida e das contingências, Terra, mundo e homens seriam verbos do Eterno. O que realiza, sejam em que circunstâncias forem, são a ação e a atitude; agindo, estamos, prosélitos e eu, construindo a nossa eternidade, as nossas glórias alcançadas às custas do povicho que entrega suas vidas aos dogmas e preceitos do Bem e da Verdade, debulhando as contas do terço nos Templos e Igrejas, pedindo a Deus misericórdia e perdão pelos pecados, enquanto clérigos e pastores, confortavelmente montados em seus alazões, de cajado na mão, levam o gado e as ovelhas para o curral, deliciam-se na calada da noite sob as chamas da fogueira com delicioso churrasco de picanha, regado a champagne francesa.
Fesmone, estamos no trans-modernismo, os ideais da palavra eivada dos sonhos e esperanças da espiritualidade são do Tempo do Zagaia. Traz em si dentro a força da palavra, a força de seus desejos, para quê? Está pregando no vazio, no deserto... Você é um ilusionista. Todas estas palavras serão levadas pelo vento, nada restará delas. Você tem verdadeira urticária do paraíso celestial... O que espera com as suas palavras tão profundas, com as verdades arrancadas da alma? Levadas pelo vento, o que restará para testemunhar no Juízo Final? Quer ficar vagando no espaço por toda a eternidade? E o pior: sem quaisquer lembranças da humanidade, dos homens; se lhes perguntarem sobre você, dirão que nem sabiam que um dia tinha existido. Junte-se a mim: terá o seu lugar de honra na minha luxuosa mansarda, sentará à minha esquerda. Não lhe peço que largue os seus ideais e sonhos para trás, passando a ser corrupto. Nada disso. Use as suas palavras fortes para convencer e persuadir os homens que a única salvação das contingências no mundo, permeadas de náuseas, efêmeros, são os bons instintos, a ausência da alma, a corrupção deslavada eivada de viperinidades, maledicências, hipocrisias, falsidades, farsas, aparências
Fesmone!... Fesmone!... Inteligente e sábio como você é, sabe que palavras de espiritualidade nada realizam, vão ficar flanando no tempo a perder de vista no universo e horizonte. É o momento de você realizar a palavra... Pense bem... O único em toda a história que conseguiu realizar a palavra. Nem a Sagrada Escritura foi capaz dessa façanha. Será por sempre laureado, glorificado... Estou lhe oferecendo a vida de todos os seus sonhos e esperanças: a Palavra que se torna Ser do Verbo. Observe os políticos em suas trajetórias, a cada dia encontram mais e mais prosélitos devido aos seus discursos lindos e divinos re-vestidos de demoníacos ideais da matéria, do conforto e bem estar, são livres, desfrutam de todas as regalias.
Pense bem, Fesmone... Re-flita e medite!!!




Manoel Ferreira Neto.
(17 de fevereiro de 2016)

Comentários