**AMAR: SENTIR O IN-AUDITO DO SER** - Manoel Ferreira


Amar: o verbo de sentir os abismos de desejos amplia-se no âmago da alma, acaricia as dimensões dos sonhos, sonhos dentro de outros sonhos, dentro de outros sonhos, a-nuncia-se o êxtase do pleno da entrega, re-vela-se o clímax do prazer, manhã de chuvinha fina e suve na floresta, os pensamentos voam, querências da presença, corpos usufruindo prazeres, toques, carícias, verdades límpidas no riste das palavras, palavras que pronunciam verdades, cor-simbolizando o espírito de sentimentos da leveza do ser em harmonia com a suavidade do inaudito, cor-significando, sor-signiversejando o que trans-cende o espírito, a essência do genesis-vida, a sublim-itude do além-verso, além-estrofe, o soneto-divo do absoluto encontro com o infinitivo-ser das peren-itudes do uni-verso, amor puro, pureza de amar, amor verdadeiro, verdade antes de quaisquer verdades, trans-preterizadas de quimeras e fantasias do antes da vida, nonadas da criação, nonadas artífices da vida-amar que são a vocação ec-sistencial para a felicidade.
Poeta poetiza a poesia. A poesia poematiza a vida. A vida, antes de quaisquer belo sentimento do verbo "Ser, compõe a liberdade na lírica da poiética das desej-âncias do amor. Amar é a vida do eterno na continuidade do tempo que se essencializa no ser de buscas, no não-ser de contingências que trans-elevam o que dói sem doer, o que sofre sem os pretéritos do há-de vir...
Amor...



Manoel Ferreira Neto.
(30 de abril de 2016)


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