O QUE É ISTO - SER MARIPOSA NO INTELECTO LONGÍNQUO/EU POETICO? - ANÁLISE CRÍTICA: Manoel Ferreira Neto


Em nossa primeira crítica literária da Antologia Poética, O EU POÉTICO, da escritora Ana Júlia Machado, traçamos um de seus eidos poéticos, O INTELECTO LONGÍNQUO E O EU POÉTICO, fundamentados nos três poemas introductórios. Terminando a tessitura e a tecitura desta crítica, afirmamos radicalmente que O EU POÉTICO nasceu póstumo, e não temos quaisquer dúvidas, mas nos resta ir aprofundando, aprofundando, sempre buscando a elucidação do uni-verso po-ético, horizonte ec-sistencial, in-finito ec-sistencial e poético, síntese, centrados na questão de a dimensão po-ética vir depois da ec-sistencial.
Uma Introdução Crítica segue uma leitura de inter-dictos em nível da sensibilidade, das dimensões sensíveis da vida ipsis litteris e ipsis verbis do artista, do escritor, do poeta, que poderíamos tra-duzir como a vida no quotidiano, situações e circunstâncias ao longo do tempo, diante dos sofrimentos, dores, sonhos, ideais, idéias, pro-jectos, sonhos, u´a leitura superficial, leitura à primeira vista, leitura sem quaisquer interesses de aprofundamento, leitura "en passant". E como alicerce o desejo da "LUZ", da iluminação do que trans-cende, vai além do inter-dito, aquela dimensão da "casa-do-ser", "lar-do-tempo".
E, nestes dizeres, o "Intelecto Longínquo" passa pela "metamorfose" do tempo, das experiências, que são as con-tingências das dores e sofrimentos - e que a escritora e poetisa na sua fidelidade e lealdade mostra, revela, identifica, sem qualquer medo de angústias e tristezas, sempre como ponte para o outro da vida quotidiana que é a vida em sua tessitura e tecitura. A "metamorfose" do tempo é o "mov-ente", o que faz, real-iza, cria, re-cria as buscas do Ser, as querências da Verdade", até "chegar a fase adulta", poema SER MARIPOSA, ou seja, do casulo até o nascimento, a aprendizagem do voo, o voar, do "Intelecto Longínguo" à Poética do Eu, "... a liberdade é breve, é concebida em delírios", mas o sentimento do vir-a-ser, re-pres-entado na obra pelos preceitos, no poema re-fletido, meditado e pensado, é sentido e vivenciado pela verdade da Busca, dos Verbos em Suspensão.
Para a escritora e poetisa, Ana Júlia Machado, esta passagem só se faz real e verdadeira, húmus e semente, a partir do instante que desperta a "Ansiedade Ser", ansiedade da Arte, ansiedade da Vida, a ansiedade do Ser, o que eternaliza a vida são os sonhos e esperanças do VIR-A-SER.


(**RIO DE JANEIRO**, 11 DE MAIO DE 2017)


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