COMENTÁRIO DA AMIGA Sonia Son Dos Poem Gonçalves AO POEMA /**LIKA-TOKA PIRIRICA**/


LIKA-TOKA PIRIRICA
Manoel Ferreira Neto.




Empate entre nós. Identifiquei-me com o seu texto...Também a fantasia faz parte do meu real mundo.Uns enchem a cara de drogas e bebidas eu encho a cara de fantasia acho que é menos sacrificante, porém, de vez em sempre dou uma espiadinha na vida real pela janela dos olhos que tudo vê igualzinho a você Manoel Ferreira Neto.Continue sonhando a humanidade no seu cotidiano poético quem sabe sua utopia real espalhe folhas e mais folhas de poesias pelo tempo.Sim!Serás sempre lembrado seus escritos já estão e haverá sempre alguém lendo um ou outro!Bem vindo ao mundo presente em tua completude Manu..Bjos




Sonia Son Dos Poem Gonçalves.




Lendo o seu comentário à luz de sua visão, Soninha Son... Você diz "... sonhando a humanidade no seu quotidiano poético..." O eidos do poema é a tensão do "eu" e do "tu", a solidão de um e outro. A busca é a Koinonia, a comunhão do "eu" e do "tu". O seu comentário é percuciente. O "eu": a poesia, o "tu", a humanidade. A poesia e a humanidade vivem a tensão da solidão. A busca é a união, a comunhão da humanidade e da poesia. A humanidade busca na poesia o Verbo do Ser, a poesia busca na humanidade o espírito do Ser. Daí a solidão que se revela. Mas esta solidão pode ser suprassumida, a partir do instante em que a humanidade aprender a sentir a poesia não através do entendimento e da compreensão da eidética poiética, mas da sensibilidade e espiritualidade, a transcendência que a poesia revela. É na transcendência que o "nós", poesia e humanidade se comungarão.




Manoel Ferreira Neto.




**LIKA-TOKA PIRIRICA**








Triste, abrace-me com fervor,
Mesmo que o mundo acabe em mim,
Apesar de não mais existir,
Sorrirei, e os olhos brilharão
De alegria, de satisfação, de ex-tases
Do pleno, do uni-verso de prazeres;




Alegre, ria comigo da vida dos homens,
Embora vertam lágrimas de angústias,
Meu coração se sensibilizará,
E eu orarei para que voltem a esperar
Tranquilamente o amanhã que será outro,
Os sentimentos que serão de amor e paz,
A alma que descansará de suas dores,
O espírito que entoará cânticos de
Felicidades e prazeres.




Em silêncio, re-flita comigo
Sobre as dúvidas que dentro trazemos em nós,
Dúvidas da ressurreição,
Duvidas da redenção,
Dúvidas do amor,
Dúvidas da esperança,
Dúvidas do ser.
Dúvidas do efêmero,
Duvidas do eterno
Sobre os medos que nos impedem outras realidades,
Sobre as inseguranças que não nos deixam
Mergulhar fundo no ser da vida,
E aflorar nossas esperanças e fé
No verbo de nossos sonhos,
As utopias dentro de nosso coração
Sedento de verdades plenas,
Iluminarão o deserto de nossa solidão;
Nos sonhos de nossos verbos
Que abrirão os horizontes longínquos,
A vida re-nascerá, nascerá o outro
De nós, da vida, das esperanças,
Idílios, quimeras e fantasias,
Desejos e vontades serão expressos
Em linguagem nítida, estilo transparente.




Solitário, sinta bem íntimo comigo
As palavras que nascem,
Os desejos de expressá-las num dia-logo
Dizê-las com euforia,
Euforia de quem sente bem íntimo a ardência da vida,
Mostrando a amizade
Carinho, ternura,
De mãos dadas com os solitários
Re-velando outros universos de beleza
Da vida e do mundo,
A solidão ser a janela aberta ao infinito
Por onde entra a luz diáfana
Do numinoso e esplendores,
Os raios fortes do sol que encantam as retinas,
O brilho da lua que ilumina as trevas
E nos homens desperta a certeza do amanhã,
De novos verbos a serem conjugados,
De outras perspectivas dos sonhos,
Ângulos da fé e esperança;
É a janela aberta para o ser
Da verdade, que sentido e vivenciado com dignidade e honra,
Mostrará a plenitude do amor,
Habitando nosso coração
E nossa alma feliz por senti-la
Presente e forte,
Manifestará a infinitude da fé,
Residindo em nosso espírito,
E as palavras ardentes de serem
Vivenciadas na língua de todos
Os universos, mundos, infinitos, horizontes,
Na língua das carências humanas
E individuais
Sedenta da verdade-sensível da vida,
Desejosa da sensível-verdade do ser,
O ser não é objetivo,
O ser não é subjetivo,
O ser não é racional,
A racionalidade não é o ser,
O ser não é espírito,
O espírito não é a alma do ser,
A alma não é o ser do espírito,
O ser “é”
No Verbo da Vida,
A Vida é
No amar a quotidianidade,
No amor às intempéries dos
Conflitos e dores.




Alguns amigos,
Sensíveis e verdadeiros,
Nem na alma nem no espírito,
Nem no corpo nem nos ossos,
Mas na sublimidade do ser
De cada um deles,
Dizem que sou um ser sensível,
Mas que crio muitas fantasias,
A realidade é outra mais
Difícil, o real só existe
Em minha imaginação,
E a imaginação do real
É desejo da plenitude por onde
Serei artífice de sublimidade,
Eteridade, e no éter dos sentimentos
Serei inesquecível como o desejo
De expressão do diamante
Que risca o espelho da vida,
Da dificuldade de viver.




Se me sinto realizado,
Disse o que só agora,
Nestes momentos de tristeza, solidão,
Circunspecção, não o sei,
Sei que no íntimo de meu ser,
No ser de minha intimidade,
Sonhei os homens e a humanidade inteira,
Em todos os séculos, milênios e décadas,
Sei que sou eu, nós de correntes divinas,
Que ligam a morte a eternidade
Do beijo que é perfeito.




Manoel Ferreira Neto.

(18 de abril de 2016)

Comentários