**EURÍTISES DO RESPLENDOR** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


A-núncio eivado de nunci-essências cintilantes à luz do in-verno de ausências de lembranças, recordações que flanavam ao vento presentificando sentimentos, emoções, sensações, apenas desejos in-auditos "criando novas paisagens", "retirando as pedras do caminho", tocando de leve e suavemente o espinho das flores, "rimas e versos na longa estrada, nas curvas retas-inversas, sobe e desce...", sentindo presente o in-audito das eurítises do resplendor, amando ser livre e voando, voando, voando, "conhecendo novas paisagens", "ilustrando as viagens da imaginação" no seio da floresta de árvores de copas frondosas, de flores silvestres, entre serras com o vento sibilando altissonante, presenciando as ondas do mar sob o brilho da lua, nas estradas de poeira as marcas do tempo no íngreme do solo, a grama ressequida, esturricada, e sempre os horizontes adiante a serem des-bravados, a serem des-vendados, des-envelados, na plen-itude sentir o êxtase do que é etéreo de con-figurações e performances, o climáx do que é éter de espaço e uni-verso, o gozo do que é eterno o sublime, o ab-soluto sensível e trans-lúcido, o prazer orvalhado de estrelas que cintilam na poiésis do coração à luz de todos os aléns, de todos os longínquos habitados de arribas e confins, eurítises do resplendor da "raiz da arte" dos sentimentos, volos da memória sedenta de re-colher e a-colher em si o sêmen uni-versal da beleza, concebendo sonhos dentro de outros sonhos, dentro de outros sonhos do amor, da entrega, do espírito da alma, em cujas profundezas abissais habitam a esperança do perene, em cujas linhas do sensível residem as asas para o voo perpétuo através da etern-idade, voo de conquistas e glórias, voo de realizações e alegrias, "alheio o além-mundo", retratando dons e talentos, a arte da con-tingência à trans-cendência.
A-núncio eivado de nunci-eidéticas brilhantes ao silêncio in-audito da madrugada de frio preliminar do in-verno, música no ar, "quero saber o que é o amor", quero sentir o que é o prazer de degustar o sabor do amor, eurítises do resplendor do belo, da beleza, eurítises do esplendor do coração sob as chamas ardentes da felicidade, às quiçás dos anjos que performam a dança do in-fin-itivo verbo do divino, dos passarinhos que trinam por todos os horizontes o hino do espírito... madrugada de segundos e minutos de solidão, pensamentos solitários, emoções e sentimentos sozinhos na imensidão do tempo, pre-liminares eurítises da magia de sonhar o sonho de "ser" as entrelinhas da poesia do amor, de "ser" o interdito dos desejos e vontades do pleno, da compl-etude... música na madrugada, ritmos, acordes, melodias do que trans-cende a solidão, do que trans-cende o estar só no meio das coisas, dos objetos, do mundo, criando, re-criando a música eterna da vida, som que trans-eleva idílios, quimeras, fantasias, volúpias voluptuosas da verdade, trans-literalizando dores e sofrimentos, angústias e náuseas em líricas metrificadas e ritmadas de euritmia do sensível que se inspira do in-finito e concebe a luz sonora de notas verbais, miríades de silêncios brilhantes sin-cronizados, sin-tonizados no uni-verso. harmonizados no espaço celeste...


Eurítises do resplendor... Eurítises do resplendor... Eurítises do resplendor...


(**RIO DE JANEIRO**, 30 DE ABRIL DE 2017)


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