*#ÉGUA DA METÁFORA EXPLÍCITA/TESE, ANTÍTESE, SÍNTESE#*🐎 GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Tudo se
mostra,
Se não ao
in-verso,
No book
de faces obtusas, paralelas,
A palavra
"mentira" funde-se com
A palavra
"hipocrisia",
Re-vestido
de seus re-versos e avessos,
Do outro
lado da moeda,
Tergiversada
em oratórias compostas
De farsa
e aparência,
De blefe
e tripúdios;
@@@
É começar
no in-verso
Para
atingir o verso verdadeiro,
Na
contramão dos desejos e vontades,
Na mão
única das expectativas e esperanças,
Da fé e
das vontades
De
louvores e glórias,
Até à
hora final do crepúsculo,
Instante
último da noite.
Madrugada,
Antes da
aurora do novo dia,
Consumação
da vida e dos tempos.
Apocalipse
do caos.
@@@
Sobre um
fundo de neblina e luz,
Ressoa o
cântico plangente,
Canto
ad-jacente,
Balada
ad-stringente,
Canção
re-ticente!...
@@@
Nas
estradas do silêncio sublime,
Cavaleiro
que sou,
Uma
canção em busca do espírito,
Catarse
que se processa pela assunção
Do
destino,
Nas asas
dos sonhos,
Fantasias,
Quimeras,
Enganos,
Imperfeições,
Bússola
de minha busca
Das águas
límpidas do rio,
Todo
esmero e acuidade
Do
estilo,
Linguagem,
Entrelinhas
que são sensibilidade
Em estado
de iluminação,
Nas
ad-jacências da ec-sistência
E do
simples divagar
À toa
Nas
alamedas do ser,
Da vida,
Através
de re-flexões,
Meditações,
Na
querência sensível,
Trans-cendental
Da
continuidade do ser,
Re-fazimento
contínuo
Do desejo
do sonho
E
realidade
Que se
faz
Nas
quimeras e utopias
Do
Eldorado,
Do
Paraíso Celestial,
Da Terra
Prometida,
Arte de
amar,
Segredos
do caminho,
Trilhando
a estrada para os novos horizontes
No
arrebol dos versos antigos,
Dos
versos Tao,
Do Uno
taoísta,
Dos
versos
Decassílabos,
Estrofes
eruditas,
Acompanhados
de ritmos pretéritos e presentes,
Meigos e
trans-lúcidos,
Formosos
e gentis,
Charmosos
e ternos,
Vinhas
etéreas,
Aéreas,
Etecéteras,
Nas asas
de Pégaso
Sobrevoando
mares,
Florestas
e abismos,
Na égua
da metáfora explícita e eivada de sentidos,
No lume
da lua-cheia,
No brilho
da lua nova,
Na
transparência
Da lua
virgem,
No
numinous das estrelas,
Do sol
De raios
incandescentes,
Do espaço
in-finito
De
esperanças e fé
De luz
Nos
caminhos de trevas.
@@@
Pontuando
a solidão
De
sintonia e harmonia
Com quem
sou,
Amizade e
ternura
Espiritualidade
e carinho
Com o que
me habita
O íntimo,
Eu,
Que crio,
re-crio, estabeleço
Nas
relações de finitude,
De morte,
de nada mais,
Sinto que
real-izo a vida,
Sinto-me
íntimo de mim,
Penso o
logo que se me a-nuncia,
Sinto o
agora com que me embrulho
Nas
noites de in-verno,
Cogito e
percebo o que se me
Re-velará
em tempo
Próximo
das distâncias,
Long-itudes,
Serei
vida, serei nascimento,
Serei
re-nascimento,
Serei
processo de crescimento,
Amadurecimento,
Serei
envelhecimento,
Serei o
fim,
Serei
cinzas,
Terei
sido espírito e alma
De mim,
Terei
sido Vida.
@@@
Tudo o
que ec-siste,
Vive,
É um
incessante vir e voltar
Além do
bem e do mal,
Aquém da
fantasia e da quimera,
Um nascer
e um morrer,
Um
re-nascer e outros desejos de ser.
@@@
Onde,
Quando,
Em que
circunstâncias e situações,
Tudo isso
tornarei verdade,
Tornarei
essência,
Ser,
Verbo,
A
verdade,
Sinceridade,
Sem ser
sábio,
Sem ser
profeta,
Sem ser
dono da vida,
Sem ser
um deus
Do
momento presente,
Do
instante futuro,
Quem
sabe, olhando,
Observando
As
Pirâmides do Egito,
De cima
para baixo,
Vice-versa.
@@@
Na mesma
concha das mãos,
Con-templamos,
Vislumbramos,
Des-lumbramos,
A-lumbramos
As cores
vivas da natureza e do ar,
Da
eco-logia,
Inspirar
nelas para construir
Outras
realidades,
Considerar
dádiva de viver.
@@@
A verdade
é imagem
Nua,
Crua,
A imagem
de pouca razão
Rota,
Baça,
Às vezes
enganação,
Tripúdio,
blefe,
Sufoca,
Condensa.
@@@
A imagem
é pers-pectiva
Do olhar
percuciente
Do que
habita a intuição
Da
verdade,
Do que
reside na busca
Do ser
De sonhos
e utopias,
Do que há
nos recônditos
Da alma,
Do
íntimo,
Delineada
no desejo
De sua
perfeição,
Esboçada
na con-templação,
Da sede
de conhecimento,
Liberta o
coração
De suas
algemas e correntes
De
sentimentos de não.
@@@
A verdade
é eco sombrio
Triste,
sem razão,
Alegre
brio do viver,
Do viver
passageiro,
Da morte
eterna,
Do
In-finito eterno,
Da
éter-{n}-idade
Póstuma e
consumada.
@@@
Rumo ao
coração
Dos
horizontes e uni-versos
Do Uno e
Verso,
Sem o
Verso
O Uno é
fantasia
Dos
solipsismos,
É quimera
das sorrelfas,
Ilusões
de a vida
Ser
Apenas
contingências,
Efemeridades,
Desejo
superficial,
Vontade
gratuita,
Razão
conciliada
Às
ideologias,
Metafísicas,
Interesses,
Logos
ligados e emaranhados
Às
sinuosidades e curvas
Do destino
desde a eternidade,
Da vida
dependente
Do não
ser,
MORRER,
MORTE;
@@@
Tempo de
usufruir
Felicidades
e alegrias,
Esperanças
e Fé,
A
eloqüência das sensações
E
percepções
Do real e
eterno,
Estrofes
e versos
Do que se
foi, do que está,
Do que
virá a ser,
Tese,
antítese, síntese,
Desejo,
vontade, razão,
A
linguagem explicita
Das
verdades finitas,
Da vida
mortal,
De
unicamente cinzas
Misturadas
à terra,
Do
esquecimento,
Do nada;
@@@
Declamar
Do poema
da verdade
E eterno
Tempo de
curtir
Prazeres
e volúpias,
Oratória
de todas as intuições,
Iluminações,
Nesse
instante eivado de
Sentimentos,
Dimensões
reais,
Imaginárias
da vida,
Do que
promete vir a ser,
Do que
está fadado
Ao
incólume fim,
Nos
interstícios da intimidade
Outros
estilos e linguagens
Da vida,
Nas
a-nunciações do que
Habita o
mais íntimo
Da
inconsciência,
O mais
pré-fundo
Do
mistério,
O mais
abismático
Do
enigma,
Outros
encontros e verdades,
São as
flores da floresta silvestre,
Dasein de
Heidegger,
São as
minhas seivas,
Abrindo
novas perspectivas e panoramas,
Para o
in-finito de todas as coisas,
Para a
fin-itude de coisa alguma,
Quando
algo se esvaece,
Escafede-se,
Dissolve-se,
Algo
nasce,
E outros
estilos, linguagens
Da vida
Se
mostram plenos,
Absolutos,
Eis o
momento
De outros
mergulhos,
De outros
vôos,
De novas
esperanças
Na
espiritualidade do Verbo,
- “No
princípio ec-sistia o verbo
(A
palavra)” -
Que é
Amor,
Que é
Liberdade.
@@@
O vento
Varre,
O vento
Assobia,
Encara,
Martiriza.
Ágon-iza,
Angustia
E
Não sabe
porque
Assim o
faz,
Não entende
porque
Assim se
processa
No
de-curso e per-curso
Das
situações e circunstâncias,
Mas outro
traz o outro áureo;
Sou o
nada,
Mas não
vim do nada,
Vim, sim,
das cinzas,
Às cinzas
re-tornarei,
Não faço
parte
Do nada,
Embora a
imagem, re-present-ação
Do nada,
Sou parte
do todo,
Sou o
todo
Nas
ad-versidades
Das
partes.
#RIODEJANEIRO#,
16 DE JANEIRO DE 2020#
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