#HOJE# - GRAÇA FONTIS: POEMA



Fala-se tanto,
de tantas
Falo não!
Não me exponho
Ao que me achata
Nem a oitavas
Ou mais
Minhas notas
São precisas
No tempo...
No relógio
Na madrugada
No vadiar d´alma
Sedenta no corpo fértil
Nas noites
Semeaduras
Manhãs floradas despertam.
Se digo algo?
Só o que me apraz
Dor, angústias, sofrer
A abóboda já vergou-se
Mais cabeça do vento
De norte, sul adjacentes
Botas de ferro
Nas curvas da forma física.
A mim...
Não atingireis
Não serei página amarela
Na noite
Ou
Razão abstrata das palavras,
Mas sim força inquiridora da expressão
Solta retendo instantes
Entre consciência e o inconsciente
Na elaboração
Da tela
Tridimensional
Do momento,
Do ontem,
Hoje e amanhã
Ave recém liberta.
O agora
Na interpretação
Das solidões
Apaziguando entendimentos.
Aos vãos sombrios
Jamais voltando.


(**RIO DE JANEIRO**, 28 DE ABRIL DE 2018)


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