#ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA Ana Júlia Machada ANALISA A PROSA #POR QUEM OS SINOS DOBRAM#




No texto do escritor Manoel Ferreira Neto, e que foi-me presenteado, após um texto que fiz intitulado “ Legitimidade”.
Sem dúvida, que é um texto em que usa a ironia do que poderiam ser os dias, quando obscuros ou luminosos.
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Como refere que, quer nos dias consecutivos, tombe água ou resplendor, existe o ludo de luminosidade e obscuridade, abstinência atestada de avidez, o rastejante desonesto...
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Este escrito transporta-me ao texto de John Donne , na obra “os sinos dobram por vós” texto que é de uma beldade invulgar, que conduz o homem em um mundo que o arruma no meio de uma imensidão, mas que o anuncia a causar trecho do planeta, que a magnificentemente da alcoviteira humana encontra-se na fractura do isolamento, porque somos os nossos amigos, a rescisão do nosso isolamento. Somos a classe humana, colérica pela existência e coarctado somente pelo fenecimento.
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Poucas criaturas possuíram erudição para redigir o sentido de humanidade dividida como John Donne o causou nos idos do século XVI. Ele refere: ideia de Excerto “meditação XVII” Nenhum humano é uma lezíria, integralmente separada, todo indivíduo é um naco de uma região, uma fracção de um todo. Se um pedaço de terra for transportado pelas águas até o sem-fim, a Europa permanece abreviada, como se fosse um cabo, como se fosse o palacete de teus intercessores ou o teu inerente; o fenecimento de qualquer homem coarcta-me, porque sou parte da espécie humana. E por isso não interroguem: Por quem os sinos bisam; eles bisam por vós.
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Este cântico à humanidade causa de cada um de nós assistentes embaraçados (com) da presença de cada distinto, numa cooperação revigorada pela abreviação do mundo que é representação de cunho da nossa era. Por isso, quando escutarem os vendavais procedentes de algum local …, não se olvidem que os sinos bisam por nós igualmente, ou não fosse o universo passageiro.
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No fundo, é o que o escritor do texto faz ver à humanidade, não deixa de ser um hino com certa ironia que lhe é peculiar, mas ao mesmo tempo, com a crueldade que a humanidade presenteia-nos constantemente independentemente dos dias serem sombrios ou luminosos... que todo baixar da tarde o hino de receio, de inquietação, poesia ou conversa de sujidade, excremento de conversa em versos, o fenecer que inicia feito fornicoques nos dedos.
Ana Júlia Machado
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RES-POSTA À ANÁLISE SUPRA


Perquirição fútil nos tempos hodiernos esta por quem os sinos dobram. Em tempos idos, nos "fins de tarde" ideais, idéias, sonhos e utopias floravam através das Letras, sem interesses escusos, sem ideologias viperinas, a prática real da "humanidade do ser", os sinos dobravam pela vida, pela esperança, pela fé. Hoje, as Letras dobram pelo sucesso, pela fama, pelo poder, pelas vaidades, fazem o mesmo jogo dos sistemas ridículos, desumanos, escritores e poetas são lídimos capachos dos sistemas. Dostoiévski, Nietzsche, Sartre, Marx, até mesmo Kant mostraram quem são os cientistas, os religiosos, os escritores nos "fins de tarde". São tempos idos os deles, mas os de hoje são ainda piores, naqueles tempos tinham a arte da escrita, sabiam escrever, possuíam linguagem e estilo, cultura, erudição, nada disso possuem mais. A Humanidade do Ser nas Letras desapareceu. Nas Letras, como você, inestimável Amiga e Companheira das Letras, Ana Júlia Machado, diz com categoria: as Letras são "excrementos de conversa em versos."
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Por quem os sinos dobram? Os sinos podem bisar pela vida, pela raça humana, quando houver Homens conscientes dos valores éticos e morais, quando houver Escritores que falam a Língua Humana. Não adianta apresentar justificativas e explicações: a Bíblia, um Livro, é a semente da Consciência Espiritual. As Letras são a Busca da Espírito da Vida. Sem elas os homens são perfeitas Bestas, e é isto que os escritores hodiernos querem e desejam: os homens sejam bestas.
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Beijos nossos, querida, a você, à nossa netinha amada e querida Aninha Ricardo.


EM VOCÊ E EM SUAS LETRAS ACREDITO PIAMENTE!
Manoel Ferreira Neto
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#POR QUEM OS SINOS DOBRAM#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: PROSA
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À Amiga e Companheira das Letras, Ana Júlia Machado, com os meus sinceros cumprimentos.
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Há dias os sinos tocavam e repicavam os ares de um firmamento azul do dia como se fizesse pazes com o mundo, saíam pombos da pequena igreja, esvoaçando baixos, preenchendo os espaços da pracinha, pessoas paradas, observando, no peito ad-miração e felicidade por cena tão mágica e maravilhosa. São momentos de lembranças, são instantes em que a sensibilidade se apresenta sedenta e ávida de vôos profundos, aproveito o ensejo para tecer em palavras o que presenciei naquele dia em que o povo do lugarejo invadiu o templo como se fossem canibais de um mito; os pássaros cantavam suas músicas que, no tempo e este integrava na perfeição de um espaço distante, a brisa da manhã era como o espelho dos reflexos humanos. Sonhei e naquele sonho supus as mais lindas histórias de um conto de fadas e como numa fábula resplandecia a paz que mais uma vez julgava intermediária dos próprios homens.
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As criaturas... pequenas grandes criaturas que formam mito salva uma frase inerte e insensível aos ouvidos, memorizam uma expressão latina que suscita incólume verdade... à loucura... São elas o fulgor de uma estrela de um ponto que esconde e trans-parece lá bem distante, são o brilho atrás da lua que reflete para trás a sua luz branca e resplandecente, incidindo nos campos silvestres, nos chapadões solitários e íngremes, nas corcovas de serras e montanhas, onde as estrelas sinuam por outros trajetos e itinerários, não é negócio velarem os seus osssuários. As criaturas da noite são apaixonadas. Fazem anarquia. Uma farra que descobre sentimentos, que envela dores e sofrimentos, que omitem mágoas e ressentimentos. Que amam a madrugada, o latido dos cães. Que cantam com fervor cânticos os mais di-versos na esperança de a aurora nascer performando novos passos de dança, à luz do corpo, constituído de carne e ossos. Que somem sem deixar quaisquer vestígios.
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Ali, à face da montanha, vejo sumir-se, nos pingos dágua, expressando de outro modo asco e náusea que me habitarão, enquanto for vivo, mesmo debaixo de sete palmos, mesmo por toda a eternidade até a consumação dos tempos, e serão sentidos por qualquer indivíduo, embora a sua sensibilidade seja apenas para sobreviver no mundo, a mentalidade bem menor que o salário do egregíssimo Prof. Raimundo, o milagre da obra humana, a magia das esperanças de algo ser construído à luz da verdade e do amor. Na minha voz tranqüila, impérios ruíram, orgulhos e vaidades escusas desmoronaram, ostentações de moral e ética indevassáveis quedaram sem direito a único suspiro, até as letras, em princípio, uni-versais e eternas conheceram o nada e o vazio do nascimento da razão, uma luta de morte pré-cede todas as mudanças, no sil-êncio da ordem uni-versal rigor da razão cobre o tempo novo, a fé nova que nasceu, as velhas que se transformam, mudam de fisionomia, mudam as faces.
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Todo dia, faça chuva ou faça sol, há o jogo de luz e sombra, jejum repleto de gula, o réptil subreptício com sua gosma de íntimo. Quem não sabe dos buracos negros nas profundezas do poeta? Quem não conhece os vazios e nadas nas pré-fundas do escritor? No observatório do coração alucinado, perdido nas costelas das constelações, nas costas das estrelas e da lua, de sonhos e atônitas realidades, o escritor, o poeta são galileus no breu das inquisições. Todo cair da tarde a toada de medo, de insegurança, poema ou prosa de merda, merda de prosa poética, o morrer que começa feito cócegas nos dedos.


#RIO DE JANEIRO, 14 DE ABRIL DE 2020, 07:13 a.m.#

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