Ana Júlia Machado ESCRITORA E POETISA CONCEITUA E DEFINE O GÊNERO "AFORISMO", ANALISANDO /**IDEAIS E SONHOS**/


Elas, as ideias, surdem subitamente em nossos espíritos e presenteiam jornadas inolvidáveis. Casualmente poderia apelidar de devaneios, mas para mim são realidades discrepantes. Quimera consegue persistir toda a nossa vida, enquanto imaginações surdem e abalam como uma passada de maga.
Quimeras tenho abundantes. E que beleza ver dois pombinhos a beijarem-se que o atingiu veemente.
Como encontra-se na ínsula do sortilégio, ele ocorre e de forma lasciva verbaliza que chegou quedar consigo. Aufere a superior massagem do universo e convincente lhe compensa com a mesma energia.
Isto abrasou a ambos e alimentaram até ao cansaço.
Seguramente o vosso despertar será produtor, pois pretender e ser pretendido, ainda são as preferíveis sensibilidades que homens e mulheres hão nas suas almas corpóreas e emotivas.
A grande realidade é que quimeras e verdade, às vezes, estão muito mais contíguas do que afiguramos.
Logo o gracejo é conveniente, caprichos em ocasiões se convertem existência e a inerente verdade às vezes é somente uma ficção.
E como diz, o grande escritor Manoel Ferreira:
São tantos "nós", tantos vínculos, combinações de quimeras expectativas que a agitação ténue, aprazível intrica num enredo delicado e débil. Meu Altíssimo!... Dois namorados adoram-se num ósculo, osculam-se de querença e rendição. Um petiz concebeu-se-me si.
Contempla tal imagem que imagina…seu espírito extasia, é o amor e a paz se beijando…
É o amor e a paz que o avassalam neste momento e que se revê nesta imagem.´


Ana Júlia Machado.


#IDEAIS E SONHOS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


A manhã é tão linda. O sol aquece, iluminando a vida, numinando sonhos e esperanças, concebendo ideais e utopias outros. A imagem das flores e os dois pombinhos se beijando tocou-me profundo. Pensamentos são voados para todos os horizontes. Restam-me emoções, sentimentos, sensibilidade, subjetividade.
Minh´alma sussurra o silêncio, dizendo-me "Imagine que esses dois pombinhos são o amor e a paz se beijando. As éresis do espírito esplendem por todos os uni-versos a plen-itude, o absoluto. Imagine estes pombinhos sendo o encontro de todas as nações, todos os povos." Ouço o sussurro, nada digo, nada penso. Con-templo a imagem.
São tantos "nós", tantos elos, koinonia de sonhos esperanças que o vento leve, suave emaranha numa teia fina e frágil. Meu Deus!... dois pombinhos amam-se num beijo, beijam-se de amor e entrega. Uma criança fez-se em mim.


(**RIO DE JANEIRO**, 01 DE MAIO DE 2017)


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