**OLHAR: RE-VERSAR DA ILUMINAÇÃO O SILÊNCIO** - PINTURA: Graça Fontis/POIÉSIS PROSAICA: Manoel Ferreira Neto
A-fora a con-tingência do destino
As luzes dialécticas do afluir-a-ser
Que desenham no tempo o croqui da
imagem
Do pleno, eterno.
A-fora o solo trincado do sertão
Pelos raios incandescentes do sol,
As paisagens silvestres do vale.
Pers-critos horizontes de perfeitos
pretéritos de regências re-cônditas numinando as plen-itudes in-fin-itivas,
iluminando o sil-êncio das alethesis verbais, inner de sentimentos e emoções,
sensações que cintilam de trans-cendentais pers-pectivas do eterno o sensível,
a sensibilidade, poiésis do ser-no-mundo à luz das paisagens silvestres,
panoramas campesinos, in-cindindo no Além, além-in-finito, além-horizonte,
além-uni-verso, além-confins, além-arribas, a ins-piração templa a verdade do
ec-sistir, liberdade de criação, re-criação, re-fazenda, re-in-venção,
con-cebendo estesias e sin-estesias que, re-fletidas no tempo, de-cursam,
per-cursam, per-correm o telos e o nous do vir-a-ser pleno de a-nunciações do
ser-silêncio do verbo, eivado de re-velações do verbo-ser do sil-êncio, aquém e
além de quaisquer efêmeros e nada, a-fora as ipseidades e facticidades,
infra-silêncio do ser-verbo re-vestindo o há-de evangelizar as dialécticas do
bem e do mal com os ritmos e melodias sonoros dos in-fin-itivos in-finitos dos
dogmas e preceitos que corroem magistralmente o in-consciente divino porque
criados para in-versar, re-versar a ética da iluminação, a moral da re-velação,
ad-versar as eidéticas da fé que é con-templar a trans-cendência sob a luz da
in-consciência divina do absoluto, a fé se eiva de sonhos, esperanças,
alimenta-se das utopias que são húmus do In-fin-itivo-verbo da perpetuidade.
In-fin-itivos, gerúndios,
particípios, sub-juntivos conjugando de éritos e iríasis, de éresis e iríadas
os cânticos do cântico verso-uno da perfeição com a palavra semântica e
linguística que flora no verbo a floração do silêncio. A trans-parência da
linguagem vola a travessia para o In-finito ser o sublime do Espírito, para o
Espírito ser a eidética da verdade, para a Verdade ser a eidética do sublime.
O ser interior do verbo, que é
entrega plena ao tempo, às obras da mão que liberta as sabedorias e saberes,
numina, ilumina, alumia as imagens da paisagem na viagem para o afago,
aconchego, proteção do silêncio, solidão de inspirações, solidão de versos e
estrofes, solidão, a pura re-velação da vida do espírito, a sublime a-nunciação
da verdade do espírito. Do silêncio aos linces da visão trans-lúdica,
trans-lud-ente da etern-idade no verbo das in-fin-iriáses...
(**RIO DE JANEIRO**, 08 DE ABRIL DE
2017)
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