Elizabete Regina Garcia De Mello Mello COMENTA O AFORISMO 249 /**NADA DE ALMA NO TERRENO VAZIO**
Ah! Queria eu PODER sonhar numa das sombras das claridades de
celebridades...
Eu entraria num baile platônico de um Espírito esteticista de uma sede
do nada e tudo de um SURREAL SABER...
MESMO DEPOIS NUM TEMPO DE SÁBIOS...
Sem na verdade NADA do AMANHÃ SABER!
DIFICILMENTE HOJE....
PODER SE TEM DE UM NATO SÁBIO SE ACHAR...
NO MOMENTO NÃO CONHEÇO...
IGUAL A ESTE POETA ...
NENHUM ACHADO...
ELE SER ÚNICO E ACHO ÚLTIMO DE UM útero que de cujo nasceu...
Acho que de tal talento ser o melhor até o momento...
No SABER no Espírito chamado assim "VERBO"
*****TE DOU POR NÃO SER USADO MAIS pra tal exemplar...
Mas seria o certo tu seres homenageado com a dimensionada síntese das
verdades e inverdades projetando-se no infinitivo dos volos regências da
sublimidade do eterno "UNIVERSAL PLANETÁRIO"
Elizabete Regina Garcia De Mello Mello
#AFORISMO 249/NADA DE ALMA NO TERRENO VAZIO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Vazio que flora leve e livre à margem dos éritos do tempo, tristezas,
angústias, descontentamentos, desilusões, decepções, peito arfando, mente
tergi-versada para algum canto do horizonte, com os desejos que não são para
serem realizados, que nascem espontâneos no eidos da alma que se projeta
alhures, trans-cendendo os limites da con-ting-ência à busca da luz do verbo
para suprassumir as sorrelfas e quimeras do estar-no-mundo habitado de solidão
e ipseidades solitárias das quimeras do "Ser", alfim entregar-se
plenamente à verdade do efêmero, a bússola para os horizontes distantes, onde
no verso-uno das esperanças e sonhos do vir-a-ser dos in-fin-itivos a vida
re-nasce das iríases do nada, dimensão de síntese da verdade e in-verdade,
pro-jetando-se no in-finito dos volos regenciais da sublim-itude do eterno,
imagística semântica do divino, sombras pálidas flanando nas calçadas de por
baixo das árvores, linguística da travessia do silêncio à solidão do ser,
seren-itude da liberdade para a sabedoria da vida, metáfora da ponte partida
dos mistérios e enigmas do ser-com os inauditos do verbo que se tece de rituais
eidéticos para a continuidade do não-ser desejando o raio numinoso da vida na
anti-poiética poiésis dos versos e estrofes que sin-estesiam as querências,
desejâncias da uni-versalidade do amor, do "sou" nas veredas e sendas
do estar-sendo.
Vazio do nada. Nada, que, na contra-dança do efêmero, re-vestido de
éritos do absoluto, baila nas sinuosidades dos caminhos desérticos, ínterins
das sombras e claridades, performance das estesias e êxtases, baile platôncio
do sensível sonhando o espírito estético do verbo regente das nad-itudes da
imperfeição perfeita, perfeição imprfeita de cujos úteros nascem a fé
con-ting-ente no espírito do verbo.
Nada de alma no terreno vazio, nos becos sem saídas do abismo entre o
tempo e o vento. Do saber, da virtude, logra fazer, logra artificiar em prêmio
dos trabalhos, um manto de retalhos... Musa, depõe a lira. Canções de amor,
cânticos de glória olvide. Que a consciência universal ilude. Nada de baldio
entre os éritos e o vir-a-ser, há-de ser, porvir do nada que posterga os
finitos do ser em nome do ente que se prolonga nos campos líricos e
destituídos, desprovidos de sementes, húmus para a eidética poiética da poiésis
do pleno que con-templa a plen-itude do nada. Galgando a Musa minha aos céus
não fosse, a Sereia minha aos mares não fosse, e se a nauseabunda epístola
brotasse dentre o lameiro das ideias, em regras, em normas, que são mais ou que
são menos do que exigem do metro as leis d'Apolo.
Vazio que, mergulhando profundo, mergulhando profundo nos absurdos da
mauvaise-foi, manque-d`être nas estradas frente aos horizontes onde porventura
se encontram cintilantes risos da alegria, mas ao longo da jornada vai abrindo
abismos irremediáveis, perde-se a alma, perdem-se os desejos, perdem-se as
dimensões sensíveis. Vazio irremediável. Silêncio pleno da vida. Olhos
perdidos, frios nos universos das con-ting-ências.
(**RIO DE JANEIRO**, 10 DE OUTUBRO DE 2017)
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