#NUNCA GEMA AS CLARAS# - Graça Fontis: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Con-vexas
imagens trans-edênicas trans-in-fin-itivando pers lumin-escentes de pectivas a
incidirem na paisagem do uni-verso coberto de neblina do alvorecer o lúdico da
singela beleza da mais bela plen-itude, con-duzindo a alma que trans-cende a
metafísica do ir além do tempo aos dons do Espírito da graça...
Não
quero alcançar os longínquos planetas, nem a luz, nem as estrelas, nem a
perfeição, nem o auspício do pico, Nem o cume da montanha, encarando o futuro
com re-flexão.
Não
quero o segredo do tempo, nem os mistérios inauditos do vento, nem os enigmas
da pirâmide, nem a magia do verbo das estrelas, nem a mística do in-finito
eivado do eros do eterno.
Não
quero a réstia de lua, nem a luz poética do espaço.
Não
quero con-templar na colina, onde a areia voa e à toa vai facelando a vida de
outros semblantes e fisionomias, o encanto e o brilho do ocaso que esplende nas
a-nunciações pequenas a pureza do singelo, o oxigênio da vida...
Con-vexas
imagens re-fletidas no espelho da metafísica do horizonte que inspira
sentimento inefável, cada perspectiva tem a sua luz e cor, cada sonho tem sua
realidade e oníricos idílios do absoluto, cada desejo tem sua verdade e o ser
que lhe trans-cende, cada esperança tem sua luz e raios do além...
Não
quero minha lucidez perdida no presente ou nalgum lugar do passado. Não quero
estar em silêncio agora, apenas con-templando sentimento utópico, delírios. Não
quero sentir a mais pura e livre leveza da sabedoria do sentimento que alimenta
a alma, Cada rio tem o seu curso, cada onda do mar tem a areia onde se
espalhar, cada poiética do verbo de ser tem a dimensão da espiritualidade...
A vida
é vida pura e simplesmente e na pureza e simpleza da vida a poiética da vida se
faz no amor que trans-cende a poética das con-tingências que projeta no espelho
verbo-poesia poema-ovo do Espírito.
(**RIO
DE JANEIRO**, 05 DE JUNHO DE 2017)
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