#AFORISMO 684/OLHAR: RE-VERSAR DO VERBO DA POIÉSIS A POÉTICA E O PROSAICO** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: POIÉSIS PROSAICA:



Beijos, meu Amorzinho, Graça Fontis, com muito carinho e amor demais, esta EC-SISTÊNCIA de só alegrias, felicidade, conquistas, prazeres, de amor demais.


O ser interior do verbo, que é entrega plena ao tempo, que é doação livre aos volos da alma, às obras da mão que liberta as sabedorias e saberes, numina, ilumina, alumia as imagens da paisagem na viagem para o afago, aconchego, proteção do silêncio, solidão de inspirações, solidão de versos e estrofes, solidão, a pura re-velação da vida do espírito, a sublime a-nunciação da verdade do espírito, o silêncio que habita a linguagem e o estilo, VERBO DA POIÉSIS POÉTICA E PROSAICA. Do silêncio aos linces da visão trans-lúdica, trans-lud-ente da etern-idade no verbo das in-fin-iriáses..


A-fora a con-tingência do destino,
As luzes dialécticas do afluir-a-ser
Que desenham no tempo o croqui da imagem
Do pleno, eterno.


A-fora as ad-stringências das defectivas virtudes
E os silenciosos valores, senso de beleza,
Que tapetam trilhas dos passos palmilhados,
Que cobrem as alamedas de folhas secas e poeira,
Que contraem os espaços de entre as pedras dos becos,
O sentimento presente e forte de que o croqui de alhures,
Sendo a promessa da imagem fluida e clarividente da luz,
Aflora a prosa sublime e insolente da Sagrada Face,
Que são o ad-vir, vir-a-ser, há-de-ser
Do amor, da felicidade, do carinho, da entrega.


A-fora o solo trincado do sertão
Pelos raios incandescentes do sol,
As paisagens silvestres do vale,


Con-cebendo estesias e sin-estesias que, re-fletidas no tempo, de-cursam, per-cursam, per-correm o telos e o nous do vir-a-ser pleno de a-nunciações do ser-silêncio do verbo, silêncio-solidão que esplende os ritmos, melodias, acordes, o som dos ventos em uníssono perpassando na harpa etérea, as claves, em fá e si, a poética verbal da poiésis, nas suas cordas, eivado de re-velações do verbo-ser do sil-êncio, aquém e além de quaisquer efêmeros e nada...


A-fora as ipseidades e facticidades,
Infra-silêncio do ser-verbo,
Intra-verbo do sibilo dos tempos,
Re-vestindo o há-de evangelizar
As dialécticas do bem e do mal,
As contradições do eterno e do efêmero,
Os nonsenses do coração e dos instintos,
As verborréias da razão e dos rituais do logus,
As falácias do intelecto e das liturgias da metafísica,
Com os ritmos e melodias
Sonoros dos in-fin-itivos in-finitos
Dos dogmas e preceitos
Que corroem magistralmente o in-consciente divino
Porque criados para in-versar,
Re-versar a ética da iluminação,
A moral da re-velação,


A-fora ad-versar as eidéticas da fé
Que é con-templar a trans-cendência
Sob a luz da in-consciência divina do absoluto,
A fé se eiva de sonhos,
Esperanças,
Alimenta-se das utopias
Que são húmus do
In-fin-itivo-Verbo da Perpetuidade.


In-fin-itivos, gerúndios, particípios, sub-juntivos conjugando de éritos e iríasis, de éresis e iríadas os cânticos do cântico verso-uno da perfeição com a palavra semântica e linguística
que flora no verbo a floração do silêncio,
regenciando as pers e retros das declinações,
Genitivos
Das utopias, conciliando as passagens e passadiços,
A trans-parência da linguagem vola a travessia para o In-finito ser o sublime do Espírito, para o Espírito ser a eidética da verdade, para a Verdade ser a eidética do sublime.


A-fora pers-critos horizontes de perfeitos pretéritos
De regências re-cônditas numinando
As plen-itudes in-fin-itivas,
Iluminando o sil-êncio das alethesis verbais,
Inner de sentimentos e emoções, sensações...
Que cintilam de trans-cendentais pers-pectivas do eterno
O sensível,
A sensibilidade,
Poiésis do ser-no-mundo à luz das paisagens silvestres,
Panoramas campesinos,
Visões da imensidão do vale e sua natureza típica,
Do mar, das ondas, dos seres marítimos,
(Meu lar-do-ser, rio-mar das plen-itudes do sublime no coração)
In-cindindo no Além,
Além-in-finito,
Além-horizonte,
Além-uni-verso,
Além-confins,
Além-arribas,
Além-algures,
Além-alhures,
A ins-piração templa a verdade do ec-sistir,
Liberdade de criação,
Re-criação,
Re-fazenda,
Re-in-venção,
Liberdade de amar
O Verbo do Amor.


(**RIO DE JANEIRO**, 11 DE ABRIL DE 2018)


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