SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O AFORISMO 682 /**VÊNULAS UNI-VERSAIS DO TEMPO**/



Oh Locooooo! Não tenho como escolher alguns trechos apenas Manu, tendo em vista que todos estão lindos demais. Acho que tem dia que o escritor acorda com uma Luz, talvez a chama violeta sei lá, tão perfeitas todas as metáforas, todas a letras e palavras empregadas nesse escrito e no anterior... Que não tem como não nos transportar e viajar com o autor pelas miríades de inspirações suspiradas com leveza da alma, pelo tempo que nem notamos, dispensamos, nos faz jovem em plenitude com a poesia, em sintonia com o belo mais belo de todos, com eufemismos suavemente substituindo palavras coloquiais, com muita elegância e romantismo a toda prosa e o texto prova!
E o que dizer da arte ilustrativa, que como muitas por aí que vejo não rouba o brilho do escrito só acrescenta beleza e enobrece e nosso espirito agradece!!! Obrigada, obrigada, por provar que o perfeito existe sim!!! Bjos Parabéns, Graça, amei demais suas obras hoje. E Parabéns Manu!Sem Nota pra te dar pelos belos trabalhos hoje!


"Quimeras e anseios de um ser...
Quando malogrados são rosas dilaceradas,
Corações desagregados, sensibilidades ignotas...
Quando bem-sucedidos são corações
Encarcerados pelo amor,
São rebentos de rosas oriundos do resplendor,
São emoções bem admitidas...
E por mais que não alcance
Uma favorável novidade diariamente,
há razões de excedente para existir rindo." (Coisa lindaaaaaaa Parabéns Manu!!!).


Sonia Gonçalves


#AFORISMO 682/VÊNULAS UNI-VERSAIS DO TEMPO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Manuscrevo as incongruências duplas das
Nonadas gerundiais do vir-a-ser
Que desfilam nas nuanças do tempo,
Perpassam as contra-dicções e dia-lécticas
Do ec-sistir jogado na terra,
Mesmo que a erudição haja aberto
As persianas dos caminhos para a
In-vestigação dos enigmas do eterno,
Mesmo que as vênulas uni-versais do tempo
Esplendem o sangue quente
Dos desejos de glória para a gnose do sempiterno.


Ah, "humanidade do ser",
Esta miríade de cintilância
Que habita o espírito da alma,
Sensibilizando as dimensões sensíveis
A regenciarem a plen-itude sob
O desejo puro da trans-cendência,
Trans-cendência trans-itiva
De divinas macunaímas do ser
Verbalizando utopias simbólicas do ab-soluto,
Inspirando a poiésis do sentimento de amor
A versalizar o tempo de cânticos sin-estésicos
Ritmados e melodiados com a essência da luminiscência
Que habita a lua,
E o sol sempre a con-templar
Através da libido do eterno.


Um dia você descobre que a inteligência
Cotovelou seus pressentimentos e extraiu sua causa,
Submergiu suas emoções
Numa imensidão designada quimera.
Um dia a tormenta transpõe,
E você capacita que tudo
Na existência tem sua importância,
As bem-aventuradas utopias gozam
De verbos d´alma, conjugados à luz do eterno,
Vida sem cuidados,
Ouvindo em silêncio versos memoráveis
Sobre o destino, espectros do nada
Seivados de luzes,
Sobre o oráculo de travessias,
Perscrutando a idéia de inspirar
As veredas do nada ao in-finito
Que amaina angústias e visões terrificantes.
Mesmo todos os percalços que se cruzam conosco,
Mesmo que aparentem ser nonadas
Mas que possuem um fundamento,
Estampando n´alma os gestos e as falas,
O alto valor dos sonhos,
A alta origem das esperanças revolve,
E melhor do que ninguém
Descobre que o apreço da felícia
É erudição do que é viver.


O tempo elabora, burila, aperfeiçoa as experiências,
Vivências, o que fora sendo re-colhido,
A-colhido ao longo da jornada
Entregue ao in-fin-itivo do verbo esperança,
E no absoluto do tempo que é a continuidade
Haver-se-á sempre de re-fazer, criar,
Re-versar a luz que ilumina a alma
Para o mergulho nos interstícios do ininteligível,
Re-criar os caminhos já percorridos,
Vestígios do nada e efêmero são pedras de toque
De outros alvorecer e entardecer dos ocasos.
A liberdade em questão.
O verbo do sonho na pauta da jornada sem fim.
Fascinante o ziguezague da pena
Nos contornos da prosa que vers-ifica as razões
Pers-criptas no tabernáculo do vernáculo
Das travessias em pontes partidas,
Verseja a sensibilidade no paráclito do erudito
Das veredas do Uno-Verso.


Quimeras e anseios de um ser...
Quando malogrados são rosas dilaceradas,
Corações desagregados, sensibilidades ignotas...
Quando bem-sucedidos são corações
Encarcerados pelo amor,
São rebentos de rosas oriundos do resplendor,
São emoções bem admitidas...
E por mais que não alcance
Uma favorável novidade diariamente,
há razões de excedente para existir rindo.


(**RIO DE JANEIRO**, 09 DE ABRIL DE 2018)


Comentários